Política

NELSON TRAD FILHO

Senador prega mais diálogo
para aprovar reforma da Previdência

Trad defendeu o diálogo do presidente com lideranças para aprovação

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O senador Nelson Trad Filho (PSD-MS) condenou a confusão na relação do Planalto com Congresso Nacional e defendeu o diálogo do presidente Jair Bolsonaro com as lideranças políticas para votação da reforma da Previdência. Nelson observou o “estrago” provocado no Parlamento toda vez que o presidente, os seus filhos e seguidores atacam os políticos. “O presidente arrebenta com o Congresso quando ainda rotula de ‘velha política’ os políticos eleitos fora da sua base e como se fossem fisiologistas, que só votam projetos em troca de cargos”, afirmou o senador.

Em visita ao Correio do Estado, Nelson manifestou a sua preocupação com a governabilidade do País com Bolsonaro agredindo os congressistas. Mas sentiu mais aliviado quando o presidente começou a receber líderes de bancada e dirigentes partidários para tratar da reforma da Previdência. “Ninguém está atrás do ‘toma lá dá cá’. Nós queremos uma solução para os problemas do Brasil”, ressaltou.

O confronto entre a “velha política” e a “nova política”, na avaliação de Nelson, só contribui para aumentar ainda mais o conflito do Congresso Nacional com Planalto. “O que existe é boa política, não a velha e a nova”, afirmou o senador. 

O governo, segundo ele, precisa mudar o discurso e discutir, sem atritos, a reforma da Previdência para o bem do País. Ele observou existir a boa vontade e há a “consciência de todo o Congresso, ouço dizer da situação e oposição, que essa pauta precisa ser enfrentada”. Para o senador, “uma economia pública precisa dar transparência de saúde financeira, além de uma harmonia política em torno de quem gera essa economia para, com esse ambiente, atrair investimentos de fora”.

Nelsinho reconheceu a urgência de aprovar a reforma da Previdência para não agravar ainda mais as finanças do País. Mas nem tudo incluído no projeto deve ser aprovado. O Congresso deve ajustar alguns pontos para não prejudicar os menos favorecidos. “Hoje na Previdência nacional vai aumentando vegetativamente, mês a mês e ano a ano, se não fizer nada em um prazo curto, as finanças vão estar deterioradas, porque ninguém vai colocar seu dinheiro em lugar aonde não tem futuro”, advertiu o senador.

Nelson reiterou a importância do diálogo para evitar as crises desnecessárias e prejudiciais à votação da reforma da Previdência. “Precisamos acender essa luz do futuro, que vai gerar emprego, renda e atrair investidores”, afirmou.

Mas, para isso, enfatizou o senador, “é preciso ter articulação saudável, republicana entre o Poder Executivo e o Congresso”. Nelson disse, ainda, para o governo “parar com essa história de colocar muro no meio e dizer: aqui é nova política e aqui é velha política”.

O senador lembrou que a eleição acabou e “temos de descer do palanque” para pensar mais no Brasil. “Ganhou o Jair Bolsonaro levando esse discurso de inovação, de fazer algo que possa realmente fazer esse País crescer”, afirmou. “Só que junto com o Jair Bolsonaro a sociedade brasileira elegeu democraticamente, e tem que respeitar isso, um Congresso Nacional, deputados federais e senadores escolhidos livremente pela população”, acrescentou.

O senador não vê hoje clima bom no Congresso Nacional por causa dos atritos provocados pelo presidente e seus seguidores. “O que precisa saber?”, questionou Nelson. Ele mesmo respondeu: “sentar, dialogar, se entender e parar com essa história de dar “canelada’ um no outro e fazer o Brasil andar para frente”.

Ele alertou sobre as consequências devastadoras quando há o incentivo para guerra da “nova política” contra a “velha política”. “Toda vez que se fala sobre isso, gera um racha na base do governo”, afirmou.

Senador quer enfraquecer rivais para ajudar o irmão

O atual presidente do PSD em Mato Grosso do Sul e senador, Nelson Trad, está articulando a possível reeleição de seu irmão Marcos Trad para a Prefeitura Municipal de Campo Grande e uma de suas estratégias é trazer para o seu lado possíveis concorrentes.Um deles seria o ex-candidato ao Governo do Estado e juiz aposentado Odilon de Oliveira. 

Ao ser questionado sobre a possibilidade de Odilon deixar o PDT e seguir com os irmãos Trad no PSD ele se limitou a dizer que “o que a gente puder articular para diminuir dificuldades é melhor. Dificuldade de reeleição, não é fácil se reeleger”. A situação de Odilon na agremiação atual não está boa, o juiz aposentado tem criticado o atual presidente da sigla e deputado federal, Dagoberto Nogueira. E o articulador do partido saiu em defesa do parlamentar. 

“Quero lamentar essa postura do Dr Odilon. O diretório estadual está ativo e atuante. Fizemos reunião mês passado para avaliar o quadro estadual e ele foi convocado junto com seu filho e não compareceram. Agora crítica com base no que? Não participa e dá declarações, ele e seu filho de que podem sair do partido. Pior, quem não organiza o PDT de Campo Grande é justamente o vereador Odilon Jr, que simplesmente sumiu do partido e o deixou acéfalo. Casa de ferreiro, espeto é de pau!”, argumentou Yves Drosghic em uma publicação no Facebook. 

A saída de pai e filho do PDT para o PSD vem sendo cogitada nos bastidores da política sul-mato-grossense, porém ambos não confirmar que devem seguir para a sigla do prefeito. Sempre que questionado, o juiz aposentado diz que ainda está avaliando, mas que não descarta deixar o PDT caso seus ideais não sejam compatíveis com o partido. 

Política

Governo começa a alinhar prioridades para 2025

Eduardo Riedel se reuniu com secretários para avaliar projetos e elaborar estratégias para o ano que vem

21/11/2024 12h52

Álvaro Rezende/Governo do Estado

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O governador do Estado, Eduardo Riedel, já começou a se reunir com secretários estaduais para avaliar projetos em andamento e alinhar as prioridades de cada pasta para 2025.

Um dos temas tratados na última quarta-feira (20) foram as emendas parlamentares federais, que vão contribuir para os investimentos em diferentes setores do Estado.

"Tivemos um dia de reuniões produtivas em grandes áreas do Governo do Estado. São projetos transversais, que complementam o outro em diferentes áreas e políticas públicas. Podemos definir os grandes projetos para 2025", afirmou o governador, ao final das reuniões que ocorreram na quarta-feira (20), no Gabinete do Receptivo.

Mato Grosso do Sul é um dos estados que mais conseguiu aplicar recursos de emendas de bancada federal em projetos estruturantes e investimentos essenciais, fato ressaltado pelo governador.

"Quando há esta convergência entre Poder Executivo e Legislativo, temos condições de aplicar nos municípios, que é onde as pessoas moram, atendemos melhor o sul-mato-grossense".

O secretário de Governo e Gestão Estratégica, Rodrigo Perez, participou de todas as reuniões com os demais gestores. Na sua avaliação o Governo do Estado tem uma linha de trabalho voltada para os resultados.

"Importante medirmos e avaliarmos nosso trabalho para garantir que nosso plano de governo esteja sendo cumprido e a população recebendo melhorias em todas as áreas".

Para alinhar os trabalhos e promover um planejamento eficiente, o Governo do Estado também promove os "contratos de gestão" com todas as secretárias, fundações e autarquias, definindo os projetos que serão prioridades de cada pasta ao longo do ano. Durante este processo são avaliadas que ações estão tendo resultados e rota precisa ser corrigida.

"Com foco no plano de governo, a gestão estadual tem como eixos estratégicos a busca por um Estado verde, digital, próspero e inclusivo, que tenha como objetivo não deixar ninguém para trás. Os bons índices de investimentos permitem ainda que o Estado possa atender as demandas dos 79 municípios".

Possível mudança

Conforme noticiado anteriormente pelo Correio do Estado, fontes ligadas à reportagem revelaram que, nas próximas semanas, Riedel pode trazer Pedro Caravina (PSDB) para o lugar de Eduardo Rocha, secretário da Casa Civil, que estaria "de malas prontas" para trocar Campo Grande por Brasília (DF), onde assumiria o Escritório de Relações Institucionais e Políticas, cargo que está vago desde a exoneração a pedido do titular Sérgio de Paula.

Caravina que retornaria à administração estadual depois de ter saído a pedido para ajudar na campanha eleitoral vitoriosa de sua esposa, Wanderleia Caravina (PSDB), para a prefeitura de Bataguassu, e de outros candidatos a prefeito, que também tiveram êxito.

Além disso, Riedel ainda acomodaria o suplente de deputado estadual João César Mattogrosso (PSDB) novamente na Assembleia Legislativa, na vaga de Pedro Caravina, pois atualmente ele é diretor-geral adjunto do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS).

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INTERIOR

Mulheres fracassam nas urnas e põem em risco vereadores vitoriosos do PP

Com dois parlamentares eleitos em Rio Negro, três candidatas do Partido Progressista somadas tiveram apenas 42 votos e sigla entra na mira do Ministério Público

21/11/2024 12h21

Declaradas pardas e donas de casa, Evaleria, Val e Marcela tiveram, respectivamente: 6, 11 e 25 votos.

Declaradas pardas e donas de casa, Evaleria, Val e Marcela tiveram, respectivamente: 6, 11 e 25 votos. Reprodução

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Através de Diário Oficial, o Ministério Público instaurou o chamado procedimento preparatório para apurar possível fraude na cota de gênero para candidaturas femininas, já que distante cerca de 152 km de Campo Grande as candidatas mulheres do Partido Progressista (PP) fracassaram nas urnas e põe em risco, agora, os vereadores eleitos. 

Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que, em Rio Negro, a eleição municipal ordinária deste ano levou 3.433 eleitores às urnas, sendo 3.353 votos válidos, dos quais 3.265 foram nominais e 88 para legenda. 

Vale lembrar que, os seguintes vereadores foram eleitos no município este ano: 

  • (PSD) Neuza Santos 
  • (PSDB) Betinho Barros 
  • (PSDB) Evaldo Paes 
  • (PSD) Pião
  • (PSD) Valdir Fischer
  • (PSDB) Nair Oliveira 
  • (PSDB) Anderson 
  • (PP) Helio Rezende 
  • (PP) Ticão 

Justamente esses dois últimos citados, Helio Rezende e Tição, que receberam 208 e 84 votos respectivamente, estão com seus cargos no legislativo de Rio Negro a partir de 2025 ameaçados.

Entenda

Como bem aponta em procedimento preparatório eleitoral (PPE) a Promotora de Justiça Eleitoral, Isabelle Albuquerque dos Santos Rizzo, os partidos precisam obedecer ao percentual mínimo de 30% (trinta por cento) de candidaturas femininas, nos termos do art.
10, § 3º, da lei n. 9.504/97. 

Sendo que, para que seja identificada a dita fraude à cota de gênero, é necessária a presença de um alguns elementos não cumulativos "quando os fatos e as circunstâncias do caso concreto assim permitirem concluir": 

  1. Votação zerada ou inexpressiva; 
  2. Prestação de contas zerada, padronizada ou ausência de movimentação financeira relevante; e 
  3. Ausência de atos efetivos de campanhas, divulgação ou promoção da candidatura de terceiros.

Levando isso em conta, é apontada em seguida a dita "quantidade inexpressiva de votos" que as candidatas do Partido Progressista em Rio Negro Alcançaram, que somam a intenção de apenas 42 eleitores totais. 

As candidatas citadas seriam: Marcela Souza, Val do São Francisco e Evaleria, que nas eleições ordinárias desse ano registraram 25; 11 e seis votos, respectivamente, todas as três candidatas declaradas pardas e donas de casa. 

Consequências

Foi solicitado, em PPE, a juntada de cópias do processo demonstrativo de regularidade de atos partidários; Registro de Candidatura individual e prestação de contas de cada uma das candidatas, para apurar melhor a situação. 

Isso porque, caso seja reconhecido o ilícito há três consequências principais que podem se estender à todo o partido e alterar o corpo de vereadores de Rio Negro para 2025. 

Dos três pontos, a primeira consequência é a cassação do Drap da legenda e dos diplomas dos candidatos a ele vinculados, independentemente de prova de participação, ciência ou anuência de cada um. 

Além disso, se constatado ilícito, acarretará na inelegibilidade daqueles que praticaram ou anuíram com a conduta, nas hipóteses de ação de investigação judicial eleitoral (AIJE); bem como anulação dos votos conquistados pelo partido, com recontagem dos quocientes eleitoral e partidário.

Cabe apontar que o Partido Progressista foi procurado para se manifestar a respeito, sendo que esse espaço segue aberto para posicionamento. 

 

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