Política

ELEIÇÕES 2024

Bolsonaro, Janja e Ciro Nogueira vêm a MS para reforçar a campanha eleitoral

As visitas dos três às cidades de Campo Grande e Dourados são esperadas para a segunda quinzena de setembro

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A campanha eleitoral nas duas principais cidades de Mato Grosso do Sul, Campo Grande e Dourados, deverá ser movimentada na segunda quinzena de setembro, com as prováveis visitas do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL), da primeira-dama do Brasil, Rosângela Lula da Silva (PT), a Janja, e do presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (Piauí).

O Correio do Estado apurou que os três políticos devem vir ao Estado para pedir votos para seus respectivos candidatos a prefeito de Campo Grande – deputado federal Beto Pereira (PSDB), deputada federal Camila Jara (PT) e a prefeita Adriane Lopes (PP) – e de Dourados – ex-deputado estadual Marçal Filho (PSDB) e o prefeito Alan Guedes (PP).

Os dias das ilustres visitas ainda não foram definidos, mas já estariam certas as presenças deles na segunda quinzena de setembro, ou seja, na reta final da campanha eleitoral do primeiro turno, no caso de Campo Grande, e do turno único, no caso de Dourados.

No caso de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Nantes Bolsonaro (PL-RJ), o 03, por ser o terceiro filho do ex-presidente, poderá vir acompanhando o pai. A vinda deles descumpriria a segunda promessa feita à senadora Tereza Cristina (PP), de que, apesar de apoiar as candidaturas dos dois tucanos, não subiriam nos palanques de ambos.

A primeira promessa quebrada com a parlamentar foi o compromisso firmado com Bolsonaro de fazer uma aliança do PP com o PL em Campo Grande e Dourados, onde os progressistas têm como candidatos à reeleição os prefeitos Adriane Lopes e Alan Guedes. 

Entretanto, o ex-presidente não cumpriu com o combinado e fechou uma coligação com o PSDB, do ex-governador Reinaldo Azambuja e do governador Eduardo Riedel, provocando o descontentamento de Tereza Cristina, que, por sua vez, chegou a se encontrar novamente com Bolsonaro e pediu a ele para não subir nos palanques dos tucanos nas duas maiores cidades do Estado.

Na época, a senadora chegou a revelar que teria dito ao ex-presidente que, se ele gostava tanto dela como afirmava publicamente, não viria a Campo Grande e a Dourados até o fim das eleições municipais, porém, pelo jeito, Bolsonaro vai “trair” novamente sua ex-ministra de Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

As vindas de Bolsonaro e do filho 03 a Campo Grande e a Dourados seriam uma estratégia do PSDB para “convencer” os bolsonaristas das duas cidades que não estão pretendendo votar em Beto Pereira e Marçal Filho por serem candidatos tucanos, partido considerado “de esquerda” pelos militantes da direita.

A cúpula do PSDB acredita que, com a presença, principalmente, do ex-presidente, pode convencer os bolsonaristas descontentes a mudar de ideia e votar nos candidatos tucanos, ajudando Beto Pereira a chegar no segundo turno em Campo Grande e Marçal Filho a ser eleito em Dourados, onde já lidera as pesquisas de intenções de votos divulgadas oficialmente.

Segundo fontes ouvidas pelo Correio do Estado, o PSDB projeta que a capacidade de mobilização de Bolsonaro na reta final da campanha eleitoral – no caso de Campo Grande, no fim do primeiro turno – poderá ser o combustível necessário para levar Beto, com folga, para o segundo turno. No caso de Marçal, poderá consolidar a vitória em Dourados.

JANJA

Já no caso de Janja, sua vinda a Mato Grosso do Sul será apenas a Campo Grande, uma estratégia da executiva nacional do PT para alavancar a campanha de Camila Jara.

“Nós vamos realizar um grande ato político com toda a militância petista, aqui, em Campo Grande, para recepcionar a nossa primeira-dama Janja. O PT nacional ainda está em dúvida sobre a data da visita, que pode ser no fim do mês de agosto ou na primeira quinzena de setembro”, adiantou a candidata.

No entanto, Camila Jara explicou que, como a data ainda não foi batida, não foi alinhada a programação do ato político, mas, segundo ela, será um evento grandioso para a população campo-grandense.

O presidente municipal do PT, Agamenon Rodrigues do Prado, comemorou a vinda de Janja a Campo Grande e classificou a presença dela em um ato político de Camila Jara como muito importante. 

“A nossa primeira-dama é uma liderança política do PT em ascensão porque desempenha um papel de conselheira junto ao presidente Lula. Ela é extremamente política, é socióloga de formação e, nesses primeiros anos do governo Lula, já demonstrou sua força”, declarou Agamenon do Prado.

Ele acrescentou ainda que Janja tem uma grande influência entre as mulheres da esquerda brasileira e a presença dela em Campo Grande na campanha eleitoral de Camila Jara será um reforço político muito grande. “Vamos fazer uma grande festa para ela com as lideranças da Capital e de todo o Estado”, assegurou. 

Janja trará para o palanque de Camila temas também abordados pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no plano nacional, como o combate à fome e às desigualdades.

Também estará no discurso da primeira-dama a importância do aumento da participação feminina na política e o enfrentamento à violência de gênero.

Dentro do PT, há preocupação também com ataques sofridos por Janja nas redes sociais e como isso terá reflexos na campanha.

O partido sabe que não será uma situação confortável, mas a escolha será da primeira-dama de ir aonde se sentir bem.

A ideia é que Janja reforce a presença junto às mulheres candidatas do PT. Na eleição de 2022, Janja foi uma das novidades da campanha de Lula e ganhou destaque participando ativamente do núcleo de decisões do grupo petista. Em eventos públicos, subia em palcos, discursava e cantava jingles do petista.

CIRO NOGUEIRA

A visita do senador Ciro Nogueira a Campo Grande será a segunda em pouco mais de um ano, já que, em junho de 2023, ele veio à Capital para o ato de filiação da prefeita Adriane Lopes ao PP.

Agora, ele vai retornar para pedir votos para Adriane Lopes e também para o prefeito de Dourados, Alan Guedes, que, a exemplo da correligionária, também não está tendo uma campanha eleitoral das mais simples.

Além disso, conforme apurou o Correio do Estado, o presidente nacional do PP também trará recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) para todos os candidatos do partido a vereador e a prefeito no Estado.

A reportagem apurou que ele trará mais de R$ 11 milhões do FEFC para turbinar as campanhas de todos os candidatos do partido. Da última vez em que esteve em Mato Grosso do Sul, Ciro Nogueira chegou a lançar o nome da senadora Tereza Cristina como pré-candidata a presidente da República da direita, em razão da inelegibilidade de Bolsonaro.

“Quem sabe não seja a hora de ter uma mulher de Mato Grosso do Sul disputando a Presidência. Falta de apoio não é”, discursou, na época, o senador, citando a colega Tereza Cristina.

A presença dele em Campo Grande e Dourados também é uma resposta a Bolsonaro por ter “traído” o PP e fechado aliança com o PSDB em Mato Grosso do Sul. Ciro Nogueira e Tereza Cristina foram ministros na gestão do ex-presidente da República.

Saiba

O primeiro turno do pleito está marcado para o dia 6 de outubro, enquanto o segundo turno será no dia 27 de outubro, caso necessário, em municípios com mais de 200 mil eleitores. A votação será aberta a partir das 8h, considerando o horário de Brasília, com encerramento às 17h, também no horário de Brasília.

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SEM MUDANÇA

Simone nega trocar domicílio eleitoral e vai disputar eleições por MS em 2026

A ministra sul-mato-grossense revelou ainda que vai apoiar as reeleições do presidente Lula e do governador Eduardo Riedel

13/09/2024 08h00

Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet garante que manterá título eleitoral em MS

Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet garante que manterá título eleitoral em MS Foto: Ayrton Vignola/Fiesp

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Nas últimas semanas, voltou à tona um boato surgido no fim do primeiro turno das eleições presidenciais de 2022, quando a então senadora sul-mato-grossense Simone Tebet foi a candidata do MDB à Presidência da República e ficou em terceiro lugar, com 4,16% dos votos válidos (4.915.423).

À época, os bastidores políticos davam como certa de que a então parlamentar sul-mato-grossense trocaria o domicílio eleitoral de Mato Grosso do Sul para São Paulo, a fim de tentar alçar voos mais altos na carreira política.

Afinal, Simone obteve no estado vizinho 2.199.024 votos, ou seja, 6,34% de um total de 34.684.937 eleitores, enquanto em Mato Grosso do Sul ela conquistou 105.584 votos, isto é, 5,29% de um total de 1.995.932 votos.

No entanto, passados quase dois anos, a ex-senadora apoiou a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o seu terceiro mandato como presidente da República, virou ministra de Planejamento e Orçamento do petista e não trocou o domicílio eleitoral para São Paulo.

Mesmo assim, o boato persiste. Contudo, assim como fez em 2022, ela voltou a negar tal possibilidade ao Correio do Estado e não sabe de onde partiu essa história de que “recomeçaria” a sua trajetória política no maior estado brasileiro.

“Eu não tenho o que falar, quer dizer, isso aí são rumores desde a época da eleição presidencial de 2022, como eu fui muito bem votada no estado de São Paulo, com quase 7% dos votos válidos, algo surpreendente em um País cuja política estava extremamente polarizada, o que deixou todo mundo surpreso”, recordou Simone.

Ela ressaltou que, em 2022, o boato era de que a mudança de domicílio eleitoral seria para disputar o cargo de prefeitura de São Paulo pelo MDB, algo improvável, afinal, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) tinha acabo de assumir o cargo com o falecimento do então prefeito Bruno Covas (PSDB), em virtude de um câncer.

“Agora, muita gente me quer mudando o título para lá, e eu não sei o porquê. Acredito que deve ser alguém com um pouco de receio de eu ser candidata em 2026 em algum cargo aí em Mato Grosso do Sul. Enfim, pode ser que seja isso, mas, para ser bem sincera, não faço a menor ideia porque surgiu essa conversa de novo”, argumentou.

CANDIDATA

Questionada pela reportagem se há a possibilidade de ela sair candidata a algum cargo eletivo no pleito de 2026 por Mato Grosso do Sul, Simone garantiu que não sairá candidata à Câmara dos Deputados. 

“Porém, posso adiantar ainda que vou apoiar à reeleição do presidente Lula e também à reeleição do governador [Eduardo] Riedel [PSDB]”, garantiu.

Por eliminação, a ministra de Planejamento e Orçamento só poderá sair candidata ao Senado, quando duas vagas serão colocadas em disputa. 

Entretanto, em maio do ano passado, durante reunião na casa dela, o MDB e o PSDB fecharam um acordo para caminharem juntos em 2026.

Dessa forma, as duas vagas para o Senado podem ser disputadas com uma dobradinha entre Simone Tebet e o ex-governador Reinaldo Azambuja, o que provocaria uma grande mudança nesse tabuleiro político, uma vez que o tucano é cobiçado pelo atual senador Nelsinho Trad (PSD) e pelo deputado federal Vander Loubet (PT).

Outro entrave é que Simone é pró-Lula, enquanto Azambuja foi o responsável pela aliança do PSDB e do PL – sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro – em Mato Grosso do Sul. Além disso, ambos teriam até combinado de o ex-governador deixar o ninho tucano para se filiar ao PL, algo que colocaria Simone e Azambuja em lados opostos.

Há ainda uma articulação nacional para que o MDB e o PSDB façam uma fusão ou até mesmo uma federação partidária para 2026, o que também pode inviabilizar essa dobradinha.

“Não dá para antecipar nada ainda. Vamos aguardar os resultados das eleições municipais no Estado”, concluiu a ministra.

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Política

Brasil não corre risco de crise energética em 2024, diz ministro

Alexandre Silveira descarta racionamento

12/09/2024 22h00

Brasil não corre risco de crise energética em 2024, diz ministro

Brasil não corre risco de crise energética em 2024, diz ministro Fábio Rodrigues Pozzebom

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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta quinta-feira (12), na capital paulista, que a segurança energética do país está garantida em 2024. De acordo com o ministro, não há previsão de racionamento e o governo agora discute medidas para reduzir o impacto das tarifas ao consumidor. Brasil não corre risco de crise energética em 2024, diz ministroBrasil não corre risco de crise energética em 2024, diz ministro

As declarações do ministro foram dadas após encontro com o ministro do Meio Ambiente e Segurança Energética da Itália, Gilberto Prichetto Fratin, em evento sobre novas ações para melhorar a qualidade dos serviços prestados pela empresa italiana Enel Distribuição São Paulo.

“Esse ano não teremos problema energético. Não teremos racionamento, nós estamos com segurança energética garantida. O que se discute agora é medidas para que a gente continue tendo essa segurança energética e que ela tenha o menor impacto tarifário para o consumidor, porque é muito simples a gente ter 100% de segurança energética, basta você ter 100% de [energia] térmica no Brasil, só que isso tem um custo muito elevado”, disse.

Preocupação

O ministro admitiu, no entanto, que o governo vê com preocupação o cenário para 2025, diante da situação hidrológica atual. “Quando dizem: 2025 é preocupante? 2026 é preocupante? Diante do cenário climático hidrológico que nós vivemos hoje, sempre o ministro tem que tratar como preocupante”, disse, acrescentando que não haverá "negligência por parte do nosso governo”.

Silveira ressaltou que leilões de energia térmica nova deverão ocorrer em breve, já que o planejamento do governo prevê a necessidade de dobrar o parque térmico até 2031. O parque térmico do Brasil tem atualmente uma capacidade de cerca de 20 gigawatts (GW). 

“Infelizmente, temos de dobrar o parque térmico por causa dos efeitos climáticos, a temperatura está subindo. O Brasil nunca tinha consumido, antes de setembro deste ano [2024], 105 gigawatts em uma tarde de energia. A média é 85”, explicou. 

Investimentos da Enel

A Enel Brasil, em cuja área de concessão, em São Paulo, ocorreu uma série de apagões no início de 2024, apresentou nesta quinta-feira ao ministro medidas para melhorar os serviços prestados. Além de São Paulo, a Enel é responsável pela distribuição de energia em áreas do Rio de Janeiro e Ceará.

Em São Paulo, a empresa informou que está investindo cerca de R$ 2 bilhões por ano, principalmente, para modernização e expansão da rede – 45% a mais do que a média anual dos últimos seis anos. No Ceará, os investimentos também aumentaram 45% e chegarão a R$ 1,6 bilhão ao ano. No Rio de Janeiro, serão investidos cerca de R$ 1,16 bilhão ao ano até 2026.

A Enel disse ainda que vai contratar, até 2026, cerca de cinco mil colaboradores próprios para atuar em campo e integrar 1.650 novos veículos à frota nas três distribuidoras. Em São Paulo, também serão realizadas, em 2024, 600 mil podas na área de concessão, 100% a mais do que o executado no ano passado. 

Segundo o ministro, as melhorias apresentadas ocorreram em função do decreto do Ministério de Minas e Energia, publicado em junho passado, que definiu regras mais rígidas para concessões de distribuição de energia elétrica. O texto cita diretrizes a serem cumpridas em novos contratos. Para contratos vigentes, as distribuidoras têm a opção de se adequar ou não às novas regras para renovação da concessão.

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