Política

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Bolsonaro quer ajustar teto de gastos

Bolsonaro quer ajustar teto de gastos

ESTADÃO CONTEÚDO

04/09/2019 - 20h30
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O presidente Jair Bolsonaro deu aval nesta quarta-feira à proposta de mudança na emenda do teto de gastos, que proíbe que as despesas cresçam em ritmo superior à inflação. Bolsonaro orientou o ministro da Economia, Paulo Guedes, a elaborar estudos para que ajustes na regra de política fiscal brasileira sejam propostos ao Congresso, segundo o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros. 

O presidente foi pessoalmente nesta quarta ao Ministério da Economia conversar com o ministro sobre o assunto. O anúncio do porta-voz ocorreu depois que o 'Estado' revelou na edição desta quarta que a Junta de Execução Orçamentária (JEO) discutiu mudanças no teto por pressão da Casa Civil e dos militares, mas Guedes rejeitou. Mesmo depois da declaração do presidente, o ministro mantém posição de não querer mexer no teto.

O anúncio do porta-voz caiu como uma bomba na área técnica do Ministério da Economia, que vem defendendo publicamente a manutenção do teto como peça-chave para a recuperação da saúde financeira das contas públicas e recuperação da confiança nos rumos do País. O momento, segundo relatos ouvidos pelo Estado, é o mais delicado para a equipe econômica desde o início do governo. Uma eventual mudança no teto pode provocar baixas na equipe de Paulo Guedes.

O temor é que o aval para alteração na regra criada pelo ex-presidente Michel Temer seja interpretada pelos investidores como um sinal de afrouxamento fiscal e prolongamento do esforço para ajustar as contas públicas. A aprovação da emenda do teto, em 2016, deu confiança aos investidores no rumo de correção da crise fiscal.

A estratégia da equipe do ministro Paulo Guedes agora é emplacar a informação de que serão discutidas mudanças para "atacar" as despesas obrigatórias e abrir espaço no teto de gastos em 2020. Como o Estadão/Broadcast antecipou, as medidas de ajuste possibilitariam ampliar os gastos com investimento e custeio que estão estrangulados e ameaçam paralisar a máquina pública.

A ala política do governo quer aproveitar a tramitação de PEC da regra de ouro e que tramita na Câmara para fazer os ajustes. A regra de ouro é outra norma que o governo é obrigado a cumprir e que impede o financiamento para pagar despesas correntes, como salários. 

Contrário à manutenção do teto do jeito que está, Bolsonaro, quer a mudança para irrigar de recursos aos programas e obras de governo. "Se mudança no teto não for feita, tendência é governo ficar sem verba para manter máquina", disse o porta-voz. Segundo ele, o governo não irá exigir mais impostos da sociedade. A mudança ainda não foi definida.

Bolsonaro votou como deputado a favor da instituição do teto de gastos. Segundo o porta-voz, "as pessoas evoluem na medida em que percebem modificações de conjuntura".

"Acho que daqui a dois ou três anos vai zerar as despesas discricionárias (gastos de custeio e investimentos). É isso? Isso é uma questão de matemática, nem preciso responder para você, isso é matemática", disse Bolsonaro quarta-feira pela manhã. 

O movimento do Palácio do Planalto coloca mais uma vez Bolsonaro em oposição ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ao Estado, Maia disse que é "impossível" flexibilizar o teto dos gastos. "É um erro. Nosso problema não está em discutir o teto dos gastos, nosso problema está em discutir despesas", criticou

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), também criticou a mudança no teto. "Por que não aumenta o tamanho do déficit? Resolve", disse Alcolumbre. Para o ano que vem, a meta fiscal permite que as contas fiquem negativa em até R$ 124 bilhões. 

Política

Lula sanciona alta de 8% em salários do Jucidiário em 2026, mas veta reajuste em 2027 e 2028

Texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

22/12/2025 19h00

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva Agência Brasil

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou o reajuste para os servidores do Poder Judiciário em 2026, mas vetou o aumento dos salários nos tribunais em 2027 e 2028. O texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

O projeto aprovado pelo Congresso Nacional prevê reajuste de 8% nos salários do Judiciário a partir de julho de 2026. Lula vetou aumentos idênticos previstos para julho de 2027 e julho de 2028.

"Em que pese a boa intenção do legislador, a proposição legislativa contraria o interesse público ao estabelecer aumento da despesa com pessoal com parcelas a serem implementadas em períodos posteriores ao final do mandato do Presidente da República, contrariando a vedação prevista no art. 21, caput, inciso IV, alínea b, da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal", justificou o Planalto.

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"Pé direito"

Gordinho do Bolsonaro pede boicote à Havaianas após comercial com Fernanda Torres

Deputado federal jogou chinelos no lixo e disse que irá passar virada do ano ouvindo Zezé de Camargo

22/12/2025 14h45

Foto: Divulgação

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Em polêmica que envolveu boa parte da direita, o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS), conhecido como "Gordinho do Bolsonaro" pediu boicote à Havainas após a atriz Fernanda Torres estrelar a nova propaganda da marca"alfinetando" indiretamente o espectro bolsonarista.

Na propaganda, a atriz afirma aos espectadores que não deseja que eles comecem o próximo ano "com o pé direito", fator que revoltou o deputado, que fez questão de descartar os chinelos em uma lixeira, gravar a ação e postar em suas redes sociais.

"Passei a minha vida inteira usando chinelo havaianas, mas infelizmente como eu não vou poder virar 2026 com o pé direito, aqui em casa vai pro lixo, havainas aqui na minha casa não entra mais, e tem outra vou passar a virada escutando Zezé de Camargo", destacou Gordinho. 

Abaixo, a íntegra da propaganda estrelada pela atriz. 

"Desculpa, mas eu não quero que você comece 2026 com o pé direito. Não é nada contra a sorte, mas vamos combinar: sorte não depende de você, depende de sorte. O que eu desejo é que você comece o ano novo com os dois pés. Os dois pés na porta, os dois pés na estrada, os dois pés na jaca, os dois pés onde você quiser. Vai com tudo, de corpo e alma, da cabeça aos pés. Havaianas, todo mundo usa, todo mundo ama", diz Fernanda, no comercial.

Vale destacar que o comercial gerou polêmica com outros políticos da direita. O "jogo de palavras" com a conhecida expressão popular significou, para Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG), entre outros, uma indireta ao espectro político da direita.

"Eu achava que isso aqui era um símbolo nacional. Já vi muito gringo com essa bandeirinha do Brasil no pé, só que eu me enganei, disse Eduardo, antes de qualificar Fernanda Torres como alguém 'declaradamente de esquerda'", disse em suas redes sociais.

Até a publicação desta matéria, a declaração do deputado conta com 155 mil curtidas e mais de 15 mil comentários. 

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