Longe pouco mais de mil quilômetros do Congresso Nacional, a Câmara Municipal de Campo Grande e alguns de seus vereadores, durante sua 1ª Sessão Ordinária de 2025, entraram na chamada "Guerra dos Bonés" que vem sendo travada na cabeça dos parlamentares brasileiros.
Em Campo Grande, vereadores em maioria dos partidos Liberal e dos Trabalhadores (PL e PT) trouxeram, respectivamente, os acessórios com as características frases: "nem picanha, nem café" e "o Brasil é dos brasileiros".
Os registros desta terça-feira (18) do portal da Câmara, com fotos de Izaias Medeiros, mostram os bonés vermelhos e um branco - "nem picanha, nem café" - nas mesas de: Rafael Tavares, Ana Portela e André Salineiro, todos do PL.
Já os bonés com os dizeres "o Brasil é dos brasileiros", que são da cor azul, foram vistos juntos aos parlamentares do PT: Jean Ferreira, Luiza Ribeiro e Landmark Rios.
Inclusive, Salineiro "encabeçou" essa "guerra" declarando, em nota, que o boné usado por ele e os colegas de legenda traz "a cor e o verdadeiro slogan do governo Lula".
"A frase significa os altos impostos que pagamos e a falta de liberdade econômica, que deixa o Brasil estagnado. Eles querem te enganar usando azul, verde e amarelo, mas as políticas do Lula são as mesmas de sempre. As pessoas precisam acordar para a realidade de que a liberdade econômica é o único caminho!”, disse Salineiro em nota.
Em suas redes sociais, os vereadores homens do PT também publicaram nos populares stories e reels, em que usam ou destacam o acessório de alguma forma.
Entenda a 'guerra'
Ainda quando estava em campanha eleitoral, o presidente eleito nos Estados Unidos, Donald Trump, adotou os bonés com a frase "faça a América grande de novo" (tradução livre do inglês Make America Great Again), o que foi seguido pelo chamado "tarifaço".
Em apoio ao presidente norte-americano, políticos e figuras do cenário da direita nacional (como o próprio Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas) apareceram em público com boné vermelho na cabeça e a frase "Make America Great Again".
Logo em 1º de fevereiro, quando Senado e Câmara decidiam seus presidentes, os parlamentares da esquerda - com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, apontado como o "capitão" do movimento -
apareceram com o boné azul durante as votações.
Como resposta, a manifestação dos parlamentares opositores ao Governo Federal adotaram uma primeira versão do boné, com as cores verde e amarela e um slogan de campanha para Bolsonaro como presidente em 2026, que vinha logo abaixo da frase "comida barata novamente".
Diante das ameaças à exportação contra produtos nacionais, em 30 de janeiro Lula dizia que: "Trump foi eleito para governar os EUA e eu fui eleito para governar o Brasil", aparecendo com o boné e a característica frase em 04 de fevereiro, em vídeo publicado em seu perfil, confira:
Coach Pablo Marçal Durante campanha e Adriane Lopes após vitória em Campo Grande. Fotos: Reprodução/Internet e Gerson Oliveira/Correio do EstadoNo quesito boné de campanha, vale lembrar do acessório usado pelo candidato ao executivo de São Paulo nos últimas eleições, o coach Pablo Marçal, que usou um boné apenas com a inicial "M", modelo mimetizado por Adriane Lopes em Campo Grande, porém em um case de sucesso visto o resultado do pleito de 2024.


