Política

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Câmara tem 106 projetos contra o fumo

Câmara tem 106 projetos contra o fumo

terra

30/11/2011 - 07h26
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Enquanto o Senado aprovou, há uma semana, a Medida Provisória que estende para todo o País a lei antifumo que já era aplicada em alguns Estados, tramitam na Câmara dos Deputados ao menos 106 projetos de lei com restrições ao tabagismo, de acordo com levantamento feito pelo Terra. As propostas, em sua maioria, tratam de restringir ainda mais a venda de cigarros e locais onde fumar é permitido, mas algumas pedem medidas mais radicais, como exigir de fabricantes o financiamento da recuperação de dependentes do fumo e proibir a comercialização de cigarros no Brasil.

O projeto de lei 3474/2004 é o mais restritivo em tramitação na Casa. Apresentado pelo ex-deputado do Paraná Chico da Princesa, a matéria tenta proibir a "fabricação, importação e comercialização de cigarros em todo território nacional", com multa de R$ 10 mil para o descumprimento da medida. Na justificativa, o autor do projeto diz que a "empreitada" tem o objetivo de "cortar pela raiz este profundo mal da sociedade que é o consumo de cigarros". A proposta foi apensada a outros projetos que tratam da restrição ao fumo e ainda não foi votada.

Outra medida polêmica proposta da Câmara é colocar na conta das empresas fabricantes de cigarros os custos para o tratamento de dependentes da nicotina e pacientes que desenvolveram doenças relativas ao tabagismo: ao menos 12 projetos tratam do tema. As matérias foram incorporadas ao projeto de lei 513/1999, do então deputado Cunha Bueno (PPB-SP), que destaca não haver motivo para que todos os contribuintes paguem pelo tratamento nos estabelecimentos públicos "dos que por livre opção decidiram tornar-se fumantes".

Os parlamentares, querem, ainda mudanças nas embalagens dos cigarros. Ricardo Izar (PSD-SP) e Dr. Talmir (PV-SP) - hoje ex-deputado - propuseram restringir o uso de cores vivas nas caixas dos produtos, já que os elementos visuais fariam parte da estratégia de sedução do produto. Já o deputado Alexandre Roso (PSB-RS) quer que os fabricantes sejam obrigados a imprimir nas embalagens, além das advertências sobre os males que as substâncias do cigarro podem causar, expressões que tratem dos benefícios de abandonar o tabaco, que teriam mais efeito no combate ao fumo que as imagens chocantes hoje usadas.

Sem o foco no combate ao fumo, há propostas que pretendem banir o tabaco do trânsito. Os projetos para tornar o ato de fumar ao volante uma infração grave tramitam há anos na Casa, sob a justificativa de que o hábito distrai ainda mais que o uso do celular e está relacionado a acidentes graves. Em 2009, o então deputado Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) apresentou outra proposição para impedir o cigarro aceso dentro dos veículos particulares. Mas somente nos ocupados por menores de 18 anos. "O presente projeto tem o escopo de preservar a saúde de recém-nascidos, crianças a adolescentes que, ao terem pais, parentes ou conhecidos que fumam, ficam expostos aos malefícios da fumaça dos cigarros", diz o parlamentar na justificativa.

Política

Moraes autoriza cirurgia de Bolsonaro no Natal; internação ocorrerá no dia 24

Moraes também permitiu que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro seja a acompanhante principal de Bolsonaro no período em que ele estiver no DF Star

23/12/2025 14h56

Reprodução

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou nesta terça-feira, 23, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja internado nesta quarta-feira, 24, e faça uma cirurgia para tratar uma hérnia inguinal bilateral.

Bolsonaro será internado no Hospital DF Star, que fica a menos de três quilômetros de onde o ex-presidente está preso desde 22 de novembro. Ainda não foi informado o horário da chegada do ex-chefe do Executivo no hospital e nem o início do procedimento cirúrgico, previsto para ocorrer no dia 25, feriado de Natal.

Moraes também permitiu que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro seja a acompanhante principal de Bolsonaro no período em que ele estiver no DF Star. O ministro não atendeu o pedido da defesa para visitas de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o ex-vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PL).

O ministro do STF determinou ainda medidas de segurança no hospital. Uma determinação é que pelo menos dois policiais federais fiquem na porta do quarto onde estará Bolsonaro em todo o período em que ele estiver internado.

"A Polícia Federal deverá providenciar a completa vigilância e segurança do custodiado durante sua estadia, bem como do hospital, mantendo equipes de prontidão. A Polícia Federal deverá garantir, ainda, a segurança e fiscalização 24 (vinte e quatro) horas por dia, mantendo, no mínimo 2 (dois) policiais federais na porta do quarto do hospital, bem como as equipes que entender necessárias dentro e fora do hospital", diz um trecho da decisão.

O ministro proibiu a entrada de celulares e outros equipamentos eletrônicos, determinando apenas a entrada de equipamentos médicos no quarto que receberá o ex-presidente.

JUSTIÇA

Juristas de MS aprovam criação de um código de ética para tribunais superiores

Proposta parte do presidente do STF, Edson Fachin, ao defender que magistrados precisam ter rigor técnico e sobriedade

23/12/2025 08h20

O presidente do STF, ministro Edson Fachin, durante sessão de encerramento do ano judiciário

O presidente do STF, ministro Edson Fachin, durante sessão de encerramento do ano judiciário Rosinei Coutinho/STF

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A proposta do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, de criar um código de conduta para os tribunais superiores, por entender que os magistrados precisam ter rigor técnico e sobriedade, foi bem-aceita pelos juristas de Mato Grosso do Sul.

O advogado Benedicto Arthur Figueiredo Neto lembrou que, etimologicamente, a palavra ética vem do grego ethos, que significa costume, caráter e modo de agir.

“Em meio às diversas críticas que alguns ministros do STF têm sofrido por receberem valores para proferirem palestras, o que é totalmente lícito à magistratura, Fachin se inspira no código de conduta da Suprema Corte da Alemanha para a criação de uma normatização ao modo de agir dos seus membros”, explicou.

Ele completou que o código de conduta da Suprema Corte alemã é bastante pragmático e objetivo, no sentido de sempre preservar em primeiro lugar a imagem da Corte e de que a conduta de seus membros sempre siga regras para que essa imagem venha a ser preservada.

“É o caso de como se prevê na Alemanha que os seus membros devem ponderar se o evento do qual vão participar não tem conflito com a reputação e com a honra da Corte. A normatização de um código de ética para tribunais superiores é a franca demonstração de reconstrução da imagem independente pela magistratura, afastando-se da política”, analisou.

Sandro de Oliveira, professor doutor da Faculdade de Direito (Fadir) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), acrescentou que um código de ética da magistratura é pertinente e necessário porque traduz, de forma clara e acessível, os valores que já estão consagrados na Constituição Federal e que devem orientar a atuação de todo agente público, mais especialmente daqueles que exercem a função de julgar.

“O código não cria obrigações novas, mas organiza princípios como legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, oferecendo parâmetros objetivos de conduta que reforçam a confiança da sociedade no Poder Judiciário. Além disso, a magistratura ocupa uma posição singular na estrutura do Estado, pois dela se espera independência, equilíbrio e compromisso permanente com os direitos fundamentais”, pontuou.

Sandro de Oliveira ressaltou que um código de ética funciona como instrumento pedagógico e preventivo, ajudando o magistrado a refletir sobre sua postura dentro e fora da jurisdição, à luz do interesse público, da dignidade da função e do dever de imparcialidade, que decorre diretamente do princípio republicano.

“Ao fortalecer a ética institucional, o código contribui para a transparência e para a legitimidade democrática do Judiciário. Ele reafirma que a atuação judicial não está dissociada da administração pública, mas submetida aos mesmos princípios constitucionais que exigem responsabilidade, probidade e prestação de contas à sociedade, elementos que são necessários à consolidação do Estado Democrático de Direito”, assegurou.

Para ele, é importante registrar que códigos de ética e de conduta não são estranhos ao ordenamento jurídico brasileiro. “Ao contrário, diversas carreiras de Estado e do serviço público, de modo geral, já contam com diplomas próprios que orientam a atuação de seus membros. Nesse contexto, a instituição de um código de ética da magistratura não apenas se mostra legítima, como também relevante, na medida em que contribuiria para balizar comportamentos, fortalecer a confiança social no Judiciário e servir de referência normativa e ética para as demais carreiras do Estado brasileiro”, argumentou.

O advogado André Borges citou que a proposta surge depois de fatos recentes, como esposa de ministro do STF com contrato milionário e advogando na Corte do esposo e ministro viajando no jatinho em que estava advogado que posteriormente teve pedido atendido, revelarem a necessidade urgente de ser atualizado o Código de Ética da Magistratura editado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“Judiciário é importante demais para que sobre ele recaiam dúvidas sobre a honra e a decência de seus integrantes. Proteção ética surge exatamente de um código de ética. Na Suprema Corte dos Estados Unidos isso já foi aprovado. Trata-se de algo que precisa ser aplicado no Brasil, incluindo ministros das cortes superiores de Brasília [DF]. Vivemos em uma república, que tem como característica principal a responsabilidade dos servidores públicos em geral, no que se incluem os magistrados”, comentou o jurista ao Correio do Estado.

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