Política

Transparência

Candidato a vereador, Picarelli perdeu mais de 90% do patrimônio

Em 18 anos desde que disputou eleições pela primeira vez, o patrimônio do candidato a vereador por Campo Grande caiu de R$ 284.220,68 para R$ 17.555,79

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Na disputa por uma vaga na Câmara Municipal de Campo Grande, o candidato a vereador Maurício Picarelli (União Brasil) declarou possuir o montante de R$ 17.555,79 à Justiça Eleitoral. 

Os dados de todos que disputam o pleito de 2024, são colocados para apreciação da população por meio da plataforma Divulgacand.

Picarelli,  ficou conhecido na Capital por apresentar um programa de televisão que ficou no ar por 34 anos, focado em pautas policiais e sociais. No dia 30 de maio de 2016, o último programa foi exibido na televisão aberta.

Neste ínterim, ao colocar seu nome à apreciação da população pela primeira vez como deputado estadual em 2006 pelo PTB, Picarelli declarou possuir R$ 284.220,68.

Em comparação com o pouco que restou em 2024, a ‘gordura’ financeira encolheu 93,8%.

Na época em que ainda era apresentador de televisão, a declaração feita à Justiça Eleitoral incluía um lote e um veículo.

Declaração 2006 / Deputado Estadual

  • R$ 66.301,41 - Estância de 9 hectares de terra
  • R$ 128.919,27 - Casa de alvenaria no Jardim Guarujá
  • R$ 89.000,00 - Veículo F250 Tropical - Ano 2002/2003

Neste ano, o voto das “minhas comadres e meus amigos” não foi suficiente, e ele não conseguiu ingressar como representante do povo na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS).

A primeira vez em que foi eleito deputado estadual ocorreu em 2010, desta vez pelo MDB. A fatia de bens declarada foi de R$ 775.015,02.

Declaração 2010 / Deputado Estadual

  • R$ 35.000,00 - Veículo GM Classic Life / Ano 2008
  • R$ 111.104,75 - Jipe Nissan SE 25 / Ano 2008
  • R$ 500.000,00 - Estância de 9 hectares
  • R$ 128.910,27 - Casa de alvenaria no Jardim Guarujá

Reeleito para o segundo mandato como deputado estadual em 2014, o montante de posses declarado foi de R$ 727.633,29.

A estância teve um crescimento na declaração em comparação com a anterior (2006) de 653,82%.

Além disso, Picarelli se tornou um entusiasta da Fiat, tendo declarado 4 veículos desta marca.

Declaração 2014 / Deputado Estadual

  • R$ 335.451,41 - Estância de 9 hectares
  • R$ 41.439,96 - Carro Fiat Uno / Ano 2008/2009
  • R$ 9.624,03 - Fiat Uno / Ano 2012/2013
  • R$ 35.589,99 - Fiat Uno / 2009/2010
  • R$ 10.410,03 - Fiat Uno / 2012/2013
  • R$ 111.104,75 - Jipe Nissan Pathfinder SE 25 / Ano 2008
  • R$ 35.000,00 - Veículo GM Classic Life / Ano 2008
  • R$ 128.910,27 - Casa de alvenaria no Jardim Guarujá
  • R$ 20.102,85 - Título de Capitalização

Em 2018, Picarelli não conseguiu votos suficientes e concorreu pelo PSDB. O patrimônio sofreu uma leve queda, sendo avaliado em R$ 272.605,70.

Somente dois veículos Fiat constam na declaração referente a este ano.

Pleito de 2018 / Suplente 

  • R$ 56,67 - depósito em conta corrente
  • R$ 35.370,94 - Fiat Uno - Ano 2012/2013
  • R$ 38.297,79 - Fiat Uno - Ano 2012/2013
  • R$ 25.000,00 - WV Gol - Ano 2013/2014
  • R$ 10.000,00 - Cotas Empresariais
  • R$ 128.910,27 - casa de alvenaria no Jardim Guarujá
  • R$ 34.970,03 - GM Classic Life / ano 2008

Ao todo, foram 6 anos sem disputar nenhuma eleição, sendo esta a primeira vez que Maurício Picarelli concorre para vereador.

Declaração 2024

  • R$ 7.555,79 - Renda fixa
  • R$ 10.000,00 - Capital social

Plataforma

O DivulgaCand é um Sistema de Divulgação de Candidaturas e de Prestação de Contas Eleitorais, onde são feitas prestações de contas tanto dos candidatos quanto dos partidos políticos.

O sistema fornece as seguintes informações:

  • Quantidade de candidaturas;
  • Situação do candidato;
  • Dados como nome/gênero/estado civil, entre outros;

A plataforma também destaca o recurso financeiro que o candidato terá para o financiamento de sua campanha eleitoral. Caso receba doações, os dados de quem enviou são discriminados com todos os detalhes.

Conforme os relatórios financeiros são enviados o sistema passa por atualizações. O objetivo é que a população tenha acesso aos dados com total transparência para acompanhar gastos e uso de recursos. 

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Política

Moraes autoriza cirurgia de Bolsonaro no Natal; internação ocorrerá no dia 24

Moraes também permitiu que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro seja a acompanhante principal de Bolsonaro no período em que ele estiver no DF Star

23/12/2025 14h56

Reprodução

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou nesta terça-feira, 23, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja internado nesta quarta-feira, 24, e faça uma cirurgia para tratar uma hérnia inguinal bilateral.

Bolsonaro será internado no Hospital DF Star, que fica a menos de três quilômetros de onde o ex-presidente está preso desde 22 de novembro. Ainda não foi informado o horário da chegada do ex-chefe do Executivo no hospital e nem o início do procedimento cirúrgico, previsto para ocorrer no dia 25, feriado de Natal.

Moraes também permitiu que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro seja a acompanhante principal de Bolsonaro no período em que ele estiver no DF Star. O ministro não atendeu o pedido da defesa para visitas de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o ex-vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PL).

O ministro do STF determinou ainda medidas de segurança no hospital. Uma determinação é que pelo menos dois policiais federais fiquem na porta do quarto onde estará Bolsonaro em todo o período em que ele estiver internado.

"A Polícia Federal deverá providenciar a completa vigilância e segurança do custodiado durante sua estadia, bem como do hospital, mantendo equipes de prontidão. A Polícia Federal deverá garantir, ainda, a segurança e fiscalização 24 (vinte e quatro) horas por dia, mantendo, no mínimo 2 (dois) policiais federais na porta do quarto do hospital, bem como as equipes que entender necessárias dentro e fora do hospital", diz um trecho da decisão.

O ministro proibiu a entrada de celulares e outros equipamentos eletrônicos, determinando apenas a entrada de equipamentos médicos no quarto que receberá o ex-presidente.

JUSTIÇA

Juristas de MS aprovam criação de um código de ética para tribunais superiores

Proposta parte do presidente do STF, Edson Fachin, ao defender que magistrados precisam ter rigor técnico e sobriedade

23/12/2025 08h20

O presidente do STF, ministro Edson Fachin, durante sessão de encerramento do ano judiciário

O presidente do STF, ministro Edson Fachin, durante sessão de encerramento do ano judiciário Rosinei Coutinho/STF

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A proposta do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, de criar um código de conduta para os tribunais superiores, por entender que os magistrados precisam ter rigor técnico e sobriedade, foi bem-aceita pelos juristas de Mato Grosso do Sul.

O advogado Benedicto Arthur Figueiredo Neto lembrou que, etimologicamente, a palavra ética vem do grego ethos, que significa costume, caráter e modo de agir.

“Em meio às diversas críticas que alguns ministros do STF têm sofrido por receberem valores para proferirem palestras, o que é totalmente lícito à magistratura, Fachin se inspira no código de conduta da Suprema Corte da Alemanha para a criação de uma normatização ao modo de agir dos seus membros”, explicou.

Ele completou que o código de conduta da Suprema Corte alemã é bastante pragmático e objetivo, no sentido de sempre preservar em primeiro lugar a imagem da Corte e de que a conduta de seus membros sempre siga regras para que essa imagem venha a ser preservada.

“É o caso de como se prevê na Alemanha que os seus membros devem ponderar se o evento do qual vão participar não tem conflito com a reputação e com a honra da Corte. A normatização de um código de ética para tribunais superiores é a franca demonstração de reconstrução da imagem independente pela magistratura, afastando-se da política”, analisou.

Sandro de Oliveira, professor doutor da Faculdade de Direito (Fadir) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), acrescentou que um código de ética da magistratura é pertinente e necessário porque traduz, de forma clara e acessível, os valores que já estão consagrados na Constituição Federal e que devem orientar a atuação de todo agente público, mais especialmente daqueles que exercem a função de julgar.

“O código não cria obrigações novas, mas organiza princípios como legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, oferecendo parâmetros objetivos de conduta que reforçam a confiança da sociedade no Poder Judiciário. Além disso, a magistratura ocupa uma posição singular na estrutura do Estado, pois dela se espera independência, equilíbrio e compromisso permanente com os direitos fundamentais”, pontuou.

Sandro de Oliveira ressaltou que um código de ética funciona como instrumento pedagógico e preventivo, ajudando o magistrado a refletir sobre sua postura dentro e fora da jurisdição, à luz do interesse público, da dignidade da função e do dever de imparcialidade, que decorre diretamente do princípio republicano.

“Ao fortalecer a ética institucional, o código contribui para a transparência e para a legitimidade democrática do Judiciário. Ele reafirma que a atuação judicial não está dissociada da administração pública, mas submetida aos mesmos princípios constitucionais que exigem responsabilidade, probidade e prestação de contas à sociedade, elementos que são necessários à consolidação do Estado Democrático de Direito”, assegurou.

Para ele, é importante registrar que códigos de ética e de conduta não são estranhos ao ordenamento jurídico brasileiro. “Ao contrário, diversas carreiras de Estado e do serviço público, de modo geral, já contam com diplomas próprios que orientam a atuação de seus membros. Nesse contexto, a instituição de um código de ética da magistratura não apenas se mostra legítima, como também relevante, na medida em que contribuiria para balizar comportamentos, fortalecer a confiança social no Judiciário e servir de referência normativa e ética para as demais carreiras do Estado brasileiro”, argumentou.

O advogado André Borges citou que a proposta surge depois de fatos recentes, como esposa de ministro do STF com contrato milionário e advogando na Corte do esposo e ministro viajando no jatinho em que estava advogado que posteriormente teve pedido atendido, revelarem a necessidade urgente de ser atualizado o Código de Ética da Magistratura editado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“Judiciário é importante demais para que sobre ele recaiam dúvidas sobre a honra e a decência de seus integrantes. Proteção ética surge exatamente de um código de ética. Na Suprema Corte dos Estados Unidos isso já foi aprovado. Trata-se de algo que precisa ser aplicado no Brasil, incluindo ministros das cortes superiores de Brasília [DF]. Vivemos em uma república, que tem como característica principal a responsabilidade dos servidores públicos em geral, no que se incluem os magistrados”, comentou o jurista ao Correio do Estado.

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