Política

Troca partidária

Capitão Contar se aproxima de Tereza de olho em concorrer a uma vaga ao Senado

Porém, o mais provável é que o ex-deputado dispute pelo PP uma vaga na Câmara dos Deputados ou na Assembleia

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Praticamente filiado ao PP, o ex-deputado estadual Capitão Contar – o qual ainda está no PRTB – está cada dia mais próximo da senadora Tereza Cristina, presidente dos progressistas em Mato Grosso do Sul, de olho em ser o candidato do partido para disputar o Senado nas eleições gerais de 2026.

Tanto que, nesta quinta-feira, em Brasília (DF), acompanhado pela sua esposa, Iara Diniz, ele se encontrou com a parlamentar no gabinete dela no Senado – encontro esse que teve ainda a participação do diretor-tesoureiro do PP de Mato Grosso do Sul, Marco Aurélio Santullo.

As pretensões de Capitão Contar não são infundadas. Na última pesquisa divulgada pelo Correio do Estado e realizada pelo Instituto de Pesquisas de Mato Grosso do Sul (Ipems), ele apareceu em terceiro lugar, atrás somente do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que é considerado como favorito a uma das duas vagas, e do senador Nelsinho Trad (PSD), que tentará a reeleição.

Entretanto, conforme apurado pelo Correio do Estado, é mais provável que o ex-deputado estadual seja candidato a deputado federal pelo PP e forme, junto à ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), uma chapa forte da federação “União Progressista”, capaz de eleger ambos e ainda puxar o deputado federal 
Dr. Luiz Ovando (PP), bem como, talvez, um outro candidato da chamada “superfederação”.

Também não está descartada a possibilidade de Capitão Contar concorrer a uma das 24 cadeiras da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems). Porém, para qual cargo ele vai sair candidato pela “União Progressista”, isso só será conhecido mais adiante, quando a senadora Tereza Cristina bater o martelo sobre quem representará o grupo na disputa por uma vaga ao Senado.

No momento, além de Capitão Contar, o PP tem também como interessados o presidente da Alems, deputado estadual Gerson Claro (PP), e o atual titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos de Campo Grande (Sisep), Marcelo Miglioli.

Entretanto, conforme informações obtidas pelo Correio do Estado, na atual conjuntura, o objetivo da senadora é fortalecer a “União Progressista” para a corrida eleitoral do próximo ano, a qual, conforme analistas políticos, deve ser uma das mais disputadas nas proporcionais em MS dos últimos anos.

O Correio do Estado procurou a senadora Tereza Cristina para que ela comentasse sobre o encontro com o ex-deputado estadual Capitão Contar. Contudo, até o fechamento desta reportagem, não houve sucesso. O ex-parlamentar também foi procurado – e a exemplo da senadora, ele também não retornou às ligações. Porém, em suas redes sociais, ele chegou a comentar sobre a reunião.

“Visita especial ao Senado, ao lado da nossa querida senadora Tereza Cristina, buscando construir pontes para fortalecer Mato Grosso do Sul e os sul-mato-grossenses”, postou o ex-deputado estadual, deixando claro que está de mudança do PRTB para o PP.

MUDANÇA

No fim de abril, o Correio do Estado publicou que Capitão Contar estava negociando trocar o PRTB pelo PP para disputar uma das oito cadeiras de Mato Grosso do Sul na Câmara dos Deputados nas eleições gerais do próximo ano.

A reportagem ouviu de interlocutores ligados ao ex-deputado estadual que ele teria procurado o partido da senadora Tereza Cristina para negociar a sua migração ao ninho progressista e para, dessa forma, ser um dos nomes da legenda para concorrer à Câmara.

Na época, foi dado como certo que Capitão Contar já estaria com os dois pés dentro do barco progressista para as eleições de 2026.

Para as lideranças do PP no Estado, a presença dele no partido será um trunfo, pois, aliado com a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), a “superfederação” batizada de “União Progressista” terá dois campeões de votos na mesma chapa na disputa por cadeiras na Câmara ou, talvez, até para o Senado.

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Política

Avaliações positiva e negativa do STF crescem e mostram divisão da percepção da população

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano; percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%

19/12/2025 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19, mostra que cresceram as avaliações positivas e negativas sobre o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrando uma divisão da percepção da população brasileira sobre a atuação da Corte.

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano. No mesmo período, a percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%. Já a avaliação regular recuou de 34% para 24%.

No intervalo entre os dois levantamentos, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre as duas edições da pesquisa, também houve mudança no comando da Corte. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do tribunal e o ministro Luís Roberto Barroso se aposentou. Fachin adota um perfil mais discreto e defende a chamada "autocontenção" do Judiciário, em contraste com o antecessor, que sustentava que o Supremo deveria exercer um "papel iluminista" e atuar de forma mais protagonista na definição de direitos.

No mesmo período, o secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares, além de outros sete integrantes do STF. O governo dos Estados Unidos também aplicou sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para punir violadores graves de direitos humanos. Foi a primeira vez que uma autoridade de um país democrático foi alvo das medidas previstas na legislação. Neste mês, o presidente Donald Trump retirou o nome do ministro da lista de sancionados.

Outros poderes

A pesquisa também avaliou os demais Poderes. No Legislativo, a percepção varia conforme a Casa. No Senado Federal, a maior parcela dos entrevistados (34%) classifica o desempenho como regular, porcentual que empata, dentro da margem de erro (2 p p), com a avaliação negativa, de 33%. A avaliação positiva soma 22%, enquanto 11% não souberam ou não quiseram responder.

Na Câmara dos Deputados, a avaliação negativa predomina: 36% consideram o trabalho ruim ou péssimo. A percepção, porém, está tecnicamente empatada com a avaliação regular, que alcança 35%. A avaliação positiva é de 20%, e 9% não responderam.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2025. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos porcentuais. Os entrevistados puderam classificar cada Poder como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, com os resultados consolidados nas categorias positiva, regular e negativa.

Governo Lula

Em relação ao Executivo federal, 38% dos brasileiros avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um trabalho ruim ou péssimo. Outros 34% consideram a gestão boa ou ótima, enquanto 25% a classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

Política

Ministro do Paraguai fala em disposição construtiva para avançar em acordo Mercosul-UE efetivo

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

19/12/2025 21h00

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais Foto: Divulgação

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O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, reafirmou a "disposição construtiva" para avançar na concretização efetiva do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), durante a 67ª reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, órgão decisório de nível ministerial do bloco, nesta sexta-feira, 19, segundo nota do Ministério de Relações Exteriores do país.

"Em particular, o Paraguai confia que os mecanismos de salvaguarda serão abordados e aplicados de maneira compatível com respeito ao negociado e acordado, e também de acordo com as normas multilaterais preservando o equilíbrio de direitos e obrigações das partes", disse Lezcano.

O chanceler também afirmou que "o Paraguai acredita e aposta em um Mercosul que funcione para todos, capaz de traduzir seus princípios em resultados concretos e de responder com pragmatismo e visão aos desafios estruturais que ainda persistem" na região.

Segundo Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais entre os Estados Parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e, mais recentemente em 2024, Bolívia). "Não se trata de uma noção abstrata, mas de uma realidade econômica e geográfica que limita nosso desenvolvimento e condiciona nossa competitividade", disse, frisando que a condição mediterrânea do país impõe custos adicionais que encarecem as exportações e restringem a participação nas cadeias regionais de valor.

A reunião do CMC, em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, foi majoritariamente fechada à imprensa.

No sábado, 20, o Brasil deve passar o bastão da Presidência Pro Tempore do bloco ao Paraguai, durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, também em Foz do Iguaçu. 

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