Política

MANIFESTAÇÕES

Caravana de políticos do PL de MS vai a atos de Bolsonaro no Rio e em São Paulo

O ex-presidente classifica como "oportunismo barato" qualquer ato político da direita fora de Copacabana e da Av. Paulista

Continue lendo...

Os deputados estaduais e um deputado federal do PL em Mato Grosso do Sul, bem como os três vereadores do partido em Campo Grande e boa parte dos demais 62 vereadores da sigla espalhados pelo Estado, já confirmaram presença nos dois atos políticos convocados pelo ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro para os dias 16/3 e 7/4.

As informações são do deputado estadual Coronel David (PL), uma das principais lideranças do partido em MS, explicando que os outros três colegas de Assembleia Legislativa – Neno Razuk, Lucas de Lima e João Henrique Catan – já estariam confirmados, assim como o deputado federal Rodolfo Nogueira e os vereadores da Capital Rafael Tavares, André Salineiro e Ana Portela.

Além disso, boa parte dos demais 62 vereadores do PL espalhados pelos 79 municípios do Estado também está se articulando para participar dos atos marcados para ocorrer neste mês, na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ), e no mês que vem, na Avenida Paulista, em São Paulo (SP).

As convocações foram feitas pelo próprio Bolsonaro por meio de um vídeo postado nas suas redes sociais na semana passada.

“Às 10h do dia 16, estão todos convidados para estar em Copacabana, enquanto no dia 7 de abril, às 14h, [será] na Av. Paulista, em São Paulo. Compareçam!”, conclamou o ex-presidente.

Nesse mesmo vídeo, ele complementou que esse é “o convite que nós fazemos para todos vocês”.

“A nossa pauta é a anistia e também a liberdade de expressão. Até lá, se Deus quiser”, declarou.

Ele avisou à militância que qualquer ato fora de Copacabana ou da Av. Paulista é “oportunismo barato” e que os bolsonaristas devem se concentrar no Rio e em São Paulo nos dias 16/3 e 7/4. Ambas as datas cairão em um domingo.

Conforme Coronel David, Bolsonaro convocou os apoiadores para participar de manifestações em defesa da anistia aos presos políticos do 8 de Janeiro, apontando a injustiça das prisões determinadas pela Justiça.

“O presidente disse para nós que a expectativa é reunir cerca de 1 milhão de manifestantes tanto na orla carioca quanto na avenida de São Paulo, para pressionar as autoridades e defender aqueles que foram presos após os atos de janeiro de 2023”, reforçou.

O ex-presidente também alertou aos demais políticos do partido que qualquer outro chamado para manifestações fora desses eventos seria um “oportunismo político de quem não acolhe os pedidos do presidente”. A equipe de Bolsonaro teme que atos descentralizados fujam do controle e possam ser usados contra ele pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O ex-presidente demonstrou preocupação com a possibilidade de novas manifestações saírem do controle e resultarem em consequências jurídicas para ele e seus aliados.

“No after day, quando estoura, sempre estoura no meu colo”, afirmou.

Apesar da orientação de Bolsonaro, um pequeno grupo em Campo Grande insiste em organizar um evento à revelia das diretrizes estabelecidas, contrariando o planejamento da liderança bolsonarista.

Entre eles está o deputado federal Marcos Pollon (PL), que também gravou um vídeo e o postou nas redes sociais convocando a população campo-grandense para um ato no dia 16, às 16h, em frente ao Bioparque Pantanal.

Já em Cuiabá (MT) o evento foi cancelado, seguindo a recomendação de Bolsonaro para evitar manifestações descentralizadas, assim como em Belo Horizonte (MG) e em outras capitais brasileiras.

Assine o Correio do Estado

Política

Avaliações positiva e negativa do STF crescem e mostram divisão da percepção da população

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano; percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%

19/12/2025 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Continue Lendo...

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19, mostra que cresceram as avaliações positivas e negativas sobre o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrando uma divisão da percepção da população brasileira sobre a atuação da Corte.

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano. No mesmo período, a percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%. Já a avaliação regular recuou de 34% para 24%.

No intervalo entre os dois levantamentos, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre as duas edições da pesquisa, também houve mudança no comando da Corte. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do tribunal e o ministro Luís Roberto Barroso se aposentou. Fachin adota um perfil mais discreto e defende a chamada "autocontenção" do Judiciário, em contraste com o antecessor, que sustentava que o Supremo deveria exercer um "papel iluminista" e atuar de forma mais protagonista na definição de direitos.

No mesmo período, o secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares, além de outros sete integrantes do STF. O governo dos Estados Unidos também aplicou sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para punir violadores graves de direitos humanos. Foi a primeira vez que uma autoridade de um país democrático foi alvo das medidas previstas na legislação. Neste mês, o presidente Donald Trump retirou o nome do ministro da lista de sancionados.

Outros poderes

A pesquisa também avaliou os demais Poderes. No Legislativo, a percepção varia conforme a Casa. No Senado Federal, a maior parcela dos entrevistados (34%) classifica o desempenho como regular, porcentual que empata, dentro da margem de erro (2 p p), com a avaliação negativa, de 33%. A avaliação positiva soma 22%, enquanto 11% não souberam ou não quiseram responder.

Na Câmara dos Deputados, a avaliação negativa predomina: 36% consideram o trabalho ruim ou péssimo. A percepção, porém, está tecnicamente empatada com a avaliação regular, que alcança 35%. A avaliação positiva é de 20%, e 9% não responderam.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2025. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos porcentuais. Os entrevistados puderam classificar cada Poder como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, com os resultados consolidados nas categorias positiva, regular e negativa.

Governo Lula

Em relação ao Executivo federal, 38% dos brasileiros avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um trabalho ruim ou péssimo. Outros 34% consideram a gestão boa ou ótima, enquanto 25% a classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

Política

Ministro do Paraguai fala em disposição construtiva para avançar em acordo Mercosul-UE efetivo

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

19/12/2025 21h00

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais Foto: Divulgação

Continue Lendo...

O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, reafirmou a "disposição construtiva" para avançar na concretização efetiva do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), durante a 67ª reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, órgão decisório de nível ministerial do bloco, nesta sexta-feira, 19, segundo nota do Ministério de Relações Exteriores do país.

"Em particular, o Paraguai confia que os mecanismos de salvaguarda serão abordados e aplicados de maneira compatível com respeito ao negociado e acordado, e também de acordo com as normas multilaterais preservando o equilíbrio de direitos e obrigações das partes", disse Lezcano.

O chanceler também afirmou que "o Paraguai acredita e aposta em um Mercosul que funcione para todos, capaz de traduzir seus princípios em resultados concretos e de responder com pragmatismo e visão aos desafios estruturais que ainda persistem" na região.

Segundo Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais entre os Estados Parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e, mais recentemente em 2024, Bolívia). "Não se trata de uma noção abstrata, mas de uma realidade econômica e geográfica que limita nosso desenvolvimento e condiciona nossa competitividade", disse, frisando que a condição mediterrânea do país impõe custos adicionais que encarecem as exportações e restringem a participação nas cadeias regionais de valor.

A reunião do CMC, em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, foi majoritariamente fechada à imprensa.

No sábado, 20, o Brasil deve passar o bastão da Presidência Pro Tempore do bloco ao Paraguai, durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, também em Foz do Iguaçu. 

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).