Política

Vantagens do Judiciário

CNJ barra retroativos que inflam salário de juízes; gasto chegou R$ 87 milhões em MS

Decisão assinada por Barroso restringe benefícios sem ordem judicial; gastos com penduricalhos somaram R$ 1,76 bi no país.

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Resolução do presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, que também acumula a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), impede os órgãos do Poder Judiciário de pagar direitos e vantagens de forma retroativa por decisões administrativas.

Os pagamentos retroativos concedidos por decisões administrativas integram parte dos penduricalhos, que ajudam a inflar o salário de magistrados e também de outros membros de carreiras jurídicas, como o Ministério Público, por exemplo.

“Os órgãos do Poder Judiciário somente poderão reconhecer e pagar novos direitos e vantagens com efeito retroativo por força de decisão judicial transitada em julgado, proferida em ação de natureza coletiva ou em precedente qualificado dos Tribunais Superiores”, asseverou Barroso.

Em seu voto, Barroso lembrou que “juízes exercem funções da mais alta responsabilidade e, por isso, devem ser remunerados de forma condigna e constitucionalmente equiparada”, mas que “tem havido reações negativas ao pagamento de direitos e vantagens reconhecidos de forma acumulada, que não raro resultam em pagamentos vultosos”.

“Daí a necessidade de que o CNJ, no exercício do controle administrativo e financeiro dos órgãos do Poder Judiciário, reforce daqui em diante os critérios necessários para a concessão desse tipo de vantagem acumulada”, afirmou.

Penduricalhos

No ano passado, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) gastou pelo menos R$ 87 milhões com pagamentos retroativos, indica levantamento feito em portais da transparência, divulgado primeiramente pelo jornal Gazeta do Povo.

Em todo o Brasil, a soma de gastos com pagamentos retroativos atingiu R$ 1,76 bilhão em 2024. O valor não inclui salários, que se aproximam muito do teto do serviço público, que é de R$ 44 mil por mês.

Juízes federais brasileiros, por exemplo, receberam entre 2020 e 2024, em média, R$ 145 mil de penduricalhos retroativos por decisões de órgãos da própria Justiça. Os pagamentos que engordaram o salário da magistratura federal somaram, nesse período, R$ 332 milhões.

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Apuração

Toffoli marca acareação com investigados no caso Banco Master

Medida faz parte do processo sobre fraudes financeiras

24/12/2025 16h30

Ministro Dias Tofolli

Ministro Dias Tofolli Foto: Divulgação

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O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (24) a realização de uma audiência de acareação com o sócio do Banco Master, Daniel Vorcaro, o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa e o diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino.

Eles serão ouvidos no dia 30 de dezembro, às 14h, por videoconferência. A medida faz parte do processo de investigação de fraudes financeiras que podem ter movimentado R$ 17 bilhões por meio da emissão de títulos de créditos falsos.

Os acusados são investigados pela Polícia Federal desde 2024, no âmbito da Operação Compliance Zero, deflagrada no dia 18 de novembro de 2025. Na ocasião, Vocaro foi preso, no Aeroporto de Guarulhos (SP), um dia depois de a Fictor Holding Financeira ter anunciado que compraria o Master, após a instituição financeira ter sido liquidada extrajudicialmente.

Também foram detidos os sócios de Vocaro, Augusto Ferreira Lima, Luiz Antonio Bull, Alberto Feliz de Oliveira e Angelo Antonio Ribeiro da Silva. Todos foram autorizados pela Justiça Federal a responder em liberdade com monitoramento por tornozeleira eletrônica e estão proibidos de exercer atividades no setor financeiro, de ter contato com outros investigados e de sair do país.

Tofffoli é relator do caso no STF, que tramita em sigilo, após decisão do ministro de acolher o pedido da defesa de Vorcaro para que o caso passasse a ser conduzido pela Corte e não mais na Justiça Federal em Brasília. A mudança foi justificada pela citação de um deputado federal, que tem foro privilegiado.

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CIRURGIA

Moraes autoriza visita de filhos de Bolsonaro enquanto ele estiver internado

Bolsonaro foi internado nesta manhã para tratar uma hérnia inguinal bilateral, sendo a primeira vez que o ex-chefe do Executivo deixou a Superintendência da Polícia Federal

24/12/2025 15h00

Ministro Alexandre de Moraes e o ex-presidente Jair Bolsonaro

Ministro Alexandre de Moraes e o ex-presidente Jair Bolsonaro Foto: Reprodução

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou, nesta quarta-feira, 24, a visita do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o ex-vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PL) ao quarto onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está internado em Brasília. Moraes determinou que os dois devem seguir as mesmas restrições impostas à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que já está no Hospital DF Star. Além deles, também foram autorizados os outros filhos: Jair Renan Bolsonaro e Laura Bolsonaro.

A defesa havia pedido para que Flávio e Carlos pudessem visitar ao pai com Michelle, porém, em despacho desta terça-feira, 23, onde permitia a realização do procedimento cirúrgico, o ministro do STF garantiu apenas a presença da ex-primeira-dama no hospital.

Bolsonaro foi internado nesta manhã para tratar uma hérnia inguinal bilateral. Essa foi a primeira vez que o ex-chefe do Executivo deixou a Superintendência da Polícia Federal, onde está preso desde 22 de novembro. Inicialmente, ele foi preso preventivamente, mas depois passou a cumprir a condenação por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Uma das determinações impostas por Moraes é que pelo menos dois policiais federais fiquem na porta do quarto onde estará Bolsonaro em todo o período em que ele estiver internado. Não poderão ser utilizados celulares e outros equipamentos eletrônicos, salvo utensílios médicos.

Bolsonaro deve realizar a cirurgia na manhã do feriado de Natal. Como mostrou o Estadão/Broadcast, o procedimento dura em torno de três a quatro horas.

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