Política

Articulação política

Com Puccinelli no jogo, MDB estuda destino de Simone em 2022

O ex-governador tem estudado duas possibilidades, concorrer ao Senado ou ao governo de MS

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O ex-governador André Puccinelli (MDB) voltou ao jogo político de forma mais assídua, de acordo com fontes ligadas ao MDB no Estado. Além disso, conversas de bastidores apontam que o cacique emedebista tem se articulado para montar um escritório político para concorrer às eleições de 2022. 

Nesse bojo, também entra outra figura forte da sigla, a senadora Simone Tebet, que pode ceder sua vaga na disputa do Senado a Puccinelli e concorrer ao governo do Estado no próximo pleito.  

O Correio do Estado já havia antecipado essa nova postura do ex-governador, que estava longe dos holofotes desde as eleições municipais de 2020, em que apareceu para apoiar o candidato do seu partido e deputado estadual, Márcio Fernandes (MDB).

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A reportagem do diário identificou que o líder emedebista havia começado a compartilhar, via aplicativos de conversas, ações que ele havia iniciado em seu governo, que acabaram tendo um desfecho agora – gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB).

Além disso, o ex-governador analisou para a reportagem o cenário político e a volta da polarização mais acirrada entre lulopetismo e bolsonarismo, com a suspeição de Sergio Moro nos processos oriundos da Lava Jato contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

O ex-governador afirmou que, bem como no País, no Estado ele imagina que esses extremos, que foram o grande pano de fundo das eleições em 2018, não terão muita influência, pois o eleitorado está em busca de uma terceira via.

Nesse cenário, o cacique pode se viabilizar como candidato ao governo do Estado, o que sempre é uma espécie de pesadelo aos adversários por conta do seu peso político. 

Outra possibilidade é a de Puccinelli concorrer para senador da República, abrindo espaço para uma possível candidatura de Simone Tebet ao Executivo estadual, desejo esse que a senadora nunca escondeu.

Também ao Correio do Estado, em entrevista realizada no mês passado, a parlamentar analisou que não é possível visualizar uma conjuntura política mais nítida de um cenário para 2022, por conta da distância para a realização do pleito. Ao ser perguntada sobre a possibilidade de concorrer ao governo do Estado, a senadora revelou que, sim, existe esse desejo, mas o candidato oficial do partido é o ex-governador, por conta da sua força política no Estado.

“Não podemos descartar Puccinelli, ele é a maior figura do nosso partido dentro de Mato Grosso do Sul. Ele tem um capital político que nenhuma outra figura pública do Estado tem. Portanto, a princípio, ele é o candidato do nosso partido”, relatou.

Em razão da mudança nas eleições brasileiras em virtude da última reforma política de 2015, acabou com a eleição pela coligação. Portanto, nas regras atuais, vale a proporcionalidade para conseguir eleger deputados e senadores, o que tem obrigado os partidos políticos a lançarem candidatos, pois só dependem deles para preencher o maior número de cadeiras nos Poderes Legislativos.

Ou seja, dentro deste novo cenário, existe boa possibilidade de o MDB lançar uma candidatura própria, e não fazer alianças políticas em 2022, o que aumentaria a possibilidade de um dos dois caciques serem alçados a candidatos ao governo do Estado. Nessa conjuntura, tanto Simone quanto Puccinelli poderão ser fortes adversários ao PSDB, que comanda o Estado há sete anos.

O ex-governador saiu do governo de Mato Grosso do Sul com boa aprovação no eleitorado, apesar de denúncias de corrupção em seu governo no processo que ficou conhecido como Lama Asfáltica. Para contrapor esse ponto negativo, Puccinelli se apoia no fato de ele ter sido absolvido pela 4º Vara da Justiça Federal de Mato Grosso do Sul.

Já Tebet, vem sendo protagonista de grandes embates políticos nacionais, desde 2018, quando colocou seu nome para a disputa à presidência do Senado, contrariando o maior cacique de seu partido, o senador alagoano Renan Calheiro (MDB). 

No entanto, preferiu tirar sua candidatura para que Renan não saísse vitorioso do pleito, fato esse, que oxigenou a eleição do ex-presidente Davi Alcolumbre (DEM). 

Já na eleição do Senado deste ano, ela também protagonizou outro embate e foi a primeira mulher da história do Senado a concorrer uma eleição na Casa, porém saiu derrotada com a eleição de Rodrigo Pacheco (DEM), mais alinhado ao chamado Centrão.

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Política

Isa Marcondes incomoda servidores ao expor suposta "zona" na saúde em Dourados

A fiscalização da vereadora eleita pelo Republicanos, em resposta a denúncias da população nas UPAs, acendeu alerta entre os funcionários da saúde

24/11/2024 08h30

Reprodução redes sociais

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A vereadora eleita Isa Marcondes (Republicanos), popularmente conhecida como Cavala, tem incomodado alguns servidores públicos, que expressaram preocupação em grupos de WhatsApp.

Após tirar alguns dias de descanso, Marcondes retornou a Dourados e, atendendo a denúncias da população, esteve fiscalizando o atendimento nas UPAs, o que tem gerado desconforto em parte dos servidores da saúde.

O teor das conversas chegou ao conhecimento de Isa, nas quais os profissionais chegaram a mencionar que ela estaria promovendo  “discurso de ódio”.

A vereadora eleita rebateu, alegando que estava apenas relatando a verdade sobre a situação da saúde oferecida aos munícipes de Dourados.

Na conta dela no Instagram diariamente recebe várias reclamações de pessoas falando desde falta de médicos a destrato por parte de alguns servidores no atendimento. 

As mensagens recebidas são publicadas no story, preservando a identidade de quem enviou. 

Durante a campanha, a principal bandeira defendida pela "Cavala do povo douradense" foi justamente a luta pela melhoria no atendimento da saúde pública do município.

Para pôr fim ao burburinho, Isa publicou um vídeo em suas redes sociais no qual afirmou que os servidores que destratam a população são uma minoria e que esses devem mudar de atitude. Ela ressaltou que, no próximo ano, em janeiro, será diplomada vereadora e seguirá com o trabalho de fiscalização.

"Servidores públicos, eu não sou contra vocês. Estou fazendo este vídeo para explicar certinho. Vocês estudaram, passaram no concurso para servir o povo", pontuou Marcondes, e completou:

"Porque é o povo que paga o salário de vocês. O ano que vem serei uma funcionária pública, servirei o povo. O que acontece com o povo de Dourados é muito triste."

Ela também frisou que a maioria dos funcionários públicos trabalha corretamente, enquanto uma minoria "faz o que quer" com a população.

"São esses aí que eu vou fiscalizar, porque é o povo que paga nosso salário. Então, vocês, minoria, que estão fazendo conversas em grupo, só precisam mudar [a forma] de atendimento ao povo. Vocês que estão preocupados, não estou perseguindo ninguém, não. Vocês que são a minoria, mudem porque vou fiscalizar e levar as denúncias ao prefeito e ao Ministério Público. Comecem a mudar."

Zona na saúde?

Com o slogan da campanha "Dourados está uma zona e de zona eu entendo", para demonstrar a insatisfação da população, Isa chegou a publicar outro vídeo com merendeiras que afirmaram já foram maltratadas ao procurar atendimento médico em Upas.

Incomodando muito antes da diplomação, Isa pontuou que, a partir de 2025, será uma “autoridade" e que aqueles que não se enquadrarem serão expostos nas mídias sociais.

Além disso, reforçou que tomará providências dentro do âmbito da lei.

 

 

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Biografia

Simone Tebet presenteia Lula com um exemplar de seu livro

O livro trata da história de vida de Simone em Mato Grosso do Sul, passeia por episódios emblemáticos da política, como a CPI da Covid e a disputa pela presidência, e é um convite para que as mulheres não se intimidem e sigam lutando

23/11/2024 13h30

Crédito: Ricardo Stuckert

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A Ministra do Planejamento, Simone Tebet, presenteou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o livro O Voo das Borboletas, no qual conta um pouco de sua infância e trajetória política.

Por meio do Instagram, Simone posou ao lado do presidente Lula, com quem, em 2022, após ficar em terceiro lugar na disputa pela presidência, compôs a frente ampla democrática para derrotar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

“Tive o prazer de entregar um exemplar do meu livro O Voo das Borboletas (Ed. Amarylis) ao presidente Lula. O livro é um convite à coragem, numa tentativa de inspirar mulheres a lutarem pelo que acreditam e a não desistirem de lutar diante dos obstáculos da vida. Nele, revelo minhas lutas, de vitórias e derrotas, recorrendo à metáfora do ciclo de vida das borboletas. É um convite à participação feminina nos espaços de transformação social e de poder”, escreveu Simone.

Trajetória

Antes de chegar à disputa das eleições de 2022, a obra de Simone Tebet percorre sua vida e compartilha com o leitor fotos de sua infância em Três Lagoas, além de momentos vivenciados em Mato Grosso do Sul.

Já no Senado, Tebet fala sobre violência política, contando episódios de violência política que sofreu, conta o fato de ter sido a primeira mulher a disputar a presidência do Senado Federal.

Aborda situações que lhe deram projeção nacional com a CPI da Covid, no período em que comandava a Bancada Feminina no Senado Federal.

Na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou a atuação do governo federal no enfrentamento à pandemia de Covid-19, a bancada feminina ficou marcada pela participação das senadoras, que não tiveram nenhum nome indicado pelos partidos para compor a comissão.

Com o transcorrer da CPI da Covid-19, Simone Tebet ganhou destaque no noticiário nacional, e sua popularidade garantiu-lhe a disputa nas eleições presidenciais de 2022, na qual obteve a terceira colocação, desbancando figurinhas carimbadas como Ciro Gomes (PDT).

 

Imagem Reprodução

O Voo das Borboletas

O desejo da ministra é que o livro inspire mulheres a atuar mais ativamente na vida política e em suas comunidades. O prefácio foi escrito pela ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia.

O livro pode ser adquido por R$ 49,90 em sites como Amazon, Editora Martin Fontes, entre outros.

O lançamento com sessão de autógrafos tem data em São Paulo (25/11), Brasília (27/11) e Rio de Janeiro (02/12). A ministra deve vir a Mato Grosso do Sul para a promoção do livro, entretanto a data ainda não foi definida. 

 

Detalhes


Editora: ‎ Amarilys Editora; 1ª edição (25 novembro 2024)
Idioma: ‎ Português
Capa comum: ‎ 178 páginas

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