Com um pé no Partido Liberal (PL), o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) ainda não decidiu se participará de eventos públicos ao lado da principal liderança política da sigla, o ex-presidente da República Jair Bolsonaro.
O ex-governador, conforme postagens em suas redes sociais, está pescando no Pantanal Sul-Mato-Grossense e, ao lado da esposa, até comemorou o fato de o bioma estar recuperado das queimadas.
No evento realizado na tarde de ontem, organizado pelo pastor Silas Malafaia em apoio a Jair Bolsonaro, na Avenida Paulista, em São Paulo (SP), diversos políticos de Mato Grosso do Sul, tanto do PL quanto de outros partidos, estiveram presentes.
A senadora Tereza Cristina (PP), o deputado Rodolfo Nogueira (PL) e sua esposa, Gianni, além do deputado estadual João Henrique Catan (PL) e do ex-deputado e candidato ao governo de MS derrotado em 2022, Capitão Contar (PRTB), compareceram ao ato.
Na lista de sul-mato-grossenses presentes à Avenida Paulista, estavam também dois pré-candidatos ao Senado: Gianni e Capitão Contar, que devem disputar, nesta pré-campanha, o posto de candidato a senador apoiado por Jair Bolsonaro nas próximas eleições.
O ex-presidente tem adotado uma estratégia agressiva para eleger uma maioria ainda maior no Congresso Nacional em 2026. Bolsonaro não esconde de ninguém que deseja obter maioria no Senado, casa que tem a prerrogativa de cassar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Nos bastidores, a filiação de Reinaldo Azambuja ao PL é dada como certa e deve ocorrer neste segundo semestre.
O acordo entre Azambuja e o Partido Liberal tem como interlocutores lideranças como Valdemar da Costa Neto, presidente da legenda, e o senador Rogério Marinho (PL-RN), que esteve presente na manifestação.
Azambuja e o atual governador, Eduardo Riedel, devem deixar o PSDB sobretudo por causa do encolhimento do partido, que chega às eleições de 2026 com baixo fundo partidário e pouco poder negociação e barganha nas alianças nacionais.
Outros governadores, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; e Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina, estiveram presentes.
Manifestação
No evento, que segundo o Monitor do Debate Político Cebrap/USP reuniu 12,4 mil pessoas em seu auge, Jair Bolsonaro, acusado de tramar um golpe de Estado após perder as eleições de 2022, discursou sob o lema “Justiça Já”.
Durante seu discurso, o ex-presidente lamentou a derrota em 2022 e voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal (STF). Ao final, defendeu-se das acusações de tentativa de golpe e falou sobre as eleições de 2026. Segundo ele, com apoio no Congresso, “mudaria o destino do Brasil”, mesmo sem ocupar a Presidência.




