Política

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Com vitória na Capital, PP vai gerir os municípios com mais eleitores de MS

Depois do segundo turno em Campo Grande, legenda passou a contar com 16 prefeituras e 871.345 eleitores no Estado

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Com a apuração final do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do segundo turno das eleições municipais, o PP se tornou o partido que vai administrar os municípios com mais eleitores de Mato Grosso do Sul, mesmo tendo menos da metade do número de prefeituras do PSDB no Estado.

A sigla obteve vitórias em 16 cidades, que, juntas, têm 871.345 eleitores, enquanto os tucanos elegeram 44 prefeitos, que, juntos, vão comandar 834.361 eleitores, ou seja, 36.984 eleitores a menos que os progressistas, que venceram em Campo Grande, município que tem 646.555 eleitores.

A vitória de Adriane Lopes (PP) na Capital impulsionou os números do partido em Mato Grosso do Sul, pois é a maior cidade do Estado em eleitores e habitantes. O PSDB, partido que teve o maior número de prefeitos eleitos, perdeu por pouco o posto de maior vencedor, levando em consideração o número de eleitores, obviamente.

O levantamento do Correio do Estado do número de eleitos e eleitores considera candidatos a prefeito que tiveram vitória nas urnas, mesmo que estejam ainda sub judice e tenham sido contestadas. Os dados históricos também são dos vitoriosos nas urnas, ainda que tenham sido posteriormente cassados ou derrubados por decisão judicial.

Também aparecem no ranking dos partidos que comandam os municípios com mais eleitores: o MDB, com 10 municípios e 114.583 eleitores; o PL, com 5 municípios e 110.084 eleitores; o PSB, com 1 município e 67.786 eleitores; e o PSD, com 3 municípios e 36.180 eleitores.

Ao todo, esses partidos somam 328.633 eleitores em 19 municípios. Os destaques são Amambai (27.617 eleitores), Corumbá (67.786 eleitores), Sidrolândia (35.081 eleitores) e São Gabriel do Oeste (22.985 eleitores). 

DADOS

Além de Campo Grande, o PP também venceu nas cidades de Anaurilândia (6.345 eleitores), Aparecida do Taboado (19.267), Bela Vista (16.646), Camapuã (11.260), Cassilândia (15.452), Chapadão do Sul (22.071), Coronel Sapucaia (11.912), Costa Rica (22.503), Coxim (26.777), Eldorado (9.369), Inocência (7.280), Itaporã (14.259), Nioaque (10.479), Nova Alvorada do Sul (16.910) e Rio Verde de Mato Grosso (14.260).

Já o PSDB venceu em Água Clara (13.763), Alcinópolis (3.862), Anastácio (18.748), Angélica (8.870), Antônio João (7.962), Aquidauana (37.048), Bandeirantes (6.954), Bataguassu (19.348), Batayporã (8.641), Bonito (19.274), Brasilândia (9.847), Caracol (4.808), Deodápolis (10.825), Dourados (163.387), Fátima do Sul (17.063), Figueirão (2.764) e Iguatemi (11.034).

Os tucanos também levaram Itaquiraí (15.005), Ivinhema (21.342), Japorã (6.526), Jaraguari (6.067), Jardim (19.163), Jateí (4.536), Juti (6.085), Ladário (13.931), Maracaju (29.697), Miranda (20.438), Mundo Novo (14.986), Nova Andradina (35.763), Novo Horizonte do Sul (3.711), Paraíso das Águas (4.362), Paranaíba (32.057), Ponta Porã (69.459), Porto Murtinho (9.087), Ribas do Rio Pardo (15.585) e Rio Negro (4.248).

O PSDB ainda ganhou em Rochedo (5.261), Santa Rita do Pardo (5.730), Selvíria (7.371), Sete Quedas (7.755), Tacuru (7.164), Taquarussu (4.109), Terenos (13.676) e Três Lagoas (87.049).

Política

Lula e Bolsonaro: veja como a polarização se repete sobre as eleições dos EUA

Enquanto o petista declarou apoio a Kamala, Bolsonaro enviou votos de vitória para Trump

04/11/2024 21h00

Ricardo Stuckert e Agência Brasil

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A eleição presidencial dos Estados Unidos disputada entre o ex-presidente Donald Trump e a vice-presidente Kamala Harris ultrapassa a fronteira americana e repercute entre políticos brasileiros. Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) assumem um lado na rivalidade entre os dois grandes partidos americanos, o Democrata e o Republicano, replicando a polarização nacional.

Enquanto governistas se manifestam contra um retorno de Trump ao comando da maior economia do mundo, nomes da oposição se posicionam a favor do republicano. Os apoios vão ao encontro das manifestações de Lula e Bolsonaro. Enquanto o petista declarou apoio a Kamala, Bolsonaro enviou votos de vitória para Trump.

Ao canal de televisão francês TF1, Lula afirmou que a vitória de Kamala é a "opção mais segura para fortalecimento da democracia" nos Estados Unidos e que está torcendo pela democrata. Já Bolsonaro, em vídeo compartilhado em suas redes sociais, disse "estar junto" com Trump em nome do "Estado de Israel", do "respeito à família" e da "liberdade de expressão".

Entre os governistas, a exemplo de Lula, a defesa da candidata democrata é justificada como uma forma de conter a "ameaça à democracia" representada por Trump. Por outro lado, seguindo o mote do vídeo gravado pelo ex-presidente, os bolsonaristas se aliam ao postulante republicano pela afinidade, entre os dois líderes, da pauta de costumes. O tema do direito à liberdade de expressão também é citado pelos políticos brasileiros que se posicionaram sobre a eleição americana.

Os americanos irão às urnas nesta terça-feira, 5, mas a votação antecipada, como o voto por correio, já está em andamento. O cenário entre Harris e Trump é de indefinição, sobretudo pelo empate técnico nas sondagens realizadas em sete Estados-chave para a vitória no colégio eleitoral.

A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) compartilhou o vídeo gravado por Jair Bolsonaro em apoio a Trump, acrescentando na legenda o slogan "MAGA", acrônimo de "Make America Great Again", um dos lemas trumpistas.

A parlamentar catarinense também compartilhou em suas redes um vídeo gravado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Na peça, o filho "02" do ex-presidente dirige-se ao eleitor americano, falando, inclusive, em inglês. O deputado federal paulista sugere que a gestão Joe Biden promove a "censura" em solo brasileiro e que, por essa razão, também é nociva aos interesses americanos.

O perfil no X (antigo Twitter) do deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), ex-ministro da Cidadania de Bolsonaro, replicou publicações em favor de Trump. O teor dos conteúdos também é crítico a Kamala Harris. Uma das postagens replicadas pelo ex-ministro é elogiosa ao apoio do bilionário Elon Musk à campanha de Trump, comparando o apoio de Musk a Trump com o de George Soros a Kamala Harris. Soros é um bilionário húngaro alvo de críticas, por parte de conservadores, pelo apoio a pautas progressistas.

Por outro lado, entre a base governista, há manifestações contundentes contra Donald Trump, ainda que não haja, a exemplo dos bolsonaristas, apoio ostensivo a um dos candidatos na disputa.

Em 20 de outubro, Trump visitou uma unidade do McDonald's durante uma agenda de campanha. A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do PT, repercutiu o fato afirmando que o republicano era "mestre em fake news".

"Tudo falso, da cor do cabelo ao uniforme de trabalho. Vergonha alheia", disse a petista, que já havia debochado de Trump após o atentado durante um comício na Pensilvânia, em 13 de julho. Na ocasião, a presidente do PT insinuou que o ataque contra o ex-presidente americano foi armado.

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) se manifestou sobre o tema em uma publicação já apagada de seu perfil no X. Na postagem, realizada após a desistência de Joe Biden em concorrer à reeleição, a parlamentar comparou Trump a Jair Bolsonaro e fez uma apelo pela "união das forças democráticas". "É hora de unir as forças democráticas no mundo para derrotar Donald Trump, que é a representação do ódio e do fascismo, assim como Bolsonaro no Brasil", disse Jandira.

Ainda antes da desistência de Biden, a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) qualificou Trump como "política da agressividade, ataque aos imigrantes, aos investimentos sociais e mulheres". A petista relacionou o republicano à invasão da sede do Congresso americano, em janeiro de 2021, e comparou os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 a um "espelhamento" do ocorrido nos Estados Unidos.

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Política

Caso Marielle: Moraes manda PF entregar relatórios sobre 'autores intelectuais' do assassinato

O processo sobre os supostos autores intelectuais da morte de Mariellle e Anderson entra em uma nova fase em meio à condenação dos executores da vereadora e do motorista

04/11/2024 20h00

Ministro do Supremo, Alexandre de Moraes

Ministro do Supremo, Alexandre de Moraes Divulgação/ Agência Brasil

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O ministro Alexandre de Moraes determinou à Polícia Federal que envie ao Supremo Tribunal Federal todos os relatórios e laudos periciais de objetos apreendidos na Operação Murder Inc, que investiga a "autoria intelectual" dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

A decisão atende a um pedido feito pela Procuradoria-Geral da República durante as audiências de instrução do processo aberto contra os supostos mandantes das execuções. Marielle e Anderson foram assassinados a tiros em 2018.

Na semana passada, o Tribunal do Júri do Rio sentenciou os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz - que confessaram os crimes - a penas de 78 anos e 59 anos de prisão, respectivamente.

O despacho de Moraes foi publicado nesta segunda, 4, no bojo da ação em que são réus o deputado Chiquinho Brazão, seu irmão Domingos, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e o ex-chefe da Polícia Civil fluminense, delegado Rivaldo Barbosa.

No último dia 29, encerrou-se a fase de interrogatório dos réus e testemunhas do caso. Os três negam qualquer envolvimento na morte de Marielle e de Anderson.

Moraes deu cinco dias para as partes se manifestarem sobre a necessidade da realização de diligências. A PGR pediu os documentos sobre as apreensões realizadas em março, na operação que levou Rivaldo e os irmãos Brazão à prisão. O pedido foi deferido na quarta, 30.

O processo sobre os supostos autores intelectuais da morte de Mariellle e Anderson entra em uma nova fase em meio à condenação dos executores da vereadora e do motorista.

Foi a delação de Ronnie Lessa que colocou a PF no encalço dos irmãos Brazão e de Rivaldo. À época, a Polícia Federal informou ter encontrado 'indícios eloquentes de autoria imediata' da ordem de assassinato da vereadora Marielle Franco. Os irmãos são apontados pela investigação como mandantes do crime. O delegado é suspeito de ter dado proteção aos dois.

Segundo a PF, a possível motivação do crime seria o obstáculo que a vereadora representava para os interesses 'escusos' da família Brazão, supostamente ligados à milícia e à exploração de terras griladas no Rio.

A corporação afirma que os 'autores intelectuais' do assassinato de Marielle contrataram dois serviços para o crime: a execução em si e a 'garantia prévia da impunidade', missão confiada a uma quadrilha supostamente comandada pelo delegado Rivaldo Barbosa.

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