Política

LADO VENCEDOR

Coronel David sai fortalecido com a direita após a reeleição de Adriane

O deputado estadual foi o único da bancada do PL na Assembleia Legislativa a declarar apoio à prefeita no segundo turno

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Com a reeleição da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), no segundo turno das eleições municipais deste ano, o deputado estadual Coronel David (PL) saiu fortalecido com a direita campo-grandense, pois foi o único da bancada do partido na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) a embarcar no projeto da atual chefe do Executivo municipal.

Por outro lado, os deputados estaduais João Henrique Catan (PL) e Neno Razuk (PL) saem com as imagens arranhadas perante os bolsonaristas da Capital, pois, além de se posicionarem contra a determinação do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) de caminhar ao lado de Adriane Lopes no segundo turno, eles fizeram uma campanha eleitoral “raivosa” contra a atual prefeita.

Além disso, Catan e Razuk enfrentaram a ira dos bolsonaristas mais radicais ao entrarem no ônibus da candidata Rose Modesto (União Brasil), por conta da ligação da ex-deputada federal com o PT, chegando a ocupar o cargo de superintendente de Desenvolvimento do Centro-Oeste e a receber, mesmo que de forma velada, o apoio dos deputados federais petistas Vander Loubet e Camila Jara, bem como dos estaduais Zeca do PT, Pedro Kemp e Gleice Jane.

ALIADOS DO PT

Se Neno Razuk e João Henrique Catan terão dificuldades para conseguir os votos da direita necessários as suas respectivas reeleições em 2026, Coronel David deve nadar de braçada com os bolsonaristas e os eleitores da centro-direita, pois, diferentemente dos colegas de partido, bateu de frente com Rose Modesto e com os petistas, abraçando a campanha de Adriane Lopes.

Tanto que, na semana que antecedeu o segundo turno das eleições municipais, o Coronel David foi o único do PL a votar contra um pedido do deputado estadual Pedro Pedrossian Neto (PSD) para que a prefeita desse explicações sobre o pagamento do 13º salário dos servidores municipais neste ano. 

Catan e Razuk chegaram a votar com a bancada petista para tentar prejudicar a reeleição de Adriane Lopes, algo imperdoável para os bolsonaristas e, com certeza, que não será esquecido por eles em 2026. 

Como um bom estrategista militar, Coronel David foi comendo pelas beiradas e, ao mesmo tempo em que pedia voto para a reeleição de Adriane Lopes, já trabalhava para deixar bem claro que era o único deputado estadual do PL que estava seguindo à risca as ordens do ex-presidente da República.

Bolsonaro, por sua vez, conforme apurado pela reportagem, ficou muito decepcionado com os demais parlamentares da legenda, bem como com o posicionamento do ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB), o que pode minar o sonho do ex-parlamentar de ser o único candidato ao Senado pela direita em Mato Grosso do Sul.

RECONHECIMENTO

A atuação de Coronel David na campanha de reeleição de Adriane Lopes foi também produtiva com a direita de Campo Grande, município em que 26% dos eleitores são declaradamente bolsonaristas, que recebeu elogios da senadora Tereza Cristina (PP), da prefeita reeleita e de demais lideranças políticas que também estavam apoiando a candidata progressista.

Para Tereza Cristina, o apoio de Coronel David no segundo turno das eleições municipais em Campo Grande contribuiu muito para a vitória de Adriane Lopes.

“O Coronel David, desde o primeiro momento do segundo turno, declarou apoio à reeleição da Adriane e foi muito importante para conseguirmos a vitória”, afirmou.

Adriane Lopes também destacou a importância do apoio do deputado estadual para a sua vitória no segundo turno.

“Foi muito importante na nossa campanha eleitoral, tanto ele quanto a esposa dele, a Ana Arminda. Os dois estiveram conosco o tempo todo neste segundo turno. Eles entraram de cabeça e ajudaram a fortalecer a direita de Campo Grande”, assegurou.

Conforme a prefeita, o fato de Coronel David estar do lado dela serviu para dar mais veracidade ao vídeo gravado pelo ex-presidente Bolsonaro, em que aparecia pedindo votos da direita para ela.

“Com o Coronel David ao nosso lado, foi mais fácil conseguir mais votos dos eleitores bolsonaristas”, argumentou.

Golpe militar

Entenda o que é a lei marcial declarada na Coreia do Sul

É a primeira vez desde 1980 que a democracia do país entra em crise

03/12/2024 15h30

Yoon Suk-yeol, presidente sul-coreano de extrema-direita

Yoon Suk-yeol, presidente sul-coreano de extrema-direita Reprodução

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O presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol surpreendeu o mundo ao decretar lei marcial em todo o país nesta terça-feira (3). A medida, anunciada em um pronunciamento televisivo, representa uma drástica mudança no cenário político da nação considerada uma das democracias mais robustas da Ásia.

Contexto político

O presidente Yoon Suk Yeol, eleito em 2022 pelo conservador Partido do Poder Popular (PPP), enfrenta significativos desafios para implementar sua agenda devido à maioria parlamentar da oposição. O Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, controla a Assembleia Nacional, criando um impasse legislativo.

Os posicionamentos divergentes geram diversos pontos de tensão no país. Dentre os principais, pode-se listar:

  • Impasse orçamentário: O governo e a oposição estão em conflito sobre o orçamento do próximo ano.
  • Escândalos políticos: Yoon tem rejeitado pedidos de investigações independentes sobre escândalos envolvendo sua esposa e altos funcionários.
  • Acusações mútuas: O presidente acusa a oposição de simpatizar com a Coreia do Norte e realizar atividades antiestado, enquanto a oposição critica a postura autoritária do governo.

O que é a lei marcial?

A lei marcial é um instrumento legal que suspende temporariamente o governo civil, transferindo a autoridade para as forças armadas. Na prática, isso significa:

  • Suspensão de direitos civis e liberdades fundamentais
  • Substituição da legislação normal por leis militares
  • Controle militar sobre instituições governamentais e mídia
  • Proibição de atividades políticas, incluindo as do Parlamento
  • Possibilidade de prisões e buscas sem mandado judicial

Justificativas e reações

Yoon justificou a medida como necessária para "proteger a livre República da Coreia da ameaça das forças comunistas norte-coreanas" e "erradicar as forças antiestado". No entanto, a decisão enfrentou forte oposição:

  • Partidos de oposição classificaram a ação como "inconstitucional" e um "golpe contra a democracia"
  • Membros do próprio governo criticaram a medida
  • O chefe da Polícia convocou uma reunião de emergência para discutir a situação
  • Protestos eclodiram em várias cidades, com o Parlamento sendo fechado e bloqueado
  • O Parlamento votou unanimemente para rejeitar a lei marcial, criando um impasse constitucional

Impactos

A imposição da lei marcial levanta sérias preocupações sobre o futuro da democracia sul-coreana:

  • É a primeira vez que o país adota tal medida desde o fim da ditadura militar nos anos 1980
  • Há temores de possíveis violações de direitos humanos e repressão política
  • A comunidade internacional, especialmente os Estados Unidos, está monitorando de perto a situação
  • Analistas alertam para possíveis impactos econômicos negativos, incluindo queda na moeda local e fuga de investimentos

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Rota da Celulose

"Iniciativa privada não investe por caridade", diz Gerson Claro após fracasso em leilão

Presidente da Assembleia Legislativa disse que projeto será remodelado por questões de mercado

03/12/2024 15h00

Encontro fechado aconteceu na manhã desta terça-feira (3)

Encontro fechado aconteceu na manhã desta terça-feira (3) Foto: Marcelo Victor

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Após fracasso no leilão da Rota da Celulose, o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), deputado estadual Gerson Claro (PP), destacou que a “iniciativa privada não investe por caridade” e que o projeto que visa à concessão de 870 quilômetros de rodovias das BRs 262, 267 e MS-040, na região leste do Estado deve ser remodelado pelo Governo do Estado em 2025.

“Ela (iniciativa privada) vai pôr dinheiro onde há viabilidade econômica do projeto. O governo vai fazer essa modelagem e certamente vai trazer um projeto que seja viável”, falou Gerson Claro, em reunião com o governador Eduardo Riedel (PSDB) além de outros parlamentares, encontro fechado.

A declaração acontece após nenhuma empresa do setor de logística apresentar propostas ao projeto, em voga nesta segunda-feira (2) na B3, a Bolsa de Valores do Brasil, em São Paulo. O prazo para recebimento dos envelopes encerrou-se ao meio-dia, sem que houvesse qualquer manifestação de interesse.

O concessionário que vencesse o leilão teria de investir cerca de R$ 9 bilhões nos próximos 10 anos, sendo R$ 6 bilhões destinados a melhorias em infraestrutura e ampliação de capacidade (Capex) e R$ 3 bilhões a investimentos operacionais. A concessão seria válida por 30 anos.

“Fracasso se tivesse feito uma modelagem mal feita, um contrato mal feito e não tivesse acontecido.Nós chamamos de fracasso, por exemplo, o contrato feito em 2013 com a CCR. Só vamos duplicar se tiver financeiro, se o mercado aceitar por aquele valor (R$ 9 bilhões), fazer a rodovia e cobrar pedágio.”, disse o deputado, que espera novas propostas para o ano que vem. 

Trechos das rodovias previstos no edital:

  • BR-262: de Campo Grande a Três Lagoas
  • BR-267: de Bataguassu a Nova Alvorada do Sul
  • MS-040: de Campo Grande a Santa Rita do Pardo
  • MS-338: de Santa Rita do Pardo a Bataguassu
  • MS-395: de Bataguassu ao entroncamento com a BR-267

Os trechos incluem Campo Grande à divisa com o Estado de São Paulo, em Três Lagoas, e Nova Alvorada do Sul até a divisa paulista, em Nova Porto XV, distrito de Bataguassu.

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