Política

Justiça

Corregedor freia articulação de Kassio, e nomeação de 7 juízes federais deve ficar com Lula

As sete vagas que seguirão em aberto são destinadas a juízes de primeira instância que são escolhidos pelo requisito de merecimento

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O corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, determinou nesta quarta-feira (9) que o TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) adie a votação de listas para preenchimento de sete vagas de juiz federal de segunda instância no tribunal.


A sessão para a formação da relação de nomes estava marcada para esta quinta-feira (10) e, agora, não tem data para ocorrer.
Desta forma, a escolha dos novos magistrados da corte deverá ficar para o próximo ano, com a nomeação a cargo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


Havia um movimento dentro do tribunal para que a sessão ocorresse ainda neste ano, para dar tempo de as vagas serem nomeadas antes de o presidente Jair Bolsonaro (PL) deixar o poder.


Como mostrou a Folha de S.Paulo, o ministro Kassio Nunes Marques, do STF (Supremo Tribunal Federal), era um dos responsáveis pela articulação nos bastidores para que as listas fossem enviadas ao Executivo federal ainda em 2022, enquanto Bolsonaro ainda é presidente.


Uma lei aprovada pelo Congresso no ano passado ampliou o número de juízes federais de segunda instância e criou uma nova corte de segundo grau, o TRF-6 (Tribunal Regional Federal da 6ª Região). Com isso, foram abertas 75 novas vagas nas cortes.
Ministros de tribunais superiores temiam que a avalanche de nomeações por Bolsonaro nos tribunais aparelhasse a Justiça Federal de segundo grau.


As sete vagas que seguirão em aberto são destinadas a juízes de primeira instância que são escolhidos pelo requisito de merecimento.


Salomão afirma na decisão que juízes da recém-criada 6ª Região da Justiça Federal também poderão disputar esses assentos e que as formação das unidades judiciárias desta região ainda não foram definidas.


"Essa gama de circunstâncias ainda se encontra aberta, sendo prematura a realização da promoção por merecimento na 1ª Região antes de sua definição", diz.


O ministro decidiu em ação apresentada pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia.


"Ainda que se prestigie a celeridade administrativa no sentido do provimento dos cargos vagos, não se pode descurar da necessidade de regulamentação prévia dos inúmeros pontos pendentes, notadamente no que diz respeito às consequências para os Tribunais Regionais Federais da 1ª e da 6ª Regiões", escreve o magistrado.


Uma reunião do conselho de administração do TRF-1 na última semana havia exposto a disputa nos bastidores sobre a data de votação das listas.


No encontro, a juíza Maria do Carmo Cardoso, próxima da família Bolsonaro e uma das responsáveis pela articulação que levou Kassio a ser indicado para o Supremo, questionou o presidente do TRF-1, José Amilcar Machado, se a sessão para formação das listas estava mantida para este mês, conforme convocação feita no fim de outubro.
O chefe da corte respondeu que iria consultar todos os colegas e que surgiram "questões políticas" que poderiam levar ao adiamento da votação.


Maria do Carmo contestou a possibilidade e afirmou que o tribunal não pode "se curvar a questões políticas". A secretária do tribunal, então, interveio e avisou os magistrados que a reunião estava sendo transmitida. Nesse momento, a transmissão foi interrompida.

 

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Política

Lula sanciona alta de 8% em salários do Jucidiário em 2026, mas veta reajuste em 2027 e 2028

Texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

22/12/2025 19h00

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva Agência Brasil

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou o reajuste para os servidores do Poder Judiciário em 2026, mas vetou o aumento dos salários nos tribunais em 2027 e 2028. O texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

O projeto aprovado pelo Congresso Nacional prevê reajuste de 8% nos salários do Judiciário a partir de julho de 2026. Lula vetou aumentos idênticos previstos para julho de 2027 e julho de 2028.

"Em que pese a boa intenção do legislador, a proposição legislativa contraria o interesse público ao estabelecer aumento da despesa com pessoal com parcelas a serem implementadas em períodos posteriores ao final do mandato do Presidente da República, contrariando a vedação prevista no art. 21, caput, inciso IV, alínea b, da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal", justificou o Planalto.

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"Pé direito"

Gordinho do Bolsonaro pede boicote à Havaianas após comercial com Fernanda Torres

Deputado federal jogou chinelos no lixo e disse que irá passar virada do ano ouvindo Zezé de Camargo

22/12/2025 14h45

Foto: Divulgação

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Em polêmica que envolveu boa parte da direita, o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS), conhecido como "Gordinho do Bolsonaro" pediu boicote à Havainas após a atriz Fernanda Torres estrelar a nova propaganda da marca"alfinetando" indiretamente o espectro bolsonarista.

Na propaganda, a atriz afirma aos espectadores que não deseja que eles comecem o próximo ano "com o pé direito", fator que revoltou o deputado, que fez questão de descartar os chinelos em uma lixeira, gravar a ação e postar em suas redes sociais.

"Passei a minha vida inteira usando chinelo havaianas, mas infelizmente como eu não vou poder virar 2026 com o pé direito, aqui em casa vai pro lixo, havainas aqui na minha casa não entra mais, e tem outra vou passar a virada escutando Zezé de Camargo", destacou Gordinho. 

Abaixo, a íntegra da propaganda estrelada pela atriz. 

"Desculpa, mas eu não quero que você comece 2026 com o pé direito. Não é nada contra a sorte, mas vamos combinar: sorte não depende de você, depende de sorte. O que eu desejo é que você comece o ano novo com os dois pés. Os dois pés na porta, os dois pés na estrada, os dois pés na jaca, os dois pés onde você quiser. Vai com tudo, de corpo e alma, da cabeça aos pés. Havaianas, todo mundo usa, todo mundo ama", diz Fernanda, no comercial.

Vale destacar que o comercial gerou polêmica com outros políticos da direita. O "jogo de palavras" com a conhecida expressão popular significou, para Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG), entre outros, uma indireta ao espectro político da direita.

"Eu achava que isso aqui era um símbolo nacional. Já vi muito gringo com essa bandeirinha do Brasil no pé, só que eu me enganei, disse Eduardo, antes de qualificar Fernanda Torres como alguém 'declaradamente de esquerda'", disse em suas redes sociais.

Até a publicação desta matéria, a declaração do deputado conta com 155 mil curtidas e mais de 15 mil comentários. 

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