Política

Eleições 2022

Dagoberto procura palanque para Ciro Gomes em Mato Grosso do Sul

Presidente regional do PDT tenta viabilizar alianças para alçar o candidato no Estado

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Adotando uma linha mais pacífica e apostando em Ciro Gomes (PDT) para uma terceira via, o PDT de Mato Grosso do Sul procura por alianças em que seus principais políticos topem também subir no palanque do pré-candidato à Presidência Ciro Gomes. 

O presidente da sigla em Mato Grosso do Sul, Dagoberto Nogueira, conversa com diversos partidos no Estado.

Porém, um dos nomes mais visados e de quem se espera um apoio recíproco é do secretário de Estado de Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB), que desponta como aposta dos tucanos para o governo estadual.

Apesar de o cenário político estadual e nacional ainda passar por uma fase nebulosa, esse é momento em que as siglas estão procurando por alianças e visando articular apoios, que, após a aprovação da reforma eleitoral, são permitidos para as candidaturas nas majoritárias. 

Aqui em MS, Riedel já era um nome considerado por Dagoberto Nogueira, destacando apoio apenas aos pré-candidatos que não têm nenhum problema ligado à Justiça, mas também levando em consideração o contexto político no todo.

Considerando a possibilidade de uma terceira via em meio à polarização nacional. “A minha maior preocupação é a de achar candidatos que queiram dar palanque para o Ciro Gomes aqui em MS”, disse. 

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“Já vemos que ele atingiu o terceiro lugar nas pesquisas, pois percebemos que o povo não quer mais saber da polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva [PT] e Jair Bolsonaro [sem partido]. Precisamos encontrar um meio termo e candidatos que estão seguindo este mesmo pensamento”, continuou.

Terceira via?

Apenas com seu presidente, o deputado federal Dagoberto Nogueira, entre os nomes de maior expressão, o PDT está à procura de alianças e nem mesmo se importa se a aliança local se situa mais para a centro-direita ou para a esquerda. 

“Reitero que, hoje em dia, o PDT está recebendo quem realmente concorda com as ideologias do partido e topa seguir essa caminhada com a gente”, afirmou. 

“Não quero passar por outra eleição igual à de 2018, em que tivemos candidatos do PDT fazendo ‘casa’ para o Bolsonaro ou gente que entrou, se elegeu e depois saiu.”

“Estou montando a minha chapa de candidatos para deputado estadual e federal, que, assim espero, continue uma chapa pura, e focando na campanha para o Ciro Gomes”, completou.

Dagoberto admitiu que o jogo das alianças para 2022 é difícil de ser jogado, mas que tem um trunfo: a boa aceitação de Ciro Gomes, terceiro nas pesquisas. 

“Estou olhando para um caminho mais apurado e estudando todas as alianças. Por exemplo, se o Zeca do PT concorrer ao Senado, o PDT prestará um apoio íntegro”, relatou.

“Estamos sondando também o Ricardo Ayache [PSB] e trabalhamos com nomes altos e com potencial para as próximas eleições, nas quais o principal foco vai ser a análise de competência do candidato, pois vivemos tempos sombrios e de tensão com o governo Bolsonaro”, afirmou. 

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ACEITOU

Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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