Adotando uma linha mais pacífica e apostando em Ciro Gomes (PDT) para uma terceira via, o PDT de Mato Grosso do Sul procura por alianças em que seus principais políticos topem também subir no palanque do pré-candidato à Presidência Ciro Gomes.
O presidente da sigla em Mato Grosso do Sul, Dagoberto Nogueira, conversa com diversos partidos no Estado.
Porém, um dos nomes mais visados e de quem se espera um apoio recíproco é do secretário de Estado de Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB), que desponta como aposta dos tucanos para o governo estadual.
Apesar de o cenário político estadual e nacional ainda passar por uma fase nebulosa, esse é momento em que as siglas estão procurando por alianças e visando articular apoios, que, após a aprovação da reforma eleitoral, são permitidos para as candidaturas nas majoritárias.
Aqui em MS, Riedel já era um nome considerado por Dagoberto Nogueira, destacando apoio apenas aos pré-candidatos que não têm nenhum problema ligado à Justiça, mas também levando em consideração o contexto político no todo.
Considerando a possibilidade de uma terceira via em meio à polarização nacional. “A minha maior preocupação é a de achar candidatos que queiram dar palanque para o Ciro Gomes aqui em MS”, disse.
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“Já vemos que ele atingiu o terceiro lugar nas pesquisas, pois percebemos que o povo não quer mais saber da polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva [PT] e Jair Bolsonaro [sem partido]. Precisamos encontrar um meio termo e candidatos que estão seguindo este mesmo pensamento”, continuou.
Terceira via?
Apenas com seu presidente, o deputado federal Dagoberto Nogueira, entre os nomes de maior expressão, o PDT está à procura de alianças e nem mesmo se importa se a aliança local se situa mais para a centro-direita ou para a esquerda.
“Reitero que, hoje em dia, o PDT está recebendo quem realmente concorda com as ideologias do partido e topa seguir essa caminhada com a gente”, afirmou.
“Não quero passar por outra eleição igual à de 2018, em que tivemos candidatos do PDT fazendo ‘casa’ para o Bolsonaro ou gente que entrou, se elegeu e depois saiu.”
“Estou montando a minha chapa de candidatos para deputado estadual e federal, que, assim espero, continue uma chapa pura, e focando na campanha para o Ciro Gomes”, completou.
Dagoberto admitiu que o jogo das alianças para 2022 é difícil de ser jogado, mas que tem um trunfo: a boa aceitação de Ciro Gomes, terceiro nas pesquisas.
“Estou olhando para um caminho mais apurado e estudando todas as alianças. Por exemplo, se o Zeca do PT concorrer ao Senado, o PDT prestará um apoio íntegro”, relatou.
“Estamos sondando também o Ricardo Ayache [PSB] e trabalhamos com nomes altos e com potencial para as próximas eleições, nas quais o principal foco vai ser a análise de competência do candidato, pois vivemos tempos sombrios e de tensão com o governo Bolsonaro”, afirmou.




