Política

CAMPO GRANDE

De férias, vereadores trocam viagens por trabalho nas bases

Em pré-campanha, integrantes do Legislativo usam recesso para conseguirem apoio nas ruas

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Tradicionalmente quando o trabalhador consegue 15 dias de férias aproveita para viajar, espairecer, mas não será o caso dos 29 vereadores de Campo Grande que vão trocar o lazer para trabalhar em seus redutos eleitorais. Ainda mais que alguns parlamentares são candidatos à reeleição e caso eleitos vão receber mais de R$ 18 mil de salário fora os penduricalhos. Esse é o caso do líder do prefeito da casa de leis, Chiquinho Telles (PSD), que diz não gostar de viajar e vai continuar atendendo suas bases eleitorais no gabinete na Câmara Municipal e no itinerante. “Eu não gosto de viajar. Eu atendo no gabinete. Vou continuar andando nos bairros. Atender nos gabinetes. Não vou parar, vamos continuar trabalhando”.  

O outro vereador que não quer saber de viagem por enquanto é o democrata Vinicius Siqueira vai separar uma semana no fim do ano para aproveitar o recesso. “Eu não vou viajar, vou continuar fiscalizando. Visitando bairros fazendo o meu trabalho de vereador”, explica. 

Já o primeiro secretário da Câmara, Carlos Augusto Borges, “Carlão”, também comunga da opinião dos colegas e não vai viajar para dar mais atenção a população. “Vou aproveitar esses dias de recesso das sessões plenárias para intensificar minhas visitas as sete regiões da Capital. Ouvir a população sobre as prioridades de cada localidade, para então fazer indicações e demais solicitações ao Executivo. Minha equipe também participará dessas ações nas regiões”.  

Os vereadores Eduardo Romero(Rede), Valdir Gomes(PP), Odilon de Oliveira(PDT), Veterinário Francisco(PSB), Fritz (PSD), Cida Amaral(Prós) e William Maksoud (PMN) mesmo se quisessem não poderiam curtir o recesso fora da cidade, pois fazem parte da Comissão  da Comissão Representativa.    

Segundo Odilon, o grupo tem responsabilidade de suprir as demandas emergências da casa de leis durante o período. “Como o recesso é só para os parlamentares, nós estamos aptos a atender as necessidades do município, pois todos os funcionários, como os assessores e administrativos, estão na ativa. Ou seja, a população pode contar com a Câmara como em outros meses do ano”.

E complementou “além disso, quero aproveitar o período para visitar algumas regiões e reivindicar juntos aos secretários municipais algumas demandas”, concluiu.  

Eduardo Romero também continua atendo a população fora e dentro do gabinete que funciona direto durante o recesso.  O vereador Fritz segue fazendo os trabalhos de base e fiscalizações. O também integrante da comissão Veterinário Francisco também estreita os laços com suas bases e fará trabalhos de fiscalização de obras do poder Executivo. Cida Amaral estará de plantão na casa de leis e continuará o trabalho de fiscalização de Unidades Básicas de Saúde (UBS) e visitará bairros de sua base eleitoral.  

Valdir Gomes disse que manter as fiscalizações postos de saúde, escolas - por ser presidente da Comissão Permanente de Educação - e transporte coletivo. “Estou na Câmara neste período de recesso. Continuo vigilante para melhorar nossa Educação, principalmente agora que vai voltar às aulas. Estamos à disposição aqui na Câmara”.   

O ninho tucano não alçou  voos nesse recesso. Dr Livio, Delegado Wellington, André Salineiro e João César Mattogrosso continuaram trabalhando em suas bases percorrendo bairros e trazendo indicações. Todos os vereadores estarão atendendo em seus gabinetes na Câmara e itinerante durante esse recesso parlamentar.  

O petista Ayrton Araújo não vai fugir à regra dos colegas. Ele não viajará e continuará atendo no gabinete e nas suas bases. O petebista Otávio Trad também não viajará e continuará os diálogos com a população e agendas com os secretário no recesso. O emedebista Dr Sami explica que continuará o seu trabalho fiscalizando os postos de saúde, visitando bairros e trabalhando normalmente no gabinete.

Política

Moraes autoriza cirurgia de Bolsonaro no Natal; internação ocorrerá no dia 24

Moraes também permitiu que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro seja a acompanhante principal de Bolsonaro no período em que ele estiver no DF Star

23/12/2025 14h56

Reprodução

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou nesta terça-feira, 23, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja internado nesta quarta-feira, 24, e faça uma cirurgia para tratar uma hérnia inguinal bilateral.

Bolsonaro será internado no Hospital DF Star, que fica a menos de três quilômetros de onde o ex-presidente está preso desde 22 de novembro. Ainda não foi informado o horário da chegada do ex-chefe do Executivo no hospital e nem o início do procedimento cirúrgico, previsto para ocorrer no dia 25, feriado de Natal.

Moraes também permitiu que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro seja a acompanhante principal de Bolsonaro no período em que ele estiver no DF Star. O ministro não atendeu o pedido da defesa para visitas de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o ex-vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PL).

O ministro do STF determinou ainda medidas de segurança no hospital. Uma determinação é que pelo menos dois policiais federais fiquem na porta do quarto onde estará Bolsonaro em todo o período em que ele estiver internado.

"A Polícia Federal deverá providenciar a completa vigilância e segurança do custodiado durante sua estadia, bem como do hospital, mantendo equipes de prontidão. A Polícia Federal deverá garantir, ainda, a segurança e fiscalização 24 (vinte e quatro) horas por dia, mantendo, no mínimo 2 (dois) policiais federais na porta do quarto do hospital, bem como as equipes que entender necessárias dentro e fora do hospital", diz um trecho da decisão.

O ministro proibiu a entrada de celulares e outros equipamentos eletrônicos, determinando apenas a entrada de equipamentos médicos no quarto que receberá o ex-presidente.

JUSTIÇA

Juristas de MS aprovam criação de um código de ética para tribunais superiores

Proposta parte do presidente do STF, Edson Fachin, ao defender que magistrados precisam ter rigor técnico e sobriedade

23/12/2025 08h20

O presidente do STF, ministro Edson Fachin, durante sessão de encerramento do ano judiciário

O presidente do STF, ministro Edson Fachin, durante sessão de encerramento do ano judiciário Rosinei Coutinho/STF

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A proposta do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, de criar um código de conduta para os tribunais superiores, por entender que os magistrados precisam ter rigor técnico e sobriedade, foi bem-aceita pelos juristas de Mato Grosso do Sul.

O advogado Benedicto Arthur Figueiredo Neto lembrou que, etimologicamente, a palavra ética vem do grego ethos, que significa costume, caráter e modo de agir.

“Em meio às diversas críticas que alguns ministros do STF têm sofrido por receberem valores para proferirem palestras, o que é totalmente lícito à magistratura, Fachin se inspira no código de conduta da Suprema Corte da Alemanha para a criação de uma normatização ao modo de agir dos seus membros”, explicou.

Ele completou que o código de conduta da Suprema Corte alemã é bastante pragmático e objetivo, no sentido de sempre preservar em primeiro lugar a imagem da Corte e de que a conduta de seus membros sempre siga regras para que essa imagem venha a ser preservada.

“É o caso de como se prevê na Alemanha que os seus membros devem ponderar se o evento do qual vão participar não tem conflito com a reputação e com a honra da Corte. A normatização de um código de ética para tribunais superiores é a franca demonstração de reconstrução da imagem independente pela magistratura, afastando-se da política”, analisou.

Sandro de Oliveira, professor doutor da Faculdade de Direito (Fadir) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), acrescentou que um código de ética da magistratura é pertinente e necessário porque traduz, de forma clara e acessível, os valores que já estão consagrados na Constituição Federal e que devem orientar a atuação de todo agente público, mais especialmente daqueles que exercem a função de julgar.

“O código não cria obrigações novas, mas organiza princípios como legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, oferecendo parâmetros objetivos de conduta que reforçam a confiança da sociedade no Poder Judiciário. Além disso, a magistratura ocupa uma posição singular na estrutura do Estado, pois dela se espera independência, equilíbrio e compromisso permanente com os direitos fundamentais”, pontuou.

Sandro de Oliveira ressaltou que um código de ética funciona como instrumento pedagógico e preventivo, ajudando o magistrado a refletir sobre sua postura dentro e fora da jurisdição, à luz do interesse público, da dignidade da função e do dever de imparcialidade, que decorre diretamente do princípio republicano.

“Ao fortalecer a ética institucional, o código contribui para a transparência e para a legitimidade democrática do Judiciário. Ele reafirma que a atuação judicial não está dissociada da administração pública, mas submetida aos mesmos princípios constitucionais que exigem responsabilidade, probidade e prestação de contas à sociedade, elementos que são necessários à consolidação do Estado Democrático de Direito”, assegurou.

Para ele, é importante registrar que códigos de ética e de conduta não são estranhos ao ordenamento jurídico brasileiro. “Ao contrário, diversas carreiras de Estado e do serviço público, de modo geral, já contam com diplomas próprios que orientam a atuação de seus membros. Nesse contexto, a instituição de um código de ética da magistratura não apenas se mostra legítima, como também relevante, na medida em que contribuiria para balizar comportamentos, fortalecer a confiança social no Judiciário e servir de referência normativa e ética para as demais carreiras do Estado brasileiro”, argumentou.

O advogado André Borges citou que a proposta surge depois de fatos recentes, como esposa de ministro do STF com contrato milionário e advogando na Corte do esposo e ministro viajando no jatinho em que estava advogado que posteriormente teve pedido atendido, revelarem a necessidade urgente de ser atualizado o Código de Ética da Magistratura editado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“Judiciário é importante demais para que sobre ele recaiam dúvidas sobre a honra e a decência de seus integrantes. Proteção ética surge exatamente de um código de ética. Na Suprema Corte dos Estados Unidos isso já foi aprovado. Trata-se de algo que precisa ser aplicado no Brasil, incluindo ministros das cortes superiores de Brasília [DF]. Vivemos em uma república, que tem como característica principal a responsabilidade dos servidores públicos em geral, no que se incluem os magistrados”, comentou o jurista ao Correio do Estado.

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