Política

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Debandada pode enfraquecer PMDB nas próximas eleições

Paulo Siufi e Marquinhos Trad vão buscar abrigo no Rede

ZANA ZAIDAN

16/11/2014 - 13h30
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O resultado insatisfatório em duas eleições consecutivas e as divergências internas que levaram o PMDB a disputar os pleitos de 2012 e 2014 rachados, resultarão em uma debandada de fortes lideranças do partido, que saem em busca de novos rumos de olho em 2016.

O centro da rebelião está, direta ou indiretamente, ligado à família Trad. Os irmãos Nelsinho, ex-prefeito de Campo Grande, Fábio, deputado federal, e Marquinhos, reeleito deputado estadual, já declararam abertamente estarem insatisfeitos com o PMDB. O mesmo diz o vereador da Capital, Paulo Siufi, primo deles. Marquinhos e Siufi já adiantaram que vão abandonar a sigla, assim que obtiverem aval da Justiça Eleitoral, para que não corram o risco de perder os respectivos mandatos, punição a que estariam sujeitos pelas regras da fidelidade partidária.

O descontentamento tem nome e sobrenome: André Puccinelli. O estilo centralizador do governador, diz a ala tradista, impede que eles tenham espaço dentro do partido. “Hoje, o que prevalece é a vontade do André, o que não pode. Temos de ser um partido estatutário, não que defende ambições e interesses de um só”, resume Fábio Trad.

Fábio não foi reeleito deputado federal nas eleições deste ano. Segundo ele, o PMDB apoiou a candidatura da ex-secretária estadual de Produção, Tereza Cristina (PSB), em detrimento da sua.  

O mesmo aconteceu com Nelsinho, que nem chegou a passar para o segundo turno na corrida para suceder Puccinelli no governo do Estado e acabou em terceiro lugar. Um grupo apoiou explicitamente o candidato do PT, senador Delcídio do Amaral, por considerar que Nelsinho não seria nome forte para unir o partido. Para esta ala, vice-governadora Simone Tebet, que acabou disputando o Senado na chapa peemedebista – e foi eleita – seria a ideal. 

Siufi, que viu não ser escolhido pelo PMDB como candidato à prefeitura da Capital em 2012, promete sair do partido para viabilizar o projeto em 2016. “Sei que no PMDB não terei espaço”, atesta. Então presidente da Câmara, ele acreditava ter a força política necessária para vencer a eleição, mas, em vez dele, o atual secretário estadual de Obras, Edson Giroto, e afilhado político de Puccinelli, foi o nome lançado pelo partido.

Se a candidatura à prefeitura se concretizar, Siufi pode enfrentar o primo Marquinhos Trad. Campeão de votos por duas em duas eleições consecutivas, o deputado já avisou que deixará a legenda para concorrer ao cargo. Ambos cogitam abrigar-se no Rede Sustentabilidade.

Política

Avaliações positiva e negativa do STF crescem e mostram divisão da percepção da população

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano; percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%

19/12/2025 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19, mostra que cresceram as avaliações positivas e negativas sobre o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrando uma divisão da percepção da população brasileira sobre a atuação da Corte.

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano. No mesmo período, a percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%. Já a avaliação regular recuou de 34% para 24%.

No intervalo entre os dois levantamentos, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre as duas edições da pesquisa, também houve mudança no comando da Corte. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do tribunal e o ministro Luís Roberto Barroso se aposentou. Fachin adota um perfil mais discreto e defende a chamada "autocontenção" do Judiciário, em contraste com o antecessor, que sustentava que o Supremo deveria exercer um "papel iluminista" e atuar de forma mais protagonista na definição de direitos.

No mesmo período, o secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares, além de outros sete integrantes do STF. O governo dos Estados Unidos também aplicou sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para punir violadores graves de direitos humanos. Foi a primeira vez que uma autoridade de um país democrático foi alvo das medidas previstas na legislação. Neste mês, o presidente Donald Trump retirou o nome do ministro da lista de sancionados.

Outros poderes

A pesquisa também avaliou os demais Poderes. No Legislativo, a percepção varia conforme a Casa. No Senado Federal, a maior parcela dos entrevistados (34%) classifica o desempenho como regular, porcentual que empata, dentro da margem de erro (2 p p), com a avaliação negativa, de 33%. A avaliação positiva soma 22%, enquanto 11% não souberam ou não quiseram responder.

Na Câmara dos Deputados, a avaliação negativa predomina: 36% consideram o trabalho ruim ou péssimo. A percepção, porém, está tecnicamente empatada com a avaliação regular, que alcança 35%. A avaliação positiva é de 20%, e 9% não responderam.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2025. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos porcentuais. Os entrevistados puderam classificar cada Poder como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, com os resultados consolidados nas categorias positiva, regular e negativa.

Governo Lula

Em relação ao Executivo federal, 38% dos brasileiros avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um trabalho ruim ou péssimo. Outros 34% consideram a gestão boa ou ótima, enquanto 25% a classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

Política

Ministro do Paraguai fala em disposição construtiva para avançar em acordo Mercosul-UE efetivo

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

19/12/2025 21h00

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais Foto: Divulgação

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O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, reafirmou a "disposição construtiva" para avançar na concretização efetiva do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), durante a 67ª reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, órgão decisório de nível ministerial do bloco, nesta sexta-feira, 19, segundo nota do Ministério de Relações Exteriores do país.

"Em particular, o Paraguai confia que os mecanismos de salvaguarda serão abordados e aplicados de maneira compatível com respeito ao negociado e acordado, e também de acordo com as normas multilaterais preservando o equilíbrio de direitos e obrigações das partes", disse Lezcano.

O chanceler também afirmou que "o Paraguai acredita e aposta em um Mercosul que funcione para todos, capaz de traduzir seus princípios em resultados concretos e de responder com pragmatismo e visão aos desafios estruturais que ainda persistem" na região.

Segundo Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais entre os Estados Parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e, mais recentemente em 2024, Bolívia). "Não se trata de uma noção abstrata, mas de uma realidade econômica e geográfica que limita nosso desenvolvimento e condiciona nossa competitividade", disse, frisando que a condição mediterrânea do país impõe custos adicionais que encarecem as exportações e restringem a participação nas cadeias regionais de valor.

A reunião do CMC, em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, foi majoritariamente fechada à imprensa.

No sábado, 20, o Brasil deve passar o bastão da Presidência Pro Tempore do bloco ao Paraguai, durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, também em Foz do Iguaçu. 

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