Política

GOVERNABILIDADE

Depois de reunião com Lula, Dilma anuncia reforma ministerial nesta sexta

Declaração à imprensa está prevista para às 10h30min (horário de Brasília)

FOLHAPRESS

01/10/2015 - 18h47
Continue lendo...

A presidente Dilma Rousseff vai anunciar nesta sexta-feira (2) a reforma ministerial com a qual pretende melhorar sua governabilidade no Congresso. A nova configuração da Esplanada será apresentada pela própria presidente em uma declaração à imprensa prevista para as 10h30min (horário de Brasília) no Palácio do Planalto.

Dilma pediu que todos os ministros estejam em Brasília para acompanhar o anúncio, que ampliará de seis para sete os ministérios controlados pelo PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer.

O espaço do maior partido aliado foi objeto de impasse durante toda esta quinta-feira (1º). Pela manhã, Dilma se reuniu com Temer e afirmou que não estava satisfeita com o nome do deputado Celso Pansera (PMDB-RJ), indicado pela bancada do partido na Câmara, sob a liderança de Leonardo Picciani (RJ), para a pasta de Ciência e Tecnologia.

A presidente queria um nome de "mais peso político" para ajudar nas votações no Congresso, principalmente na aprovação do ajuste fiscal e na tentativa de evitar a abertura de um processo de impeachment contra seu mandato.

Temer, por sua vez, afirmou que não indicaria novos nomes e que a presidente teria que acertar o tema com Picciani. No início da noite desta quinta, o deputado foi ao Planalto acompanhado por Pensera para acertar a indicação.

Após a reunião com o vice, Dilma seguiu para o Palácio da Alvorada, onde almoçou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula foi quem mais pressionou a presidente para fazer uma reforma ministerial com lastro político, trocando o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, por Jaques Wagner (Defesa), e dando mais espaço ao PMDB.

Dilma já havia definido os nomes dos ministros peemedebistas: Eduardo Braga (Minas e Energia), Kátia Abreu (Agricultura), Eliseu Padilha (Aviação Civil), Helder Barbalho (Portos) e Henrique Eduardo Alves (Turismo). Ciência e Tecnologia e Saúde eram as outras duas pastas que também iriam para o PMDB.

Para Saúde, o mais cotado é o deputado Marcelo Castro (PMDB-RJ), também uma indicação de Picciani.

PT

Do almoço com o ex-presidente Lula também participaram os ministros petistas Edinho Silva (Comunicação Social), Aloizio Mercadante (ainda na Casa Civil), Ricardo Berzoini (Comunicações) e Jaques Wagner (ainda na Defesa), além do presidente do PT, Rui Falcão, e do assessor especial da Presidência Giles Azevedo.

Ali ficou definido que o PT, após perder a pasta da Saúde, ficará com dois ministérios que ganharam grandes estruturas: a fusão de Previdência, Trabalho e Desenvolvimento Social, e das secretarias de Política para as Mulheres, Igualdade Racial, Direitos Humanos e Secretaria-Geral, que pode ficar sob a tutela da deputada Moema Gramacho (PT-BA).

Política

Avaliações positiva e negativa do STF crescem e mostram divisão da percepção da população

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano; percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%

19/12/2025 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Continue Lendo...

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19, mostra que cresceram as avaliações positivas e negativas sobre o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrando uma divisão da percepção da população brasileira sobre a atuação da Corte.

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano. No mesmo período, a percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%. Já a avaliação regular recuou de 34% para 24%.

No intervalo entre os dois levantamentos, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre as duas edições da pesquisa, também houve mudança no comando da Corte. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do tribunal e o ministro Luís Roberto Barroso se aposentou. Fachin adota um perfil mais discreto e defende a chamada "autocontenção" do Judiciário, em contraste com o antecessor, que sustentava que o Supremo deveria exercer um "papel iluminista" e atuar de forma mais protagonista na definição de direitos.

No mesmo período, o secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares, além de outros sete integrantes do STF. O governo dos Estados Unidos também aplicou sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para punir violadores graves de direitos humanos. Foi a primeira vez que uma autoridade de um país democrático foi alvo das medidas previstas na legislação. Neste mês, o presidente Donald Trump retirou o nome do ministro da lista de sancionados.

Outros poderes

A pesquisa também avaliou os demais Poderes. No Legislativo, a percepção varia conforme a Casa. No Senado Federal, a maior parcela dos entrevistados (34%) classifica o desempenho como regular, porcentual que empata, dentro da margem de erro (2 p p), com a avaliação negativa, de 33%. A avaliação positiva soma 22%, enquanto 11% não souberam ou não quiseram responder.

Na Câmara dos Deputados, a avaliação negativa predomina: 36% consideram o trabalho ruim ou péssimo. A percepção, porém, está tecnicamente empatada com a avaliação regular, que alcança 35%. A avaliação positiva é de 20%, e 9% não responderam.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2025. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos porcentuais. Os entrevistados puderam classificar cada Poder como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, com os resultados consolidados nas categorias positiva, regular e negativa.

Governo Lula

Em relação ao Executivo federal, 38% dos brasileiros avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um trabalho ruim ou péssimo. Outros 34% consideram a gestão boa ou ótima, enquanto 25% a classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

Política

Ministro do Paraguai fala em disposição construtiva para avançar em acordo Mercosul-UE efetivo

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

19/12/2025 21h00

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais Foto: Divulgação

Continue Lendo...

O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, reafirmou a "disposição construtiva" para avançar na concretização efetiva do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), durante a 67ª reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, órgão decisório de nível ministerial do bloco, nesta sexta-feira, 19, segundo nota do Ministério de Relações Exteriores do país.

"Em particular, o Paraguai confia que os mecanismos de salvaguarda serão abordados e aplicados de maneira compatível com respeito ao negociado e acordado, e também de acordo com as normas multilaterais preservando o equilíbrio de direitos e obrigações das partes", disse Lezcano.

O chanceler também afirmou que "o Paraguai acredita e aposta em um Mercosul que funcione para todos, capaz de traduzir seus princípios em resultados concretos e de responder com pragmatismo e visão aos desafios estruturais que ainda persistem" na região.

Segundo Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais entre os Estados Parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e, mais recentemente em 2024, Bolívia). "Não se trata de uma noção abstrata, mas de uma realidade econômica e geográfica que limita nosso desenvolvimento e condiciona nossa competitividade", disse, frisando que a condição mediterrânea do país impõe custos adicionais que encarecem as exportações e restringem a participação nas cadeias regionais de valor.

A reunião do CMC, em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, foi majoritariamente fechada à imprensa.

No sábado, 20, o Brasil deve passar o bastão da Presidência Pro Tempore do bloco ao Paraguai, durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, também em Foz do Iguaçu. 

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).