Política

VOTAÇÃO

Deputados bolsonaristas de MS votam contra PL do pacote fiscal

Dos oitos representes sul-mato-grossenses na Câmara dos Deputados, três foram contrários ao projeto de lei do pacote fiscal: Dr. Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon (PL) e Rodolfo Nogueira (PL)

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A maioria dos deputados federais sul-mato-grossenses votou, na noite de ontem (17), pela aprovação do texto-base do projeto de lei do pacote fiscal, que prevê cortes de gastos no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Dos oito parlamentares do estado, Dr. Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon (PL) e Rodolfo Nogueira (PL) foram os contrários à matéria. Ao todo foram 318 favoráveis, contra 149 contrários. 

O texto impõe travas para o crescimento de despesas com pessoal e incentivos tributários se houver déficit primário no Governo federal. O texto também permite o uso de superávit de quatro fundos para pagar a dívida pública por seis anos, de 2025 a 2030.

De autoria do deputado José Guimarães (PT-CE), o Projeto de Lei Complementar (PLP) 210/24 faz parte do pacote de corte de gastos do governo para tentar cumprir a meta fiscal de 2025 em diante.

O texto-base da proposta é um substitutivo do relator, deputado Átila Lira (PP-PI), que exclui três fundos daqueles que poderão ter suas sobras usadas para pagar a dívida: Fundo Nacional Antidrogas (Funad), Fundo da Marinha Mercante (FMM) e Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC).

O relator  havia incluído no texto o fim do Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT), antigo DPVAT, que foi reformulado e retomado neste ano. No entanto, Átila apresentou um substitutivo ao texto e manteve a cobrança do SPVAT. A mudança desagradou partidos da oposição, como o PL, que acusaram o relator de quebrar o acordo firmado entre líderes parlamentares.

Segundo o relator, é necessário racionalizar despesas públicas, garantindo a sustentabilidade das regras fiscais, de modo a permitir o aumento da produtividade e o crescimento da economia.

"Ao prever que as despesas decorrentes de qualquer criação ou prorrogação de benefícios deverão ter seu ritmo de crescimento condizente com o arcabouço fiscal, fortalece-se a principal regra fiscal brasileira e contribui-se para a racionalidade das despesas públicas", disse Átila Lira.

O líder do PT, deputado Odair Cunha (MG), afirmou que a proposta busca "aperfeiçoar ainda mais a sustentabilidade das contas públicas no país". Já o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), defendeu o projeto e disse que não há justificativa para especulações do mercado financeiro com aumento do dólar.

"Há um esforço para buscarmos o máximo de unidade para sinalizar ao país que estamos fazendo a nossa parte, votando o ajuste fiscal necessário para equilíbrio das contas públicas", declarou.

Vários  parlamentares do Psol criticaram o texto. A deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) afirmou que a proposta representa um grande retrocesso para os servidores públicos.

"Mais uma vez, vão ser obrigados a pagar a conta do ajuste fiscal. Isso é grave porque já estamos em uma dinâmica em que esses servidores não têm reajuste há muito tempo", declarou.

Após a discussão da matéria foi iniciada a votação do texto-base, na noite de ontem, depois das 22h, com a participação de 467 deputados. Destes, 318 foram favoráveis e 149 contrários. De Mato Grosso do Sul votaram a favor Beto Pereira (PSDB), Camila Jara (PT), Dagoberto Nogueira (PSDB), Geraldo Resende (PSDB) e Vander Loubet (PT). Foram contrários os deputados Dr Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira (os dois do PL), partidos de oposição ao Governo federal. 

Déficit e incentivos

De acordo com o texto, quando ocorrer déficit primário do governo central (conceito que reúne contas do Tesouro Nacional, da Previdência Social e do Banco Central) ,no ano seguinte em que ele for apurado, a União não poderá publicar lei concedendo, ampliando ou prorrogando incentivo tributário até a conseguir superávit primário em algum exercício seguinte. A regra valerá para 2025 em diante, de acordo com a Agência Câmara de notícias.

Uma vez obtido superávit, o Orçamento do ano posterior não terá mais a trava, que será repetida sempre que o governo não conseguir fechar as contas pelo menos no zero a zero (sem déficit) ou com superávit.

Despesa de pessoal

Proibição semelhante será aplicada para despesas de pessoal e seus encargos, mas somente até 2030. Se houver déficit, tanto o projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) quanto a própria lei dele derivada não poderão apresentar crescimento anual real maior que 0,6% em relação ao montante do ano anterior, exceto os valores concedidos por sentença judicial.

Essa trava das despesas de pessoal valerá para cada um dos poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e também para o Ministério Público da União, a Defensoria Pública da União, o Conselho Nacional do Ministério Público, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Tribunal de Contas da União (TCU).

Hoje, os deputados devem retomar a votação da matéria, com apreciação de destaques (parte do texto principal que não tem consenso).

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Política

Eventuais distorções na reforma podem ser corrigidas por leis complementares, diz Lira

Deputado afirmou que "não é o texto ideal", mas disse que "não há meio-termo" em relação às propostas dos deputados e dos senadores

17/12/2024 20h00

Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), anunciou o início da apreciação do projeto de regulamentação da reforma tributária no plenário da Casa por volta das 17 horas desta terça-feira, 17, e afirmou que eventuais distorções na reforma podem ser corrigidas por futuras leis complementares.

A declaração ocorre em sessão na Câmara. Lira afirmou que "não é o texto ideal", mas disse que "não há meio-termo" em relação às propostas dos deputados e dos senadores, já que não seria possível derrubar a regulamentação da reforma tributária, porque o projeto já foi aprovado na Câmara em votação anterior.

"O que nós iremos votar é se nós aprovaremos o texto da Câmara, do deputado Reginaldo Lopes e do grupo de trabalho, ou se nós, não aprovando o texto da Câmara, manteremos todo o texto do Senado. Não há meio-termo", afirmou.

Lira continuou: "Nós não temos o texto ideal. Em nenhuma hipótese, nós iremos atender a todas as demandas que o Brasil tem, muito mais ainda em cima de todas as divergências de grupos, espaços, Estados e municípios".

O presidente da Câmara, então, sugeriu propostas de lei complementar posteriores: "Em algumas distorções que por acaso permaneçam, qualquer projeto de lei complementar será muito bem-vindo a este plenário e ao Congresso Nacional para que estas situações sejam corrigidas dentro do limite de tudo o que foi acordado, votado e trabalhado durante todos esses anos".

Lira disse ainda aos deputados na sessão que não queria utilizar o instrumento do efeito administrativo, "mas a falta de velocidade exige isso", declarou.

Com informações de Estadão

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Portas fechadas

Prefeita e eleitos serão diplomados em evento fechado na sede do TRE-MS

Evento será restrito apenas aos diplomados e convidados; imprensa acompanhará o ato somente na área externa da corte eleitoral

17/12/2024 17h40

Prefeita Adriane Lopes comemora vitória ao lado da vice-prefeita eleita, Camilla Nascimento

Prefeita Adriane Lopes comemora vitória ao lado da vice-prefeita eleita, Camilla Nascimento Foto: Paulo Ribas

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A cerimônia de diplomação dos candidatos que venceram as Eleições deste ano em Campo Grande acontece nesta quarta-feira (18), na Junta Eleitoral da 36ª Zona Eleitoral (ZE). O evento terá início às 19h30 no plenário do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS) e será conduzido pelo juiz Ariovaldo Nantes Corrêa.

Em comunicado oficial, o TRE-MS destacou que a diplomação dos eleitos será restrita apenas aos diplomados e convidados, e que a imprensa acompanhará o ato somente na área externa da corte eleitoral, “onde haverá espaço para entrevistas.” 

Do mesmo modo, as fotos do evento “ficarão a cargo apenas dos profissionais vinculados à Câmara Municipal, à Prefeitura de Campo Grande e ao TRE-MS”, este responsável pela veiculação das imagens ao término da diplomação, diz a nota.

A nova Mesa Diretora da Câmara Municipal de Campo Grande toma posse no dia 1º de janeiro de 2025, onde os 29 vereadores e a prefeita Adriane Lopes (PP) serão conduzidos ao mandato de 2025-2028, evento que acontece às 16h no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo. 

Serviço - O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS), localizado no Parque dos Poderes, em Campo Grande. O evento será transmitido ao vivo pelo TRE-MS no Youtube e TV Câmara.

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