Política

LEVANTAMENTO

Deputados de MS gastam metade da verba de gabinete com autopromoção

Enquanto Dagoberto Nogueira lidera em gastos da cota parlamentar, Geraldo Resende é quem mais gastou com divulgação

Continue lendo...

Os deputados federais de Mato Grosso do Sul gastaram em 2024, ano das eleições municipais, metade da cota parlamentar em autopromoção. 

É o que indica o levantamento realizado pelo Correio do Estado com o Portal da Transparência da Câmara dos Deputados.

Durante todo o ano passado, os oito representantes sul-mato-grossenses na Casa de Leis, em Brasília (DF), gastaram R$ 3,37 milhões de cota parlamentar. Desse valor, R$ 1,76 milhão foi destinado à autopromoção ou à “divulgação da atividade parlamentar”, como é chamada a rubrica desse tipo de gasto.

O campeão de gastos na cota parlamentar foi o deputado federal Dagoberto Nogueira (PSDB), que usou R$ 569,5 mil do dinheiro destinado à manutenção do gabinete.

Quando se trata em gastos com divulgação da atividade parlamentar, porém, o líder foi o deputado federal Geraldo Resende (PSDB), que representa a região da Grande Dourados e que usou R$ 286,1 mil da cota disponível em seu gabinete.

O deputado federal de Mato Grosso do Sul que menos usou sua cota parlamentar no ano passado foi Marcos Pollon (PL): foram R$ 392,1 mil utilizados, conforme o Portal da Transparência da Câmara. 

No que diz respeito à divulgação, quem menos gastou com esse tipo de verba foi o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL), com R$ 165,7 mil.

Para 2024, as regras da Câmara dos Deputados estabeleceram que cada parlamentar de Mato Grosso do Sul poderia gastar por mês o montante de R$ 46.336,64 com uma das 13 modalidades de ressarcimento da cota parlamentar.

A cota mensal, contudo, é uma média anual, o que não significa que os valores possam ultrapassar essa cota em um único mês.

O deputado federal Beto Pereira (PSDB), candidato derrotado a prefeito de Campo Grande, por exemplo, não gastou com divulgação nos 120 dias anteriores às eleições municipais, conforme determinação da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.

Em dezembro do ano passado, porém, Beto Pereira gastou R$ 85,5 mil com divulgação, a maior parte desse valor (R$ 55,5 mil) na Tavares & Penedro Gráfica e Editora Ltda.

O mesmo fez a deputada federal Camila Jara (PT), a qual também concorreu à Prefeitura de Campo Grande e foi derrotada. A petista não gastou com divulgação da atividade parlamentar entre julho e outubro, entretanto, em novembro, usou R$ 63,9 mil da cota e, no mês seguinte, mais R$ 51 mil.

Há parlamentares que mesmo não tendo se candidatado gastaram bastante com divulgação em novembro. É o caso do deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP).

O maior gasto foi com a Gráfica Globo Ltda. (R$ 35 mil). Ovando ainda ajudou a financiar, entre novembro e dezembro, o site de notícias MS Conservador, com R$ 10 mil em cada mês.

O site pertence ao advogado Danilo Assis Azambuja, ex-assessor parlamentar de Rafael Tavares quando ele ainda era deputado estadual pelo PRTB, antes de Tavares ter sido cassado pela Justiça Eleitoral, migrado para o PL e saído candidato a vereador (eleito) por Campo Grande.

Assine o Correio do Estado

BOI, BALA E BÍBLIA

Em MS, agro, segurança e evangélicos divergem sobre voo de Flávio Bolsonaro

Setores que deram sustentação ao ex-presidente Bolsonaro no Estado agora destoam da pré-candidatura do filho dele

16/12/2025 08h20

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) não é um consenso entre os três grupos bolsonaristas do Estado

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) não é um consenso entre os três grupos bolsonaristas do Estado Carlos Moura/Agência Senado

Continue Lendo...

A pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da República está provocando divergência entre representantes do agronegócio, da segurança pública e dos evangélicos em Mato Grosso do Sul, justamente os setores que deram sustentação ao governo do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL).

No caso do Estado, os representantes desses três grupos destoam sobre a capacidade eleitoral do filho de Bolsonaro para impedir a reeleição do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principalmente na comparação com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que é apontado como o nome mais forte da direita para concorrer à Presidência em 2026.

O deputado estadual Antonio Vaz (Republicanos), um dos representantes dos evangélicos em Mato Grosso do Sul, disse ao Correio do Estado que o nome do governador Tarcísio de Freitas “é mais leve, equilibrado e competente”. “Além disso, ele governa o maior estado do Brasil em número de habitantes, onde tem feito um grande trabalho, sendo bem mais preparado do que o senador Flávio Bolsonaro”, ressaltou.

Para o parlamentar, a maior parte dos evangélicos sul-mato-grossenses que apoia o nome do ex-presidente Bolsonaro está dividida entre o filho dele e o nome de Tarcísio. “No entanto, olhando no geral, o nome do governador de São Paulo ganha longe”, assegurou.

Já o vereador Herculano Borges (Republicanos), que também é uma das lideranças dos evangélicos no Estado, comentou que, caso Flávio Bolsonaro consiga construir alianças sólidas com lideranças evangélicas influentes e demonstre compromisso firme com as pautas conservadoras que o segmento valoriza, é muito provável que alcance uma ampla adesão de apoio.

“Porém, tanto o filho do ex-presidente quanto o governador Tarcísio de Freitas têm suas qualidades e estão aptos para o cargo de presidente do Brasil. Na minha opinião, mais importante do que defender o nome de um ou do outro é que estejam juntos para um propósito maior, que é o de não dividir a direita”, argumentou.

SEGURANÇA PÚBLICA

O deputado estadual Coronel David (PL), que faz parte da bancada da segurança pública, disse que tem acompanhado algumas publicações da grande imprensa nacional que tentam criar a narrativa de que integrantes das bancadas de segurança pública, evangélica e do agronegócio estariam contra o nome de Flávio Bolsonaro a presidente. “É preciso colocar as coisas no devido lugar”, declarou.

Na opinião dele, essas manifestações não representam a maioria. “A ampla maioria desses parlamentares, assim como milhões de brasileiros, queria Jair Bolsonaro como candidato. O que existe hoje é uma realidade imposta por uma perseguição política implacável, que o impede, neste momento, de disputar a eleição”, detalhou.

Diante desse cenário, conforme o parlamentar, Flávio Bolsonaro surge como o nome mais preparado para dar continuidade ao projeto do pai.

“O senador representa o legado do presidente Jair Bolsonaro, conhece profundamente as pautas da segurança pública, da liberdade religiosa e do setor produtivo, tendo plena capacidade de liderar esse campo político”, assegurou.

Coronel David reforçou o apoio à pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência da República. O vereador André Salineiro (PL), que é policial federal, reconhece que dentro da segurança pública há várias opiniões diferentes sobre a questão.

“Na minha opinião, muitas coisas ainda estão por vir até março do próximo ano, que é quando se abre a janela partidária e as chapas tendem a se definir. Não tenho nada contra os nomes de Flávio Bolsonaro e de Tarcísio de Freitas, sendo ambos fortes para representar a direita em 2026”, afirmou.

AGRONEGÓCIO

Nomes do setor afirmam que Flávio é visto como figura lateral, sem atuação consistente em agendas consideradas prioritárias pelo agronegócio, como crédito rural, regularização fundiária e abertura de mercados, enquanto Tarcísio tem serviços prestados na área.

Quando foi ministro da Infraestrutura de Bolsonaro, foi responsável por apresentar o Plano Nacional de Logística à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

Para o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Guilherme Bumlai, independentemente de quem seja o pré-candidato a presidente da República da direita, Flávio Bolsonaro ou Tarcísio de Freitas, o importante é a união do grupo.

“Em 2026, é preciso que a direita esteja unida. Para o agro do Estado, qualquer um dos dois seria um bom nome, o que mais me preocupa é não termos uma frente ampla de direita, seja quem for o candidato”, finalizou.

Assine o Correio do Estado

Política

Rio terá ponto facultativo na quarta em dia com finais envolvendo Flamengo e Vasco, diz Paes

Prefeito disse que os servidores municipais terão ponto facultativo nesta quarta-feira, a partir do meio-dia. A decisão tem uma relação direta com os dois times cariocas

15/12/2025 23h00

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro Foto: Tiago Ribeiro / Agif

Continue Lendo...

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, deu uma boa notícia para os torcedores de Flamengo e Vasco. Ele anunciou em seu perfil no X, que os servidores municipais terão ponto facultativo nesta quarta-feira, a partir do meio-dia. A decisão tem uma relação direta com os dois times cariocas.

Campeão da Libertadores, o rubro-negro entra em campo às 14h, em Doha, no Catar, para disputar o troféu da Copa Intercontinental em jogo único contra o Paris Saint-Germain, vencedor da Champions League. O confronto acontece no estádio Ahmad Bin Ali.

Já o Vasco inicia a briga pelo título da Copa do Brasil pelo compromisso de ida das finais do torneio contra o Corinthians. O duelo está marcado para as 21h30, em São Paulo, na Neo Química Arena. O confronto de volta será no próximo domingo, às 18h30, no Maracanã.

"Ainda bem que o prefeito é vascaíno, e o governador Cláudio Castro (PL) é flamenguista! Então é isso: quarta-feira tem ponto facultativo a partir do meio-dia. Aproveitem, torçam bastante, mas com responsabilidade e respeito. Boa semana e bons jogos", diz o texto da postagem.

Maiores detalhes sobre o assunto vão ser publicados em um decreto nesta terça-feira no Diário Oficial do Município.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).