Política

ELEIÇÕES 2022

Eleito por urna eletrônica, deputado federal Luiz Ovando defende voto impresso e questiona TSE

Na semana passada parlamentar afirmou que Forças Armadas não apontou fraude no pleito porque TSE não permitiu

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Reeleito com 45.491 votos no pleito deste ano, o deputado federal por Mato Grosso do Sul, Luiz Ovando (PP) defende o voto impresso pelo menos desde 2021, quando gravou um vídeo se posicionando  a favor da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 135 apresentada pela deputada federal Bia Kicis (PSL) que visava instituir o voto impresso no Brasil. 

De acordo com o vídeo gravado em agosto de 2021 e repostado nas redes sociais do parlamentar nesta segunda-feira (14), adotar o voto impresso seria uma medida para garantir a democracia brasileira. 

No vídeo em questão, Ovando afirma que “a segurança de se obter auditoria com chances de recontagem [dos votos] é inquestionável para a saúde da democracia e veracidade da decisão do eleitor”. 

E ainda questiona porque as instituições têm medo do voto impresso e porque apresentam “tamanha resistência”.

Em outro momento do vídeo, o deputado ainda acrescenta que os únicos argumentos apresentados são a quebra do sigilo do voto “e outras alegações falaciosas”.

Ovando ainda explica que a proposta não dispensaria a urna eletrônica, mas criaria um mecanismo para que os votos fossem recontados caso surgissem divergências. Isso seria possível porque, a cada voto, a urna imprimiria uma cédula com o nome do eleitor e do seu candidato.

Os papéis ainda seriam depositados em uma urna lacrada e poderiam ser contados caso fosse preciso realizar uma verificação nas votações.

Em 2021, época em que o vídeo foi gravado, Ovando já tinha sido eleito deputado federal por MS em 2018, ano em que ainda pertencia ao PSL, mesmo partido do presidente da República Jair Bolsonaro. 

AUDITORIA DAS FORÇAS ARMADAS

Ainda na esteira dos questionamentos quanto à confiabilidade das urnas eletrônicas, o deputado federal postou nas suas redes sociais que a auditoria das eleições deste ano feita pelas Forças Armadas não apontou fraude apenas porque o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teria interferido nos trabalhos. 

Ao Correio do Estado, o parlamentar afirmou que o relatório das Forças Armadas foi inconclusivo, e assim não apontou fraude, porque o TSE não deu liberdade para que o relatório fosse feito sem interferências. 

“As urnas não são confiáveis,  há indícios de fraude e a população tem que continuar cobrando”, afirmou por meio de assessoria de comunicação.

Além disso, o deputado fez diversas postagens, inclusive de matérias jornalísticas, afirmando que a Forças Armadas declararam os atos antidemocráticos, que acontecem desde o final do segundo turno, como legítimos.

Dessa forma, o deputado insufla as manifestações bolsonaristas que não reconhecem a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a presidência da República e afirma que a população precisa permanecer na rua porque existem sinais de fraudes nas eleições, mesmo que não tenha provas.

Política

Lewandowski agora apoia recriação do Ministério da Segurança Pública e cobra mais recursos

Ministro afirmou que a mudança só fará sentido se vier acompanhada de uma ampliação do papel da União no combate à criminalidade

22/12/2025 22h00

Lewandowski

Lewandowski Agência Brasil

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O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, mudou de posição e passou a concordar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a recriação do Ministério da Segurança Pública, caso avance no Congresso a proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata do tema. A avaliação foi feita em entrevista ao Valor Econômico, publicada nesta segunda-feira, 22.

Ao defender a volta da pasta, Lewandowski afirmou que a mudança só fará sentido se vier acompanhada de uma ampliação do papel da União no combate à criminalidade e de um reforço significativo de recursos federais. Segundo ele, sem "verbas substanciais", o novo ministério tende a ser ineficaz.

"Eu concordo com o presidente que essa divisão (Ministério da Justiça e Ministério da Segurança Pública) faria sentido, primeiro, se houvesse uma ampliação do papel da União no combate à criminalidade. Em segundo lugar, se viessem verbas substanciais, porque hoje nós temos no nosso Fundo Nacional de Segurança Pública a verba irrisória de R$ 2 bilhões", afirmou.

Na entrevista, o ministro também criticou as mudanças promovidas pela Câmara dos Deputados no texto da PEC da Segurança enviado pelo governo. Embora tenha elogiado a disposição do relator, deputado Mendonça, para o diálogo, Lewandowski avaliou que a versão aprovada se distancia do eixo central da proposta do Executivo.

"A principal crítica que eu faço é que o texto está, de certa maneira, na contramão da proposta que nós apresentamos. O principal ponto da PEC era a coordenação de forças, e isso ficou de fora", disse. Para ele, ao priorizar a descentralização e o fortalecimento das forças locais, o texto pode representar um retrocesso em relação ao modelo de coordenação nacional previsto no Sistema Único de Segurança Pública (Susp), criado em 2018.

Lewandowski também comentou o Projeto de Lei da Dosimetria, aprovado pela Câmara e pelo Senado. Ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), ele afirmou que a revisão da norma ainda passará por sua mesa. O presidente Lula já declarou que pretende vetar o texto, que reduz penas de condenados por tentativa de golpe de Estado.

"Na medida em que você ameniza as sanções contra esse tipo de atentado contra as instituições, que é gravíssimo, você pode estimular futuros atentados contra o Estado Democrático de Direito", comentou.

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Política

PGR defende progressão de regime do hacker Delgatti em caso que envolve Zambelli e Moraes

Walter está preso por ter invadido o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a mando da então deputada Carla Zambelli

22/12/2025 21h00

Hacker Walter Delgatti na CPMI dos atos de 8 de Janeiro

Hacker Walter Delgatti na CPMI dos atos de 8 de Janeiro Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou nesta segunda-feira, 22, de forma favorável à progressão de regime prisional de Walter Delgatti, conhecido como hacker de Araraquara (SP), condenado a oito anos e três meses de prisão.

Delgatti está preso por ter invadido o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a mando da então deputada Carla Zambelli (PL-SP) e por emitir um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

No parecer enviado ao ministro-relator Alexandre de Moraes, a PGR informou que, até 2 de julho deste ano, Delgatti havia cumprido um ano, 11 meses e cinco dias de pena - o equivalente a 20% do total. O documento também destaca que o atestado de conduta carcerária emitido pela unidade prisional aponta bom comportamento do detento, requisito previsto em lei para a concessão do benefício.

"Além disso, o atestado de conduta carcerária emitido pela unidade prisional atesta que o reeducando Walter Delgatti Neto apresenta bom comportamento carcerário. Dessa forma, estão atendidos os requisitos objetivos e subjetivos exigidos para a progressão de regime prisional", escreveu o PGR Paulo Gonet.

A manifestação da PGR foi solicitada pelo ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo processo de execução penal e pelo pedido de progressão apresentado pela defesa. Não há prazo para decisão.

 

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