Reeleito com 45.491 votos no pleito deste ano, o deputado federal por Mato Grosso do Sul, Luiz Ovando (PP) defende o voto impresso pelo menos desde 2021, quando gravou um vídeo se posicionando a favor da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 135 apresentada pela deputada federal Bia Kicis (PSL) que visava instituir o voto impresso no Brasil.
De acordo com o vídeo gravado em agosto de 2021 e repostado nas redes sociais do parlamentar nesta segunda-feira (14), adotar o voto impresso seria uma medida para garantir a democracia brasileira.
No vídeo em questão, Ovando afirma que “a segurança de se obter auditoria com chances de recontagem [dos votos] é inquestionável para a saúde da democracia e veracidade da decisão do eleitor”.
E ainda questiona porque as instituições têm medo do voto impresso e porque apresentam “tamanha resistência”.
Em outro momento do vídeo, o deputado ainda acrescenta que os únicos argumentos apresentados são a quebra do sigilo do voto “e outras alegações falaciosas”.
Ovando ainda explica que a proposta não dispensaria a urna eletrônica, mas criaria um mecanismo para que os votos fossem recontados caso surgissem divergências. Isso seria possível porque, a cada voto, a urna imprimiria uma cédula com o nome do eleitor e do seu candidato.
Os papéis ainda seriam depositados em uma urna lacrada e poderiam ser contados caso fosse preciso realizar uma verificação nas votações.
Em 2021, época em que o vídeo foi gravado, Ovando já tinha sido eleito deputado federal por MS em 2018, ano em que ainda pertencia ao PSL, mesmo partido do presidente da República Jair Bolsonaro.
AUDITORIA DAS FORÇAS ARMADAS
Ainda na esteira dos questionamentos quanto à confiabilidade das urnas eletrônicas, o deputado federal postou nas suas redes sociais que a auditoria das eleições deste ano feita pelas Forças Armadas não apontou fraude apenas porque o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teria interferido nos trabalhos.
Ao Correio do Estado, o parlamentar afirmou que o relatório das Forças Armadas foi inconclusivo, e assim não apontou fraude, porque o TSE não deu liberdade para que o relatório fosse feito sem interferências.
“As urnas não são confiáveis, há indícios de fraude e a população tem que continuar cobrando”, afirmou por meio de assessoria de comunicação.
Além disso, o deputado fez diversas postagens, inclusive de matérias jornalísticas, afirmando que a Forças Armadas declararam os atos antidemocráticos, que acontecem desde o final do segundo turno, como legítimos.
Dessa forma, o deputado insufla as manifestações bolsonaristas que não reconhecem a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a presidência da República e afirma que a população precisa permanecer na rua porque existem sinais de fraudes nas eleições, mesmo que não tenha provas.




