Política

ELEIÇÕES 2024

Em áudio vazado, presidente do partido de Pablo Marçal afirma ter relação com o PCC

A mensagem por voz foi feita em fevereiro e Leonardo Avalanche disse ter ligação com Piauí, ex-chefe da facção paulista na favela de Paraisópolis (SP); PRTB é o mesmo do Capitão Contar

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O presidente do PRTB, partido do candidato à prefeitura da capital paulista Pablo Marçal, afirmou a Thiago Brunelo, filho de um dos fundadores do partido, que mantém ligações com integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior facção criminosa do Brasil.

O diálogo foi feito em fevereiro deste ano e aconteceu na época para debater sobre uma disputa presidencial no partido, logo depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) precisou decretar intervenção na sigla. Este determinado encontro aconteceu à pedido de Leonardo, a fim de mostrar influência diante das autoridades do PRTB, do qual foi eleito líder em 25 de fevereiro deste ano.

No começo do áudio, ele cita Francisco Antonio Cesário da Silva, conhecido como Piauí e ex-chefe do PCC em Paraisópolis, favela na capital paulista, como um aliado de seu motorista. "Ele nunca mexeu com política. Hoje ligaram para o menino, né, lá dentro da cadeia e falaram: ‘Estou trabalhando pro Avalanche de motorista’", disse Leonardo.

Posteriormente, ele ainda afirma ter sido o principal responsável pela soltura de outro chefe da facção, o André do Rap, do qual foi posto em liberdade em 2020, após decisão controversa do Supremo Tribunal Federal (STF).

"Eu sou o cara que soltou o André [do Rap]. A turma não sei se vai te contar isso. Esse é o meu trabalho, entendeu? A próxima, agora, a gente vai botar um lugar acima dele. Esse é o meu dia a dia [...] Eu faço um trabalho bem discreto", disse Avalanche.

A veracidade do áudio foi confirmada por cinco pessoas, duas que participaram deste diálogo e outras três que têm relação com Leonardo. A Folha, veículo que conseguiu acesso ao áudio, entrou em contato com o presidente do PRTB para saber seu posicionamento diante do vazamento e, em resposta, ele afirmou não ter conhecimento do acontecido, além de dizer que essa não seria sua voz.

"Não sei de quem são essas vozes, hoje com essas tecnologias artificiais esse tipo de pessoas pode criar vários conteúdos e dá [sic] vida a isso”. Ele ainda reforçou que não conhece nenhum André e que teria sido alvo de fake news.

"Meu Deus, que loucura é essa de André…como assim nunca nem vi [...] Não tenho motorista…sem lógica motorista ser voz de chefe…kk terceira fake news", escreveu à reportagem.

Thiago Brunelo, o outro envolvido na conversa, não retornou. A assessoria de Pablo Marçal também foi contatada, mas não quis se manifestar sobre o caso.

Saiba

Hoje, há 10 candidatos ao executivo municipal de São Paulo, do qual, segundo as pesquisas, Pablo Marçal aparece em terceiro dentre as maiores intenções de voto, atrás de Boulos e do atual prefeito da capital paulista Ricardo Nunes. Os candidatos são:

  • Altino Prazeres (PSTU)
  • Bebetto Haddad (DC)
  • Guilherme Boulos (PSOL)
  • João Pimenta (PCO)
  • José Luiz Datena (PSDB)
  • Marina Helena (Novo)
  • Pablo Marçal (PRTB)
  • Ricardo Nunes (MDB)
  • Ricardo Senese (UP)
  • Tabata Amaral (PSB)

*Com informações da Folhapress

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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