Política

CONVENÇÃO PARTIDÁRIA

Em Brasília, Caravina diz que fica no PSDB se for mantido apoio à reeleição de Riedel

O deputado estadual defendeu durante convenção nacional tucana que PSDB e Podemos abram uma janela partidária após fechar o acordo de fusão

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O deputado estadual tucano Pedro Arlei Caravina afirmou hoje (5), em Brasília (DF), durante a Convenção Nacional do PSDB, que fica no partido desde que fusão com o Podemos garanta que a “nova legenda” apoie a reeleição do governador Eduardo Riedel, mesmo com possível debandada dos filiados com cargos eletivos com uma liberação atemporal para mudança partidária.

A diminuição do partido no Estado é dada como certa com a fusão, já que existe a possibilidade de os três deputados federais, os seis deputados estaduais, mais de 300 vereadores no Estado e 45 prefeitos deixarem a legenda, além do próprio governador Eduardo Riedel, que está conversando com lideranças do Partido Progressistas (PP) e o presidente estadual da legenda, o ex-governador Reinaldo Azambuja, que teve conversas com o Partido Liberal (PL).

Caravina conversou com o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, sobre este tema na Convenção e defendeu que as duas siglas abram uma janela partidária após fechar o acordo para que os atuais integrantes com cargos eletivos migrem sem correr o risco de perderem seus mandatos.

Ele destacou que “naturalmente, vai diminuir. O PSDB é o maior partido do estado Mato Grosso do Sul e é o maior o time do PSDB a nível Brasil, o pessoal fala que é uma ilha comparado ao restante do país, então, naturalmente o partido tende a diminuir, mas não quer dizer que ele não pode se reinventar e novamente se reconstruir".

"O partido não vai ficar no tamanho que ele tá hoje: O PSDB tem 6 deputados estaduais, tem 3 deputados federais, tem quase 50 prefeitos tem mais de 300 vereadores. Vai haver uma dispersão é natural, principalmente se abrir a janela, mas o partido tem condições de ficar ainda um partido consistente em Mato Grosso do Sul desde que se reorganize, desde que se monte uma liderança no partido pra poder fazer essa reorganização", analisou.

O deputado estadual enfatizou que é favorável que realmente se dê a liberdade da mudança partidária. “Não adianta, a gente ouve comentários com relação à incorporação que não seria permitido a saída do partido, mas não adianta você em um ano pré-eleição, segurar integrantes agora. Pra que esperar chegar em abril do ano que vem (quando a legislação eleitoral permite a troca de legenda) e eles sairem para outras agremiações. Aí pior ainda, porque não dá tempo de você reorganizar as chapas pro ano que vem, então se tiver que deixar o partido que seja agora e que dê tempo para novas lideranças, também, poderem vir. Deve, sim, abrir a janela pra que no partido fique efetivamente quem quer ficar nele. Defendo que os dois partidos abram a janela, tanto Podemos quanto o PSDB", falou.

Embora afirme que o partido deve diminuir no Estado, Caravina ressaltou que “a construção partidária passa pela vontade de quem vai ficar nele, então, não adianta você protelar isso (janela partidária)para o ano que vem pra ser pego de surpreso depois com mudanças pra outras legendas de membros atuais”, disse.

Ele lembrou que foi prefeito pelo PSDB e hoje é deputado esradual do PSDB. "Gosto do partido, já manifestei em Mato Grosso do Sul que tenho interesse permanecer partido, desde que o partido tenha uma diretriz daqui para frente de organização, que seja competitivo para as próximas eleições. A gente tem que pensar também nas eleições locais, tanto para deputado estadual quanto a deputado federal. Então, precisa ver de que forma que o partido vai se reorganizar”, argumentou.

Mesmo com esses parâmetros, o deputado estadual destacou que só fica na legenda se o PSDB-Podemos “seja um dos partidos que vai estar dentro do escopo da reeleição do governador Riedel". "Tenho pretensão de ficar, desde que esse partido esteja dentro do arco de aliança, dentro das pretensões de fazer parte do arco de aliança da reeleição do governador Riedel”, declarou, explicando que já conversou com Riedel e o ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente estadual do PSDB sobre esta possibilidade e que contribuiu para o fortalecimento do Podemos no Estado.

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Política

Avaliações positiva e negativa do STF crescem e mostram divisão da percepção da população

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano; percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%

19/12/2025 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19, mostra que cresceram as avaliações positivas e negativas sobre o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrando uma divisão da percepção da população brasileira sobre a atuação da Corte.

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano. No mesmo período, a percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%. Já a avaliação regular recuou de 34% para 24%.

No intervalo entre os dois levantamentos, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre as duas edições da pesquisa, também houve mudança no comando da Corte. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do tribunal e o ministro Luís Roberto Barroso se aposentou. Fachin adota um perfil mais discreto e defende a chamada "autocontenção" do Judiciário, em contraste com o antecessor, que sustentava que o Supremo deveria exercer um "papel iluminista" e atuar de forma mais protagonista na definição de direitos.

No mesmo período, o secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares, além de outros sete integrantes do STF. O governo dos Estados Unidos também aplicou sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para punir violadores graves de direitos humanos. Foi a primeira vez que uma autoridade de um país democrático foi alvo das medidas previstas na legislação. Neste mês, o presidente Donald Trump retirou o nome do ministro da lista de sancionados.

Outros poderes

A pesquisa também avaliou os demais Poderes. No Legislativo, a percepção varia conforme a Casa. No Senado Federal, a maior parcela dos entrevistados (34%) classifica o desempenho como regular, porcentual que empata, dentro da margem de erro (2 p p), com a avaliação negativa, de 33%. A avaliação positiva soma 22%, enquanto 11% não souberam ou não quiseram responder.

Na Câmara dos Deputados, a avaliação negativa predomina: 36% consideram o trabalho ruim ou péssimo. A percepção, porém, está tecnicamente empatada com a avaliação regular, que alcança 35%. A avaliação positiva é de 20%, e 9% não responderam.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2025. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos porcentuais. Os entrevistados puderam classificar cada Poder como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, com os resultados consolidados nas categorias positiva, regular e negativa.

Governo Lula

Em relação ao Executivo federal, 38% dos brasileiros avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um trabalho ruim ou péssimo. Outros 34% consideram a gestão boa ou ótima, enquanto 25% a classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

Política

Ministro do Paraguai fala em disposição construtiva para avançar em acordo Mercosul-UE efetivo

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

19/12/2025 21h00

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais Foto: Divulgação

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O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, reafirmou a "disposição construtiva" para avançar na concretização efetiva do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), durante a 67ª reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, órgão decisório de nível ministerial do bloco, nesta sexta-feira, 19, segundo nota do Ministério de Relações Exteriores do país.

"Em particular, o Paraguai confia que os mecanismos de salvaguarda serão abordados e aplicados de maneira compatível com respeito ao negociado e acordado, e também de acordo com as normas multilaterais preservando o equilíbrio de direitos e obrigações das partes", disse Lezcano.

O chanceler também afirmou que "o Paraguai acredita e aposta em um Mercosul que funcione para todos, capaz de traduzir seus princípios em resultados concretos e de responder com pragmatismo e visão aos desafios estruturais que ainda persistem" na região.

Segundo Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais entre os Estados Parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e, mais recentemente em 2024, Bolívia). "Não se trata de uma noção abstrata, mas de uma realidade econômica e geográfica que limita nosso desenvolvimento e condiciona nossa competitividade", disse, frisando que a condição mediterrânea do país impõe custos adicionais que encarecem as exportações e restringem a participação nas cadeias regionais de valor.

A reunião do CMC, em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, foi majoritariamente fechada à imprensa.

No sábado, 20, o Brasil deve passar o bastão da Presidência Pro Tempore do bloco ao Paraguai, durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, também em Foz do Iguaçu. 

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