Política

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Em entrevista, Riedel critica aumento de impostos e defende Tereza Cristina como candidata

O governador de Mato Grosso do Sul fez críticas a decisões do governo federal

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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), criticou a decisão do governo federal sobre o aumento dos impostos, principalmente, o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). As afirmações foram feitas em entrevista à revista Veja na última semana.

“O Brasil veio resolvendo seu problema fiscal em cima de aumento de tributos e acredito que não há mais espaço para isso. Precisamos liderar uma agenda de reformas, de reestruturação do gasto, para poder resolver o problema fiscal”, afirma. 

O governo publicou um novo decreto sobre o IOF, reduzindo parte dos aumentos anunciados no mês de maio. A alíquota sobre crédito para empresas, por exemplo, voltou para 0,38%. A taxa fixa de 0,95% sobre risco sacado foi retirada, restando apenas uma cobrança diária. E, no caso dos planos VGBL, o imposto de 5% será cobrado apenas sobre valores acima de 300 mil de reais em 2025, subindo para 600 mil reais em 2026. 

Citando Mato Grosso do Sul como exemplo, Riedel alegou que não houve aumento de imposto no Estado, mesmo com a reforma tributária. 

“O estado é estado perdedor porque a reforma é baseada no consumo, a gente manteve a menor alíquota do ICMS do Brasil, em 17%. A gente vai fazer um enfrentamento da despesa, na qualidade de gasto, em reforma, para não afetar ainda mais o contribuinte”, destacou. 

Apesar das críticas, Riedel classificou a relação com o Governo Federal como “positiva”, estando presente em agendas como a cerimônia do início de obras para reforma de três aeroportos sul-mato-grossenses com verbas federais, da assinatura de contrato do programa “Minha casa, minha vida”, e do Fórum Participativo “Diálogos para Construção da Estratégia Brasil 2050”. 

Quando questionado sobre a migração para outras siglas, Riedel desconversou, mas afirmou estar “conversando e ouvindo a todos”. A expectativa é que ele fizesse fusão com partidos próximos, como por exemplo, o Progressistas, partido de Tereza Cristina, aliada ao governador. 

Após o fracasso da fusão com o Podemos, que era uma esperança para a sobrevivência do PSDB, Riedel alegou ser um espaço para a construção de alianças com outras legendas, como o MDB e o Republicanos. 

“O PSDB está em um caminho de consolidação de conversas com outros partidos que pode resultar numa força política importante. É fundamental que haja diálogo com partidos do mesmo espectro ideológico, que venham a colocar uma nova força política no cenário político brasileiro”, defende. 

Riedel comentou sobre as eleições de 2026. Disse que, mesmo inelegível, Bolsonaro continuará como “grande liderança da centro-direita”. Defendeu potenciais candidatos para o cargo, incluindo uma chapa entre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Tereza Cristina, ou, até mesmo, a aliada como candidata ao cargo no Palácio do Planalto. 

“A Tereza é uma candidata a presidente da República, é um possível nome. Um nome nacional altamente qualificado, preparadíssima e que está dando uma grande contribuição pro Brasil. Tem todas as condições de assumir qualquer candidatura numa majoritária nacional, seja para presidente, seja para vice, seja como for”, ressaltou.

Política

Avaliações positiva e negativa do STF crescem e mostram divisão da percepção da população

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano; percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%

19/12/2025 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19, mostra que cresceram as avaliações positivas e negativas sobre o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrando uma divisão da percepção da população brasileira sobre a atuação da Corte.

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano. No mesmo período, a percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%. Já a avaliação regular recuou de 34% para 24%.

No intervalo entre os dois levantamentos, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre as duas edições da pesquisa, também houve mudança no comando da Corte. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do tribunal e o ministro Luís Roberto Barroso se aposentou. Fachin adota um perfil mais discreto e defende a chamada "autocontenção" do Judiciário, em contraste com o antecessor, que sustentava que o Supremo deveria exercer um "papel iluminista" e atuar de forma mais protagonista na definição de direitos.

No mesmo período, o secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares, além de outros sete integrantes do STF. O governo dos Estados Unidos também aplicou sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para punir violadores graves de direitos humanos. Foi a primeira vez que uma autoridade de um país democrático foi alvo das medidas previstas na legislação. Neste mês, o presidente Donald Trump retirou o nome do ministro da lista de sancionados.

Outros poderes

A pesquisa também avaliou os demais Poderes. No Legislativo, a percepção varia conforme a Casa. No Senado Federal, a maior parcela dos entrevistados (34%) classifica o desempenho como regular, porcentual que empata, dentro da margem de erro (2 p p), com a avaliação negativa, de 33%. A avaliação positiva soma 22%, enquanto 11% não souberam ou não quiseram responder.

Na Câmara dos Deputados, a avaliação negativa predomina: 36% consideram o trabalho ruim ou péssimo. A percepção, porém, está tecnicamente empatada com a avaliação regular, que alcança 35%. A avaliação positiva é de 20%, e 9% não responderam.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2025. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos porcentuais. Os entrevistados puderam classificar cada Poder como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, com os resultados consolidados nas categorias positiva, regular e negativa.

Governo Lula

Em relação ao Executivo federal, 38% dos brasileiros avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um trabalho ruim ou péssimo. Outros 34% consideram a gestão boa ou ótima, enquanto 25% a classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

Política

Ministro do Paraguai fala em disposição construtiva para avançar em acordo Mercosul-UE efetivo

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

19/12/2025 21h00

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais Foto: Divulgação

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O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, reafirmou a "disposição construtiva" para avançar na concretização efetiva do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), durante a 67ª reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, órgão decisório de nível ministerial do bloco, nesta sexta-feira, 19, segundo nota do Ministério de Relações Exteriores do país.

"Em particular, o Paraguai confia que os mecanismos de salvaguarda serão abordados e aplicados de maneira compatível com respeito ao negociado e acordado, e também de acordo com as normas multilaterais preservando o equilíbrio de direitos e obrigações das partes", disse Lezcano.

O chanceler também afirmou que "o Paraguai acredita e aposta em um Mercosul que funcione para todos, capaz de traduzir seus princípios em resultados concretos e de responder com pragmatismo e visão aos desafios estruturais que ainda persistem" na região.

Segundo Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais entre os Estados Parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e, mais recentemente em 2024, Bolívia). "Não se trata de uma noção abstrata, mas de uma realidade econômica e geográfica que limita nosso desenvolvimento e condiciona nossa competitividade", disse, frisando que a condição mediterrânea do país impõe custos adicionais que encarecem as exportações e restringem a participação nas cadeias regionais de valor.

A reunião do CMC, em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, foi majoritariamente fechada à imprensa.

No sábado, 20, o Brasil deve passar o bastão da Presidência Pro Tempore do bloco ao Paraguai, durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, também em Foz do Iguaçu. 

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