Política

CAMPO GRANDE

Prefeitura quer arrecadar R$7,5 milhões com venda de 18 áreas

Após cobrança de mais transparência, município refez proposta para vender terrenos e fazer caixa

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A Prefeitura de Campo Grande pretende arrecadar R$ 7,5 milhões com a venda de 18 áreas públicas. A intenção de vender terrenos existe desde o mês de abril, mas o projeto enviado naquele mês esbarrou na falta de informações prestadas aos vereadores ao chegar à Câmara Municipal.

Desta vez, o Poder Executivo enviou uma nova proposta, com 18 áreas à venda, e não 19, como previsto anteriormente. Há áreas em regiões nobres, como os bairros Carandá Bosque e Chácara Cachoeira e o centro da cidade.  

A nova versão do projeto chegou à Câmara Municipal na semana passada, e a partir desta terça-feira deve começar a tramitar na Procuradoria Jurídica e nas comissões permanentes da Casa.  

O secretário de Finanças do município, Pedro Pedrossian Neto, explicou que os recursos arrecadados com a venda dessas 18 áreas, desde que aprovada pela Câmara, vai para uma conta chamada “alienação de bens”. “Esse recurso só pode ser usado para fazer investimentos. Não pode pagar pessoas, fazer custeio da dívida, entre outras coisas”, detalhou.  

Milhões de reais

Somadas, as avaliações mínimas das 18 áreas que foram colocadas à venda totalizam R$ 7,5 milhões. A área mais bem avaliada está localizada no centro da cidade, e a venda partirá de um valor de R$ 2,28 milhões. Há terrenos em todas as regiões de Campo Grande. 

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ÁREAS E VALORES

Entre as áreas que a prefeitura pretende vender, a que tem a maior avaliação é uma localizada no Bairro Amambaí, no cruzamento da Avenida Ernesto Geisel com a Rua Marechal Cândido Mariano Rondon. O local, onde atualmente há um estabelecimento comercial, está avaliado em

R$ 2.284.085,88 e tem uma área de 1,12 mil m².

A segunda área mais bem avaliada é um terreno localizado na Avenida Gunter Hans e na Rua Lúcia Martins Coelho, no Jardim Ouro Verde. O local, de 2,08 mil m², pode abrigar de conjuntos habitacionais a grandes galpões para estabelecimentos comerciais e, segundo o município, pode valer de R$ 844,5 mil a R$ 1 milhão.  

A terceira área com maior avaliação tem 3,1 mil m² e está localizada na região dos bairros Leblon e Coophamat. O parcelamento chama-se Jardim dos Boggi, e a prefeitura avalia o terreno em R$ 925,940,49.  

Um terreno localizado na Rua Joselito, próximo à Avenida Hiroshima, no Carandá Bosque 1, será colocado à venda por R$ 394,8 mil. A região é uma das que passam por uma expansão imobiliária na cidade.  

Também há uma área no cruzamento da Avenida Três Barras com o Anel Viário por R$ 618,6 mil. Ainda há áreas à venda na Vila Planalto, no Santo Antônio, no Jardim Aeroporto, no Atlântico Sul, no Maria Aparecida Pedrossian e no São Bento a valores menores.  

Em relação ao projeto anterior, quando eram 19 áreas colocadas à venda, somente um terreno, localizado no Bairro Zé Pereira, foi excluído da lista.  

CACHOEIRA

A falta de detalhes do primeiro projeto, enviado à Câmara em abril, criou dúvidas em quem realizava a análise. Uma área pública no Bairro Chácara Cachoeira, na Rua Raul Pires Barbosa, de 15,8 m², não aparecia com laudo de avaliação na primeira versão, o que abriu margem para cogitar que um terreno muito maior, avaliado em quase R$ 29 milhões, estivesse entre os colocados à venda.  

MENSAGEM

Na mensagem aos vereadores, o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad, disse que tratam-se de imóveis não utilizados pelo município e que também não há projetos para a utilização dos mesmos.

Caso aprovado pela Câmara e sancionado pelo prefeito, o projeto permitirá a venda dos imóveis, e os proprietários dos lotes vizinhos terão prioridade na aquisição.

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Declaração

Embaixador do Brasil na ONU pede fim da ação dos EUA contra Venezuela

Donald Trump ameaça invadir o país comandado por Nicolás Maduro

24/12/2025 19h00

Sergio Danese, embaixador do Brasil na ONU

Sergio Danese, embaixador do Brasil na ONU Foto: Divulgação

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O embaixador do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), Sergio Danese, criticou nesta terça-feira (24), durante reunião do Conselho de Segurança, a ação militar dos Estados Unidos contra a Venezuela.

Para o representante brasileiro, as ações norte-americana são “violações da Carta das Nações Unidas e, portanto, devem cessar imediata e incondicionalmente em favor da utilização dos instrumentos políticos e jurídicos amplamente disponíveis”.

Danese disse que o Brasil “convida ambos os países a um diálogo genuíno, conduzido de boa-fé e sem coerção”. O embaixador acrescentou ainda que o presidente Lula já declarou que tem intenção de intermediar um acordo entre EUA e Venezuela e que apoia qualquer esforço do secretário-geral da ONU nesta direção.

O embaixador acrescentou também que a América do Sul é e quer continuar sendo uma região de paz, “respeitando o direito internacional e com boas relações entre vizinhos”.

Para o embaixador brasileiro, evitar uma guerra no continente não é um interesse apenas dos países da América Latina, toda a comunidade internacional tem de se preocupar “já que em última instância, um conflito na região poderia ter repercussões em escala global”.

Os Estados Unidos, através de ordens do presidente Donald Trump, promovem um cerco militar à Venezuela. Os norte-americanos têm a intenção de tirar Nicolás Maduro do poder, a quem acusam de chefiar um cartel narco-terrorista. Trump vem há semanas ameaçando invadir o território venezuelano.

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Política

Tarcísio mantém cassação da aposentadoria de fiscal da Fazenda acusado de corrupção

Governador se escorou em parecer do secretário da Pasta, Samuel Kinoshita, para negar provimento ao recurso da defesa

24/12/2025 17h30

Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo

Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo Foto: Arquivo

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O governador Tarcísio de Freitas manteve o decreto de cassação da aposentadoria do auditor fiscal da Fazenda do Estado de São Paulo Agostinho Ientile Júnior, sob suspeita de integrar esquema de propinas e de lavagem de dinheiro de empresas aliadas a um escritório de advocacia, cujos titulares, pai e filho, fizeram delação premiada.

Em seu despacho, publicado no dia 22, Tarcísio se escorou em parecer do secretário da Pasta, Samuel Kinoshita, para negar provimento ao recurso da defesa, 'ficando mantida a decisão impugnada por seus próprios e jurídicos fundamentos'.

O advogado José Márcio Rielli, que representa o fiscal, disse que a decisão que mantém seu cliente fora dos quadros da Receita estadual e sem direito à remuneração de R$ 42 mil mensais 'é mais uma injustiça por falta de olhares analíticos da Corregedoria da Fiscalização Tributária e da Administração'.

"Manisfestaram-se sem conformidade técnica das provas juntadas aos autos", protesta Rielli. "As provas restringem-se a meras narrativas sem fundamentação. Sinto profundamente que os corregedores tenham distorcido interpretações e nenhuma análise mais articulada das provas."

Agostinho Ientile Júnior foi alvo da Operação Triuno, deflagrada pela Polícia Federal em 2020. Em meio às investigações, ele se aposentou. Em fevereiro, porém, sua aposentadoria foi cassada por Kinoshita.

A Corregedoria da Fiscalização Tributária atribui a Agostinho crimes contra a administração pública, enriquecimento ilícito e recebimento de propinas. A cassação da aposentadoria resultou na imediata suspensão dos salários que o fiscal vinha recebendo dos cofres públicos - R$ 42,3 mil, segundo dados do Portal da Transparência.

Delação

A Operação Triuno teve como ponto de partida informações de dois advogados, pai e filho, em delação premiada homologada pela Justiça.

Os advogados revelaram como usaram seu próprio escritório e outras empresas controladas pela família para servir a companhias envolvidas em lavagem de dinheiro e operacionalização de propinas a servidores públicos.

A investigação revelou que uma empresa de tecnologia fez parte do grupo interessado nos 'serviços' do escritório. Segundo a PF, o escritório foi usado para pagar propinas a Agostinho por meio de contratos falsos de prestação de serviços advocatícios.

A PF afirma que o próprio fiscal procurou os advogados em uma ocasião e "solicitou a elaboração de um 'projeto' para a geração de recursos em espécie".

Antes da delação, os federais apreenderam celulares e computadores dos advogados. Os investigadores encontraram planilhas com o contato de Agostinho, o que, segundo a PF, corrobora a versão contada posteriormente pelos delatores.

O fiscal teria recebido propinas para fazer vista grossa à sonegação de ICMS pela empresa de tecnologia. A defesa afirma que Agostinho nunca participou de fiscalizações envolvendo a companhia.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO JOSÉ MÁRCIO RIELLI

"Mais uma injustiça cometida por falta de olhares analíticos da Corregedoria da Fiscalização Tributária e da Administração. Manisfestaram-se sem conformidade técnica das provas juntadas aos autos.

As provas restringem-se a meras narrativas sem fundamentação. Sinto profundamente que os corregedores tenham distorcido interpretações e nenhuma análise mais articulada das provas. Sinceramente, é uma total decepção, pois não houve nenhuma adequação à interpretação dos fatos.

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