Política

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Envolvimento de deputado com PCC arranha ainda mais imagem do PT

Envolvimento de deputado com PCC arranha ainda mais imagem do PT

r7

10/06/2014 - 12h00
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Em pleno ano eleitoral, a imagem do PT, já desgastada pelo julgamento do mensalão, que levou alguns de seus principais dirigentes à cadeia, se arranha ainda mais. Nos primeiros cinco meses de 2014, surgiram casos que ligam figuras petistas ao PCC (Primeiro Comando da Capital — facção que comanda o crime organizado de dentro dos presídios em São Paulo) e ao doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal acusado de liderar um esquema que desviou mais de R$ 10 bilhões.

No caso mais gritante, o deputado estadual Luiz Moura (SP) foi flagrado por policiais em uma reunião com sindicalistas na garagem de uma cooperativa na qual também estavam dezoito membros da facção criminosa. A reunião foi descoberta quando Policiais do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) apuravam os ataques a ônibus na cidade. O setor de transporte é investigado pela polícia por suspeita de lavagem de dinheiro do crime organizado.

Tendo base política na Zona Leste da capital paulista, consolidada em grande parte com o apoio de cooperativas de perueiros, Moura é apadrinhado pelo político que mantém íntimas relações com essa categoria, o também petista Jilmar Tatto, deputado federal e atual secretário municipal de Transportes do governo Fernando Haddad.

Ex-assaltante

Antes dessa ligação com o PCC, Moura já tinha enfrentado problemas com a Justiça. Ex-assaltante, ele fugiu da cadeia em 1993 e passou os dez anos seguintes foragido, até ser levado ao PT por seu irmão, o vereador Senival Moura. Tentando minimizar o impacto, a Executiva Estadual do PT suspendeu a filiação do deputado por 60 dias.

Com isso, acabaram as chances de Moura à reeleição, já que ele não poderá participar da Convenção Estadual petista, quando o partido distribuirá legendas aos candidatos em São Paulo.

Em pronunciamento dado na semana passada na Assembleia Legislativa de São Paulo, o petista se justificou dizendo que estava na reunião da cooperativa com membros do PCC apenas para impedir a greve dos motoristas de ônibus.

— Querer me atribuir um crime dessa magnitude, me envolver com facção criminosa, é um absurdo. O que estão fazendo comigo e minha família é imoral. Pesa ainda contra o PT, nesse caso, o interesse que a cúpula do partido tinha em Moura e sua influência junto às cooperativas de transporte.

Em 2010, diversos membros do mais alto escalão doaram dinheiro para a campanha do deputado. Figuram na lista, além do padrinho Jilmar Tatto, os ministros Marta Suplicy (Cultura) e Aloizio Mercadante (Casa Civil), os ex-deputados João Paulo Cunha e José Genoino, ambos presos por sua participação no mensalão, e os deputados federais Cândido Vaccarezza, Devanir Ribeiro, Arlindo Chinaglia e Carlos Zarattini.

Outro “ilustre” doador da campanha de Moura foi o ex-presidiário Claudemir Augusto Carvalho, condenado por roubo e apontado pela polícia como um dos membros do PCC.

Patrimônio

Também chama a atenção a evolução patrimonial do petista. Em janeiro de 2005, como forma de conseguir sua reabilitação criminal, Moura assinou um atestado de pobreza no qual afirmava que não tinha condições financeiras de ressarcir a vítima do assalto que praticou em 1993. A vítima em questão é um supermercado, do qual o petista roubou R$ 2,4 mil.

Além disso, o petista apresentou declaração de Imposto de Renda de 2004 afirmando que no ano anterior teve rendimentos que somaram R$ 15,8 mil. O que equivale a ganhos de R$ 1,3 mil por mês.

Já em 2010, quando se candidatou pela primeira vez, Moura afirmou em sua declaração de bens entregue à Justiça Eleitoral possuir um patrimônio de R$ 5,1 milhões, dos quais R$ 4 milhões vinham de cotas de uma empresa de ônibus, além de cinco postos de gasolina, quatro casas e um ônibus.

Política

Lula sanciona alta de 8% em salários do Jucidiário em 2026, mas veta reajuste em 2027 e 2028

Texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

22/12/2025 19h00

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva Agência Brasil

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou o reajuste para os servidores do Poder Judiciário em 2026, mas vetou o aumento dos salários nos tribunais em 2027 e 2028. O texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

O projeto aprovado pelo Congresso Nacional prevê reajuste de 8% nos salários do Judiciário a partir de julho de 2026. Lula vetou aumentos idênticos previstos para julho de 2027 e julho de 2028.

"Em que pese a boa intenção do legislador, a proposição legislativa contraria o interesse público ao estabelecer aumento da despesa com pessoal com parcelas a serem implementadas em períodos posteriores ao final do mandato do Presidente da República, contrariando a vedação prevista no art. 21, caput, inciso IV, alínea b, da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal", justificou o Planalto.

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"Pé direito"

Gordinho do Bolsonaro pede boicote à Havaianas após comercial com Fernanda Torres

Deputado federal jogou chinelos no lixo e disse que irá passar virada do ano ouvindo Zezé de Camargo

22/12/2025 14h45

Foto: Divulgação

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Em polêmica que envolveu boa parte da direita, o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS), conhecido como "Gordinho do Bolsonaro" pediu boicote à Havainas após a atriz Fernanda Torres estrelar a nova propaganda da marca"alfinetando" indiretamente o espectro bolsonarista.

Na propaganda, a atriz afirma aos espectadores que não deseja que eles comecem o próximo ano "com o pé direito", fator que revoltou o deputado, que fez questão de descartar os chinelos em uma lixeira, gravar a ação e postar em suas redes sociais.

"Passei a minha vida inteira usando chinelo havaianas, mas infelizmente como eu não vou poder virar 2026 com o pé direito, aqui em casa vai pro lixo, havainas aqui na minha casa não entra mais, e tem outra vou passar a virada escutando Zezé de Camargo", destacou Gordinho. 

Abaixo, a íntegra da propaganda estrelada pela atriz. 

"Desculpa, mas eu não quero que você comece 2026 com o pé direito. Não é nada contra a sorte, mas vamos combinar: sorte não depende de você, depende de sorte. O que eu desejo é que você comece o ano novo com os dois pés. Os dois pés na porta, os dois pés na estrada, os dois pés na jaca, os dois pés onde você quiser. Vai com tudo, de corpo e alma, da cabeça aos pés. Havaianas, todo mundo usa, todo mundo ama", diz Fernanda, no comercial.

Vale destacar que o comercial gerou polêmica com outros políticos da direita. O "jogo de palavras" com a conhecida expressão popular significou, para Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG), entre outros, uma indireta ao espectro político da direita.

"Eu achava que isso aqui era um símbolo nacional. Já vi muito gringo com essa bandeirinha do Brasil no pé, só que eu me enganei, disse Eduardo, antes de qualificar Fernanda Torres como alguém 'declaradamente de esquerda'", disse em suas redes sociais.

Até a publicação desta matéria, a declaração do deputado conta com 155 mil curtidas e mais de 15 mil comentários. 

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