Política

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Escolha de Barbosinha para ser vice de Riedel pode azedar relação em Dourados

Prefeito de Dourados, Alan Guedes (PP) ainda não digeriu escolha do algoz nas eleições de 2020 para ser vice do tucano

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A escolha do deputado estadual José Carlos Barbosa, Barbosinha (PP), para ser vice na chapa do candidato Eduardo Riedel (PSDB) ao governo de Mato Grosso do Sul azedou o clima no PP de Dourados e também dentro da própria aliança no segundo maior colégio eleitoral do Estado.  

O prefeito de Dourados, Alan Guedes (PP), que já não nutria uma boa relação com Barbosinha desde que o deputado não o procurou para aparar as arestas após ter perdido nas eleições de 2020, desistiu até mesmo de participar da convenção de Eduardo Riedel na sexta-feira (5), quando ficou sabendo que Barbosinha seria o vice do candidato tucano.  

O Correio do Estado apurou que Alan Guedes estava em Campo Grande e chegou muito próximo do local onde foi realizada a convenção do PSDB. Mas, ao saber que Barbosinha seria vice de Eduardo Riedel, ficou negativamente surpreso com a notícia e decidiu não participar.  

“O Alan estava no carro, mas, ao saber da notícia, nem entrou na convenção”, disse uma fonte ao Correio do Estado.

“Vamos embora daqui”, afirmou Guedes ao saber que seu algoz em 2020 seria o vice de Riedel, candidato que apoia para o governo neste ano.  

Dois dias antes de Barbosinha ter sido anunciado como vice da chapa de Eduardo Riedel ao governo de Mato Grosso do Sul, Alan Guedes teria participado de um evento da pré-candidatura do tucano em Dourados, que contou com a presença de mais de 1.500 pessoas.  

No gabinete de Alan Guedes, a leitura é de que, em uma eventual vitória de Eduardo Riedel, o governo do Estado poderia apoiar Barbosinha para prefeito de Dourados em uma disputa contra Guedes, que pretende tentar a reeleição em 2024. O prefeito de Dourados não teria aceitado bem a decisão de última hora do PSDB.  

Até a noite de quinta-feira (4), os tucanos tinham o acordo para lançar um vice do Republicanos, e a pessoa seria de Dourados. O nome mais cotado era o do bispo Marcos Vitor, da Igreja Sara Nossa Terra.  

Na sexta-feira (6), pela manhã, Barbosinha chegou a ser lançado candidato a deputado estadual pelo PP, mas logo em seguida recebeu o convite para ser vice de Riedel. Ele aceitou prontamente.  

Na região da Grande Dourados e até mesmo dentro do próprio partido, Barbosinha não teria vida fácil. Nestas eleições, disputaria voto com nomes como Marçal Filho, Londres Machado e Gerson Claro. O partido ainda tem Evander Vendramini, de Corumbá, que também tentará a reeleição.  

Relações

A relação entre Alan Guedes, o candidato a governador Eduardo Riedel e o governador Reinaldo Azambuja é boa, conforme informaram pessoas de Dourados ligadas ao prefeito. 

Pudera, o governo de Mato Grosso do Sul executou obras importantes na cidade, as quais ajudaram a melhorar a popularidade do atual prefeito, como o recapeamento de avenidas principais.  

A situação com Barbosinha, porém, é diferente. Segundo a fonte informou ao Correio do Estado, Barbosinha até hoje “não teria descido do palanque e não teria engolido a derrota para Alan Guedes”.  

Quando Guedes venceu Barbosinha, ele já estava no PP, e o deputado, que teve o apoio do governo, estava no antigo DEM.  

A fusão do DEM com o PSL, que deu origem ao União Brasil, fez Barbosinha seguir a deputada federal e candidata ao Senado Tereza Cristina e, ao mesmo tempo, ser obrigado a conviver com Alan Guedes no mesmo partido e na mesma cidade.

Política

Alckmin diz que é cedo para falar sobre eleições de 2026 e defende debate sobre escala 6x1

Alckmin é cotado para seguir como vice de Lula em 2026, mas seu nome começou a aparecer bem posicionado em pesquisas de intenção de voto para o Palácio dos Bandeirantes

19/12/2025 19h00

Vice-presidente, Geraldo Alckmin

Vice-presidente, Geraldo Alckmin Crédito: Fábio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil

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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou a jornalistas nesta sexta-feira, 19, que ainda é cedo para falar sobre as eleições de 2026 e não deu pistas sobre seus planos políticos. "Esse é um tema para o próximo ano. Está chegando", disse. Indagando se tem conversado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o assunto, ele se limitou a responder: "É cedo ainda".

Alckmin é cotado para seguir como vice de Lula em 2026, mas seu nome começou a aparecer bem posicionado em pesquisas de intenção de voto para o Palácio dos Bandeirantes.

Escala 6x1

Sobre a proposta do fim da jornada de seis dias de trabalho e um de folga, a escala 6x1, muito criticada pela indústria, Alckmin disse que há uma tendência no mundo inteiro de redução de jornada. "Se eu consigo fazer mais, mais produtos, aumentar a produção, com menos gente, utilizando robô, inteligência artificial, digitalização, é natural. No mundo inteiro, a tendência é de redução de jornada de trabalho", sustentou.

"Se você faz isso para todos, ou vai fazendo por setores mais avançados da economia, essa é uma discussão que cabe ao Parlamento e à sociedade fazê-la. Mas é uma tendência mundial hoje, redução de jornada de trabalho", completou.

ReData

Alckmin ainda fez algumas ponderações sobre o Regime Especial de Tributação para Serviços de Datacenter (ReData), alegando que a medida provisória (MP) que o instituiu não foi votada. "Porque esperava-se votar junto com o PL da Inteligência Artificial. Como não aprovou, ficou para o começo do ano. Mas esperamos que aprove, se possível, em fevereiro." Ele disse que o Redata vai trazer muito data center e investimentos de altíssimo valor para o Brasil.

 

Política

Justiça revoga tornozeleira de ex-vereador Cláudinho Serra, mas mantém restrições

Em decisão sobre a Operação Tromper, juiz de Sidrolândia nega pedido de pernoite em fazenda para Serra, citando gravidade dos crimes, mas autoriza deslocamentos diurnos para trabalho

19/12/2025 13h50

Vereador afastado após ser acusado de corrupção, Claudinho Serra (PSDB), lê a Bíblia Sagrada durante sessão da Câmara

Vereador afastado após ser acusado de corrupção, Claudinho Serra (PSDB), lê a Bíblia Sagrada durante sessão da Câmara Divulgação

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O juiz Bruce Henrique dos Santos Bueno Silva, da Vara Criminal de Sidrolândia, revogou o monitoramento por tornozeleira eletrônica do ex-vereador Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho, o "Claudinho Serra” (PSDB) e de Cleiton Nonato Correia, proprietária da GC Obras, e Carmo Name Júnior, todos investigados no âmbito da Operação Tromper por crimes de fraude em licitações, corrupção e lavagem de dinheiro.

Apesar da retirada do equipamento, o magistrado manteve uma série de outras medidas cautelares, como o recolhimento domiciliar noturno e a proibição de frequentar bares, e negou pedidos mais amplos de flexibilização, citando a gravidade das acusações e o risco à ordem pública. A decisão também revelou que a Fazenda Divisa, de propriedade de Serra, foi identificada nas investigações como um "possível local de ocultação de valores ilícitos".

A decisão analisou pedidos individuais de Cláudinho e Cleiton Correia, que buscavam adequar as medidas cautelares às suas rotinas profissionais e pessoais.

O ex-vereador e ex-secretário de finanças de Sidrolândia solicitou autorização para pernoitar por até oito dias em sua Fazenda Divisa, em Anastácio, alegando que o deslocamento diário de mais de cinco horas a partir de sua residência em Campo Grande seria inviável. Ele argumentou que a medida era apenas uma adequação à sua atividade laboral.

Já Cleiton Correa fez dois pedidos: a extensão do horário de recolhimento noturno até as 22h30 para participar de cultos religiosos e a autorização para viajar e pernoitar em São Gabriel do Oeste, onde sua empresa, a GC Obras de Pavimentação Asfáltica, possui contratos ativos.

O Ministério Público Estadual se manifestou contra todos os pedidos, argumentando que as flexibilizações comprometeriam o controle judicial e que a fazenda de Serra era um local suspeito na investigação.

O juiz indeferiu o pedido de pernoite, concordando com o MPMS de que a fazenda é um ponto sensível da investigação. Ele destacou que a administração de um empreendimento agropecuário pode ser “feita por prepostos” e que a conveniência pessoal do réu não pode se sobrepor à necessidade de vigilância rigorosa em um caso de "elevada gravidade e repercussão".

No entanto, o juiz autorizou Serra a se deslocar diariamente para a fazenda, desde que retorne à sua residência em Campo Grande até as 22h30 para cumprir o recolhimento noturno.
Para Cleiton Correia, o pedido foi acolhido parcialmente. O juiz estendeu o horário de recolhimento para as 22h30, reconhecendo o direito fundamental à liberdade religiosa e considerando que a ampliação de 30 minutos era "mínima" e não comprometeria a fiscalização.

O deslocamento para São Gabriel do Oeste foi autorizado apenas durante o dia, sendo vedado o pernoite fora da comarca. O juiz ponderou o direito ao trabalho com o risco de fuga, dada a proximidade de MS com fronteiras internacionais.

A surpresa da decisão foi a revogação, de ofício, do monitoramento eletrônico para Serra, Correia e Carmo Name Júnior, assessor de Claudinho. O juiz argumentou que, com as flexibilizações de deslocamento entre municípios, a fiscalização via tornozeleira se torna "de execução operacional complexa", especialmente em áreas rurais.

"A imposição da monitoração em tais moldes, longe de assegurar o fim cautelar pretendido, pode gerar tumulto processual, mediante instauração de incidentes indevidos por alegado ou suposto descumprimento", afirmou o magistrado.

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