Política

ASSITÊNCIA EM BRASÍLIA

Escolhido nesta segunda, defensor público será ponte entre familiares de MS e presos em Brasília

Defensor-Geral esclareceu que canal será apenas para acompanhar situação do preso, mas não fará parte da defesa

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Após anunciar a abertura de um canal na Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul para atender familiares de pessoas que estão detidas em Brasília, por suposto envolvimento nos atos de vandalismo nos prédios dos Três Poderes, em Brasília, uma publicação no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul, desta segunda-feira (16), divulgou a designação do defensor público Rodrigo Stochiero para gerenciar tal canal. 

Ao Correio do Estado o Defensor-Público Geral do Estado, em exercício, Homero Medeiros, explicou que o órgão irá trabalhar apenas para manter a comunicação entre parentes e quem está preso na capital federal, já que a defesa de acusados sem condições financeiras para arcar com as custas judiciárias será feita pela Defensoria Pública de Brasília ou pela Defensoria-Geral da União, dependendo de cada caso. 

“As pessoas vão mandar um e-mail e este canal de comunicação vai entrar em contato com a Defensoria de Brasília ou da União, dependendo de quem irá fazer a defesa. Assim, o familiar poderá saber como está a situação do preso e a situação processual, mas a defesa não será feita por aqui”, esclareceu. 

Medeiros também aponta que o canal está aberto desde quinta-feira (11) e já recebeu duas demandas para acompanhar a situação de dois acusados de participação nos atos de vandalismo ocorridos no dia 08. 

O defensor ainda esclarece que esta ação será feita a nível nacional, ou seja, todas as Defensorias estaduais irão disponibilizar este canal de comunicação entre a família e acusados presos em Brasília, coordenados pelo Conselho Nacional de Defensores Públicos. 

Como já mostrado pelo Correio do Estado, na sexta-feira passada (13), Medeiros esteve reunido com o governador de MS, Eduardo Riedel (PSDB) e o com o presidente da seccional regional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS), Bito Pereira para trata sobre o assunto. 

Na ocasião, o defensor público afirmou que  está sendo montada uma força-tarefa para que as audiências de custódias dos acusados sejam realizadas, bem como para vistoriar as condições prisionais de cada unidade onde essas pessoas estão detidas. 

Por outro lado, o órgão esclarece que, embora esteja atuando nos casos para garantir o direito à ampla defesa, a Defensoria Pública de MS repudia o vandalismo ocorrido em Brasília. 

“O fato da Defensoria implementar o canal de comunicação não quer dizer que o órgão apoia qualquer tipo de crime ou ofensa ao estado democrático de direito, bem como repudia a ação. Entendemos que todos têm direito à ampla defesa e ao contraditório”, pontuou.

 

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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