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"Estou pronta para cumprir missões políticas", diz Simone sobre candidatura em 2026

Conforme a ministra, o atual cenário econômico internacional, interfere no processo eleitoral brasileiro e mundial

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Nesta quarta-feira (30), a Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que está disponível para novos desafios políticos em 2026. “Se o Brasil for bem, Mato Grosso do Sul vai bem, se o Brasil for mal, Mato Grosso do Sul também sofre, e se tiver que cumprir alguma missão política, eu tô pronta pra servir”, disse ela em coletiva de imprensa.

Na ocasião, ela afirmou que, ainda é cedo para tratar sobre o assunto, principalmente diante do atual cenário econômico internacional, que, de modo geral, impacta o Brasil e o Mato Grosso do Sul. “Estamos em um momento de incerteza global após a eleição do presidente Trump, tentando colocar uma nova ordem mundial, e ele tem o direito de fazer isso dentro do seu país, mas estamos falando dos Estados Unidos, que é a maior potência do mundo o segundo maior parceiro comercial do Brasil. Essa realidade criou e está criando um momento de muita incerteza, inclusive para a nossa equipe econômica”, explicou.

Simone ainda ressaltou, que há pelo menos 60 dias, o Governo está focado nos movimentos internacionais. “O que acontece lá, impacta o dólar aqui, impacta o preço da inflação, dos alimentos. Então a gente não tá tratando ainda de eleição”, afirmou.

A declaração aconteceu durante um evento de assinatura de um termo que oficializou a construção de 479 unidades habitacionais por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) nas modalidades Rural e Entidades, conforme já foi divulgado pelo Correio do Estado.

Ainda conforme a ministra, o atual cenário, interfere no processo eleitoral brasileiro e mundial, principalmente para quem tem eleição para Presidente da República em 2025 e 2026, mas enfatizou que, pretende continuar servindo Brasil e Mato Grosso do Sul. “Se o presidente Lula entender que eu tenho que ficar até 31 de dezembro de 2026 no meu cargo, eu vou ficar como ministra, afinal de contas é um prazer servir Mato Grosso através do Ministério do Planejamento e Orçamento, portanto servindo o Brasil”, afirmou.

Para a imprensa, Tebet ainda falou que tem uma grande experiência política e se sente tranquila para enfrentar novos desafios. “Eu já tenho uma experiência de vários mandatos que me permitem ter aquela tranquilidade de ter sensação de dever cumprido, então isso me tranquiliza para enfrentar desafios toda a coragem, com todo o amor que eu tenho pelo Estado e pelo Brasil”, afirmou.

Ainda sobre as eleições, Simone ressaltou que, no próximo semestre desse ano terá uma resposta mais assertiva sobre os planos para 2026. “Antes desse passo, alguns movimentos precisam ser analisados, como as federações partidárias. Então vamos aguardar esses movimentos, que podem acontecer até um ano antes da eleição, ou seja, até outubro deste ano, e depois vamos desenvolver todo um trabalho voltado para 2026”, explicou.

GOVERNO DEMOCRÁTICO

Durante a entrevista, a Ministra do Planejamento e Orçamento enalteceu o trabalho democrático do governador Eduardo Riedel, que segundo ela, não é um governador radical, mesmo sendo da oposição.

“Ele é o governador do diálogo, e é um dos que mais se reúne com o Governo Federal para dialogar, para defender os interesses de Mato Grosso do Sul, e talvez seja por isso que através do diálogo, ele é o que mais consegue políticas públicas e recursos orçamentários proporcionalmente falando para Mato Grosso do Sul”, afirmou.

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Alckmin diz que é cedo para falar sobre eleições de 2026 e defende debate sobre escala 6x1

Alckmin é cotado para seguir como vice de Lula em 2026, mas seu nome começou a aparecer bem posicionado em pesquisas de intenção de voto para o Palácio dos Bandeirantes

19/12/2025 19h00

Vice-presidente, Geraldo Alckmin

Vice-presidente, Geraldo Alckmin Crédito: Fábio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil

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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou a jornalistas nesta sexta-feira, 19, que ainda é cedo para falar sobre as eleições de 2026 e não deu pistas sobre seus planos políticos. "Esse é um tema para o próximo ano. Está chegando", disse. Indagando se tem conversado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o assunto, ele se limitou a responder: "É cedo ainda".

Alckmin é cotado para seguir como vice de Lula em 2026, mas seu nome começou a aparecer bem posicionado em pesquisas de intenção de voto para o Palácio dos Bandeirantes.

Escala 6x1

Sobre a proposta do fim da jornada de seis dias de trabalho e um de folga, a escala 6x1, muito criticada pela indústria, Alckmin disse que há uma tendência no mundo inteiro de redução de jornada. "Se eu consigo fazer mais, mais produtos, aumentar a produção, com menos gente, utilizando robô, inteligência artificial, digitalização, é natural. No mundo inteiro, a tendência é de redução de jornada de trabalho", sustentou.

"Se você faz isso para todos, ou vai fazendo por setores mais avançados da economia, essa é uma discussão que cabe ao Parlamento e à sociedade fazê-la. Mas é uma tendência mundial hoje, redução de jornada de trabalho", completou.

ReData

Alckmin ainda fez algumas ponderações sobre o Regime Especial de Tributação para Serviços de Datacenter (ReData), alegando que a medida provisória (MP) que o instituiu não foi votada. "Porque esperava-se votar junto com o PL da Inteligência Artificial. Como não aprovou, ficou para o começo do ano. Mas esperamos que aprove, se possível, em fevereiro." Ele disse que o Redata vai trazer muito data center e investimentos de altíssimo valor para o Brasil.

 

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Justiça revoga tornozeleira de ex-vereador Cláudinho Serra, mas mantém restrições

Em decisão sobre a Operação Tromper, juiz de Sidrolândia nega pedido de pernoite em fazenda para Serra, citando gravidade dos crimes, mas autoriza deslocamentos diurnos para trabalho

19/12/2025 13h50

Vereador afastado após ser acusado de corrupção, Claudinho Serra (PSDB), lê a Bíblia Sagrada durante sessão da Câmara

Vereador afastado após ser acusado de corrupção, Claudinho Serra (PSDB), lê a Bíblia Sagrada durante sessão da Câmara Divulgação

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O juiz Bruce Henrique dos Santos Bueno Silva, da Vara Criminal de Sidrolândia, revogou o monitoramento por tornozeleira eletrônica do ex-vereador Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho, o "Claudinho Serra” (PSDB) e de Cleiton Nonato Correia, proprietária da GC Obras, e Carmo Name Júnior, todos investigados no âmbito da Operação Tromper por crimes de fraude em licitações, corrupção e lavagem de dinheiro.

Apesar da retirada do equipamento, o magistrado manteve uma série de outras medidas cautelares, como o recolhimento domiciliar noturno e a proibição de frequentar bares, e negou pedidos mais amplos de flexibilização, citando a gravidade das acusações e o risco à ordem pública. A decisão também revelou que a Fazenda Divisa, de propriedade de Serra, foi identificada nas investigações como um "possível local de ocultação de valores ilícitos".

A decisão analisou pedidos individuais de Cláudinho e Cleiton Correia, que buscavam adequar as medidas cautelares às suas rotinas profissionais e pessoais.

O ex-vereador e ex-secretário de finanças de Sidrolândia solicitou autorização para pernoitar por até oito dias em sua Fazenda Divisa, em Anastácio, alegando que o deslocamento diário de mais de cinco horas a partir de sua residência em Campo Grande seria inviável. Ele argumentou que a medida era apenas uma adequação à sua atividade laboral.

Já Cleiton Correa fez dois pedidos: a extensão do horário de recolhimento noturno até as 22h30 para participar de cultos religiosos e a autorização para viajar e pernoitar em São Gabriel do Oeste, onde sua empresa, a GC Obras de Pavimentação Asfáltica, possui contratos ativos.

O Ministério Público Estadual se manifestou contra todos os pedidos, argumentando que as flexibilizações comprometeriam o controle judicial e que a fazenda de Serra era um local suspeito na investigação.

O juiz indeferiu o pedido de pernoite, concordando com o MPMS de que a fazenda é um ponto sensível da investigação. Ele destacou que a administração de um empreendimento agropecuário pode ser “feita por prepostos” e que a conveniência pessoal do réu não pode se sobrepor à necessidade de vigilância rigorosa em um caso de "elevada gravidade e repercussão".

No entanto, o juiz autorizou Serra a se deslocar diariamente para a fazenda, desde que retorne à sua residência em Campo Grande até as 22h30 para cumprir o recolhimento noturno.
Para Cleiton Correia, o pedido foi acolhido parcialmente. O juiz estendeu o horário de recolhimento para as 22h30, reconhecendo o direito fundamental à liberdade religiosa e considerando que a ampliação de 30 minutos era "mínima" e não comprometeria a fiscalização.

O deslocamento para São Gabriel do Oeste foi autorizado apenas durante o dia, sendo vedado o pernoite fora da comarca. O juiz ponderou o direito ao trabalho com o risco de fuga, dada a proximidade de MS com fronteiras internacionais.

A surpresa da decisão foi a revogação, de ofício, do monitoramento eletrônico para Serra, Correia e Carmo Name Júnior, assessor de Claudinho. O juiz argumentou que, com as flexibilizações de deslocamento entre municípios, a fiscalização via tornozeleira se torna "de execução operacional complexa", especialmente em áreas rurais.

"A imposição da monitoração em tais moldes, longe de assegurar o fim cautelar pretendido, pode gerar tumulto processual, mediante instauração de incidentes indevidos por alegado ou suposto descumprimento", afirmou o magistrado.

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