Política

VERIFICADO

Ex-candidato do PRTB de MS diz ser "petista e corrupto" e vídeo engana nas redes

Postagens nas mais diversas redes sociais ligam imagem de Valdecir Hanauer ao líder do MST, João Pedro Stédile

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Postado inicialmente em uma conta do TikTok, o vídeo do ex-candidato a deputado federal pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) de Mato Grosso do Sul, Valdecir Hanauer, em que ele aparece em uma piscina e se diz "petista e corrupto" virou alvo de verificação das mais diversas agências de checagem, após uma série de publicações relacionarem sua imagem à do líder nacional do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), João Pedro Stédile. 

Publicado em 16 de março, no vídeo ele - que se descreve nas redes sociais como "patriota e amigo do povo" - aparece com bebidas a sua frente, chamando apoiadores do Partido dos Trabalhadores (PT) de "burros", "incapacitados" e "trouxas". 

Entretanto, já na rede social antigamente conhecida como "Twitter", esse material de Hanauer começou ser compartilhado com a legenda: "O nome dele é João Pedro Stedile. Líder Nacional do MST, olha ele bêbado o que fala…", conforme apuração nacional do Projeto Comprova. 

Ainda, sobre a alcance das postagens, o Projeto Comprova aponta que, até ontem (27) o vídeo já somava 97,8 mil visualizações no TikTok, enquanto a agência de checagem, Aos Fatos, estima que as publicações acumulavam centenas de compartilhamentos no Facebook e mais de duas mil curtidas no Instagram até a terça-feira (26). 

Hanauer e Stédile

Nascido em Medianeira (PR), nas eleições de 2022 pelo PRTB (com o número 2833), Valdecir Hanauer recebeu 1.639 votos, cerca de 0,12% do percentual válido, conforme dados dos tribunais eleitorais, porém, não foi eleito. 

Mais recente, Hanauer já não consta como ligado ao PRTB, sendo atualmente filiado ao partido Democracia Cristã. Em esclarecimento às agências, Valdecir disse se tratar de uma sátira, e ainda ontem (27) ele postou um novo vídeo tratando da ligação de sua imagem ao novo de João Pedro Stédile.

Dizendo que o vídeo com a legenda que liga seu nome ao líder do MST circulou "no planeta inteiro", ele comenta que não se parece com Stédile e afirma que "é responsável pelo o que fala, não pelo o que você entende". 

Importante esclarecer que João Pedro Stédile, em 1984, participou da fundação do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) ao lado de amigos, sendo ligado há tempos à questão agrária e conflitos por terra, uma vez que desde 1979 assessorava a Comissão Pastoral da Terra (CPT).  

 

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Chapadão do Sul

Justiça suspende eleição da mesa diretora de Câmara de Vereadores por suspeita de fraude e "pacto"

Em decisão liminar, Juiz Silvio Prado acata pedido do vereador Marcel D'Angelis e aponta "robustos indícios" de acordo clandestino, promessa de emprego a suplente e violação do processo democrático

18/12/2025 18h00

Justiça suspende eleição da mesa diretora de Câmara de Vereadores de Chapadão do Sul

Justiça suspende eleição da mesa diretora de Câmara de Vereadores de Chapadão do Sul Divulgação

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O Juiz Silvio Prado, da 1ª Vara Cível de Chapadão do Sul, deferiu tutela de urgência e suspendeu a eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal, realizada em 6 de outubro de 2025.

A liminar, proferida em uma ação anulatória movida pelo vereador Marcel D'Angelis Ferreira Silva (PP), foi baseada em "robustos indícios" de esquema que teria fraudado o processo democrático interno.

As acusações, sustentadas por uma gravação audiovisual registrada em Ata Notarial, incluem a combinação prévia de votos, a promessa de um cargo em troca de apoio político, a antecipação inconstitucional do pleito e a criação de um "pacto plurianual" para dividir a presidência da Casa nos anos de 2026, 2027 e 2028.

O juiz advertiu que o descumprimento da suspensão acarretará multa diária, pessoal e solidária de R$ 50.000,00 contra os vereadores réus, além de possível comunicação por ato de improbidade administrativa.

A ação, ajuizada pelo vereador Marcel D'Angelis, alega que a eleição de 6 de outubro foi apenas uma "mera homologação" de um acordo selado em uma reunião privada ocorrida quase um mês antes, em 10 de setembro de 2025.

Uma gravação dessa reunião, cuja transcrição consta nos autos, revelou diálogos que, segundo o juiz, "evidenciam práticas absolutamente incompatíveis com o regime constitucional".

A eleição pública teria se tornado um "teatro institucional", como descreveu o magistrado, para formalizar um resultado já definido em segredo.

Uma das falas transcritas na ata notarial é categórica: "A sessão do dia 06 é só para confirmar. Não tem surpresa". Para o juiz, isso representa um "claro abuso institucional" e uma fraude procedimental.

A gravação revela um suposto acordo para garantir o voto de uma vereadora suplente. Em troca do apoio, ela teria recebido a garantia de um emprego por três anos.

A transcrição é explícita: "A Inês vai votar com a gente... mas ela pediu garantia de emprego por três anos. Já acertamos isso."

O juiz classificou a afirmação como uma "aparente compra ilícita de apoio político", que viola a moralidade administrativa e configura abuso de poder.

 

Política

Mesa da Câmara decide cassar Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem

Decisão foi tomada por conta de faltas de Eduardo e da condenação de Ramagem pelo STF

18/12/2025 17h09

Alexandre Ramagem

Alexandre Ramagem Foto: Câmara dos Deputados

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A Mesa diretora da Câmara dos Deputados decidiu cassar os deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). A informação foi confirmada ao Estadão/Broadcast por integrantes da direção da casa legislativa.

Os dois deputados estão fora do País. Eduardo Bolsonaro está autoexilado nos Estados Unidos. Alexandre Ramagem, condenado pelo Supremo Tribunal Federal, está foragido, também nos EUA.

O líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcanti (RJ), manifestou contrariedade com a decisão. Ele relatou que às 16h40 recebeu uma ligação do presidente da Câmara, Hugo Motta, comunicando a decisão da Mesa pela cassação dos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Sóstenes disse lamentar a medida e sustentou que ela “representa mais um passo no esvaziamento da soberania do Parlamento”.

“Não se trata de um ato administrativo rotineiro. É uma decisão política que retira do plenário o direito de deliberar e transforma a Mesa em instrumento de validação automática de pressões externas. Quando mandatos são cassados sem o voto dos deputados, o Parlamento deixa de ser Poder e passa a ser tutelado”, escreveu, no X.

O ato oficial da cassação foi publicado no Diário Oficial da Câmara no final da tarde desta quinta-feira.

De acordo com relatos, os membros da Mesa Diretora realizaram a votação nesta quinta-feira, 18, após a apresentação de dois relatórios favoráveis à cassação, de autoria do 1º secretário, deputado Carlos Veras (PT-PE).

O petista fundamentou a defesa da cassação de Eduardo com base no número de faltas e de Ramagem está vinculada à condenação pelo STF por tentativa de golpe de Estado. O ato que oficializou a decisão de cassação de Ramagem cita que ele não terá condições de comparecer às sessões da Câmara, numa referência à condenação do STF. Nesta quarta-feira, 17, o prazo para a apresentação das defesas dos dois parlamentares se encerrou.

Ramagem foi condenado pelo STF a 16 anos e 1 mês de reclusão por participação na trama golpista. Ele estava proibido de sair do País, mas fugiu para os EUA.

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