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Fábio Trad deve assumir função para indicar nomes do PSD a cargos federais

Sigla comanda ministérios da Agricultura (Carlos Fávaro), da Pesca (André de Paula) e de Minas e Energia (Alexandre Silveira)

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O ex-deputado federal sul-mato-grossense Fábio Trad, que assumiu cargo de gerente de Auditoria e Controle da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) a convite do presidente Marcelo Freixo, terá mais uma função dentro do governo Lula em Mato Grosso do Sul.

Segundo fontes ouvidas pelo Correio do Estado, Fábio Trad deve ser procurado pelo PSD para ser o responsável no Estado de indicar os nomes do partido para ocupar os cargos federais do segundo e terceiro escalão vinculados aos ministérios ocupados por representantes do partido.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nomeou para os ministérios da Agricultura e Pecuária, da Pesca e de Minas e Energia os seguintes filiados ao PSD, respectivamente, Carlos Fávaro, André de Paula e Alexandre Silveira.

Agora, caberá a Fábio Trad ser o interlocutor junto ao deputado federal Vander Loubet (PT-MS), atual coordenador da bancada federal do Estado, que recebeu a responsabilidade do PT para definir os futuros ocupantes dos cargos federais de segundo e terceiro escalão em MS por indicados dos partidos aliados.

Os partidos que compõem a base de sustentação do governo Lula devem ser procurados pelo PT para a indicação dos cargos regionais correspondentes aos ministérios onde são os titulares das pastas.

A ideia é formatar o quadro de indicações com as alas das legendas aliadas que se posicionaram em favor da candidatura de Lula nas eleições presidenciais no primeiro e no segundo turno.

De acordo com as fontes ouvidas pela reportagem, Fábio Trad teria sido indicado pelo presidente estadual do PSD, senador Nelsinho Trad, que não se sentiria confortável com tal função, depois que apoiou a candidatura do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) nos dois turnos das eleições do ano passado.

Com isso, Vander Loubet precisará procurar o ex-deputado federal Fábio Trad, que foi um dos integrantes do PSD em Mato Grosso do Sul que apoiou a candidatura de Lula nos dois turnos do pleito de 2022 e sempre manteve postura crítica ao governo anterior. 

Caberá ao atual gerente de auditoria e controle da Embratur a missão de indicar os filiados da ala do PSD que sempre estiveram do lado de Lula.

O Correio do Estado foi informado que o PSD precisa compor de forma harmônica com o atual governo o provimento dos cargos regionais ligados aos ministérios comandados pelo partido, para evitar ruídos que possam chegar a Brasília (DF) de forma desnecessária.

APARAR ARESTAS

A intenção, conforme foi revelado à reportagem, é evitar que nomes declaradamente bolsonaristas venham a ser contemplados com cargos federais em detrimento daqueles que sempre estiveram do lado de Lula em Mato Grosso do Sul.

Recentemente, Vander Loubet, em uma clara demonstração de aproximação com o PSDB, manteve Euro Nunes Varanis Júnior como superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Mato Grosso do Sul. 

Ele foi efetivado no comando do órgão federal em 2020 pelo então ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes (Republicanos), que atualmente é governador de São Paulo, eleito com apoio de Bolsonaro.

O deputado federal confirmou ao Correio do Estado que a manutenção de um bolsonarista no comando do Dnit foi um pedido pessoal do governador Eduardo Riedel (PSDB). 

“O Euro Nunes era um nome defendido pelo governador, então, analisamos a situação. Ele é servidor de carreira do Dnit e se colocou à disposição para contribuir com o governo e com as pautas que nossa bancada defende”, afirmou.

Saiba: Natural de Campo Grande, o advogado e professor universitário Fábio Ricardo Trad é do partido PSD de Mato Grosso do Sul e, atualmente, ocupa o cargo de gerente de Auditoria e Controle da Embratur.

Ele foi deputado federal pelo MDB de 2011 a 2015, depois foi deputado federal pelo MDB de 2015 a 2019 e deputado federal pelo PSD de 2019 a  2023, não conseguindo a reeleição no ano passado.

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ACEITOU

Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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