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Federação de MDB e Republicanos pode ganhar reforço do PSD, revela Rocha

O secretário de Estado da Casa Civil de MS participou de reuniões em Brasília para bater o martelo sobre essa união partidária

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A federação que deve ser formada entre MDB e Republicanos está praticamente fechada e ainda pode ganhar o reforço do PSD, tornando-se, dessa forma, a maior bancada da Câmara dos Deputados, com 133 deputados federais (45 do PSD, 44 do MDB e 44 do Republicanos), e do Senado, com 29 senadores (14 do PSD, 11 do MDB e 4 do Republicanos).

A informação foi repassada ao Correio do Estado pelo secretário de Estado da Casa Civil de Mato Grosso do Sul, Eduardo Rocha (MDB), que participou ontem de uma série de reuniões, em Brasília (DF), para tratar da criação da federação com o Republicanos, do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e da possível participação do PSD, de Gilberto Kassab.

“Podemos dizer que a federação do MDB com o Republicanos está 90% fechada, enquanto o reforço do PSD estaria em torno de 20%. A chegada do PSD está sendo conversada, porém, hoje, podemos dizer que ainda está longe um pouco”, explicou Eduardo Rocha, que também teve uma reunião com o presidente nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi (SP).

Durante a reunião com Baleia Rossi, o secretário de Estado da Casa Civil foi informado de que a federação entre MDB e Republicanos deve ser fechada até julho deste ano.

“Não há uma regra para que seja nesse prazo, mas, como temos eleições gerais em 2026, quanto antes fecharmos essa aliança, melhor será para a formação de chapas”, detalhou.

FORTALECIMENTO

Na semana passada, o ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República do governo Temer, Carlos Marun, adiantou ao Correio do Estado que a federação do MDB com o Republicanos estava encaminhada.

Ele disse que a união das duas siglas ganhou força depois do encontro entre o presidente nacional do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira (SP), e o presidente nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi, realizado no Congresso Nacional, em Brasília, no dia 6 de maio.

De acordo com Carlos Marun, as lideranças nacionais do MDB e do Republicanos devem voltar a ter um novo encontro nesta semana em Brasília. “Desde o dia 6 de maio, as negociações entre os dois partidos avançaram bastante. Nesta semana, Marcos Pereira e Baleia Rossi devem ter um novo encontro, e outras lideranças dos dois partidos devem participar, inclusive eu”, revelou.

Outra liderança do MDB estadual, que não quis se identificar, também confirmou as negociações e reforçou que a formação de uma federação com o Republicanos será boa para ambas as legendas, pois fortalecerá politicamente os dois partidos. 

“Assim como o MDB tem três ministros no governo de Lula – Simone Tebet, Renan Filho e Jader Filho –, o Republicanos tem um ministro – Silvio Costa Filho, portanto, são siglas que têm muito em comum”, ressaltou.

Já o terceiro cacique do MDB de Mato Grosso do Sul, que também não quis se identificar, destacou que as negociações com o Republicanos vêm de longa data, mas parece que agora vão ser concretizadas. 

“Marcos Pereira e Baleia Rossi tentam resolver disputas envolvendo líderes regionais das legendas para avançar nas negociações”, destacou.

Ele se referiu à Bahia, onde os partidos estão em lados opostos da política local, com os emedebistas compondo a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT), enquanto os republicanos integram a oposição ao Executivo baiano. 

“A federação entre as legendas pode colocar o Republicanos e o MDB como uma das forças mais expressivas da política nacional”, projetou.

Caso o acordo se concretize, em número de congressistas, as legendas ficariam atrás só do PL e da federação União Progressista, composta pelo União Brasil e o PP. 

Além da questão da influência dos partidos, a união serviria para aumentar o recebimento de recursos públicos para campanha das legendas, aumentando as chances de seus políticos terem sucesso em disputas contra opositores.

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Política

Avaliações positiva e negativa do STF crescem e mostram divisão da percepção da população

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano; percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%

19/12/2025 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19, mostra que cresceram as avaliações positivas e negativas sobre o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrando uma divisão da percepção da população brasileira sobre a atuação da Corte.

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano. No mesmo período, a percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%. Já a avaliação regular recuou de 34% para 24%.

No intervalo entre os dois levantamentos, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre as duas edições da pesquisa, também houve mudança no comando da Corte. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do tribunal e o ministro Luís Roberto Barroso se aposentou. Fachin adota um perfil mais discreto e defende a chamada "autocontenção" do Judiciário, em contraste com o antecessor, que sustentava que o Supremo deveria exercer um "papel iluminista" e atuar de forma mais protagonista na definição de direitos.

No mesmo período, o secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares, além de outros sete integrantes do STF. O governo dos Estados Unidos também aplicou sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para punir violadores graves de direitos humanos. Foi a primeira vez que uma autoridade de um país democrático foi alvo das medidas previstas na legislação. Neste mês, o presidente Donald Trump retirou o nome do ministro da lista de sancionados.

Outros poderes

A pesquisa também avaliou os demais Poderes. No Legislativo, a percepção varia conforme a Casa. No Senado Federal, a maior parcela dos entrevistados (34%) classifica o desempenho como regular, porcentual que empata, dentro da margem de erro (2 p p), com a avaliação negativa, de 33%. A avaliação positiva soma 22%, enquanto 11% não souberam ou não quiseram responder.

Na Câmara dos Deputados, a avaliação negativa predomina: 36% consideram o trabalho ruim ou péssimo. A percepção, porém, está tecnicamente empatada com a avaliação regular, que alcança 35%. A avaliação positiva é de 20%, e 9% não responderam.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2025. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos porcentuais. Os entrevistados puderam classificar cada Poder como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, com os resultados consolidados nas categorias positiva, regular e negativa.

Governo Lula

Em relação ao Executivo federal, 38% dos brasileiros avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um trabalho ruim ou péssimo. Outros 34% consideram a gestão boa ou ótima, enquanto 25% a classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

Política

Ministro do Paraguai fala em disposição construtiva para avançar em acordo Mercosul-UE efetivo

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

19/12/2025 21h00

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais Foto: Divulgação

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O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, reafirmou a "disposição construtiva" para avançar na concretização efetiva do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), durante a 67ª reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, órgão decisório de nível ministerial do bloco, nesta sexta-feira, 19, segundo nota do Ministério de Relações Exteriores do país.

"Em particular, o Paraguai confia que os mecanismos de salvaguarda serão abordados e aplicados de maneira compatível com respeito ao negociado e acordado, e também de acordo com as normas multilaterais preservando o equilíbrio de direitos e obrigações das partes", disse Lezcano.

O chanceler também afirmou que "o Paraguai acredita e aposta em um Mercosul que funcione para todos, capaz de traduzir seus princípios em resultados concretos e de responder com pragmatismo e visão aos desafios estruturais que ainda persistem" na região.

Segundo Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais entre os Estados Parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e, mais recentemente em 2024, Bolívia). "Não se trata de uma noção abstrata, mas de uma realidade econômica e geográfica que limita nosso desenvolvimento e condiciona nossa competitividade", disse, frisando que a condição mediterrânea do país impõe custos adicionais que encarecem as exportações e restringem a participação nas cadeias regionais de valor.

A reunião do CMC, em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, foi majoritariamente fechada à imprensa.

No sábado, 20, o Brasil deve passar o bastão da Presidência Pro Tempore do bloco ao Paraguai, durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, também em Foz do Iguaçu. 

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