Política

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Flávio Dino vota pela cassação da deputada Carla Zambelli

Quatro ministros já votaram pela cassação da parlamentar

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino votou, neste domingo (23), pela condenação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.

A decisão do ministro acompanhou a do relator do processo, Gilmar Mendes, levando à soma de quatro decisões favoráveis pela cassação da parlamentar, contra zero votos contrários. Também acompanharam a tese do relator, os ministros Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia.

Carla Zambelli se tornou ré no STF em agosto de 2023, após sacar uma arma de fogo e perseguir o jornalista Luan Araújo pelas ruas de São Paulo, às vésperas do segundo turno das eleições de 2022.

“É uma contradição insanável que um representante político ameace gravemente um representado, como se estivesse acima do cidadão ao ponto de sujeitá-lo com uma arma de fogo, em risco objetivo de perder a sua vida”, destacou Dino ao declarar seu voto.

Outros sete ministros devem votar no plenário virtual até o dia 28 de março. Caso a parlamentar seja condenada, deverá cumprir cinco anos e três meses de prisão em regime semiaberto.

Na sexta-feira (21), o advogado de defesa da deputada, Daniel Bialski, declarou em nota enviada à redação da Agência Brasil que houve cerceamento de defesa, impedida de fazer sustentação oral no julgamento. “Esse direito do advogado não pode ser substituído por vídeo enviado - cuja certeza de visualização pelos julgadores inexiste”, declarou.

sem definição

Perillo reúne Riedel, Azambuja e Leite para alinhar próximos passos do PSDB

O presidente nacional da sigla revelou que negocia com Podemos, Republicanos e PSD e que até o fim de abril terá um posicionamento

26/03/2025 08h30

Após a reunião do PSDB, Azambuja e Riedel se encontraram com a senadora Tereza Cristina (PP)

Após a reunião do PSDB, Azambuja e Riedel se encontraram com a senadora Tereza Cristina (PP) Reprodução

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Em reunião fechada na manhã de ontem, em Brasília (DF), o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, alinhou com os governadores Eduardo Riedel e Eduardo Leite (RS), bem como com o ex-governador Reinaldo Azambuja e demais lideranças nacionais do partido, os próximos passos da legenda.

Presidente estadual do PSDB e tesoureiro do partido em âmbito nacional, Reinaldo Azambuja informou ao Correio do Estado que ficou acertado que Marconi Perillo vai elaborar, em 10 dias, um relatório com os prós e os contras de uma fusão, incorporação e até uma federação com Podemos, Republicanos e PSD para ser apresentado à cúpula tucana.

“De posse dessas informações, o presidente nacional do PSDB espera ter uma definição sobre o futuro do partido até o fim de abril. A questão do Fundo Especial de Financiamento de Campanha [FEFC] para as eleições gerais de 2026 não vai pesar tanto na decisão quanto a mídia anda dizendo, pois o PSDB tem sua representatividade na Câmara dos Deputados, e isso lhe garante recursos suficientes para o próximo pleito”, assegurou.

O Correio do Estado apurou que as negociações para uma federação entre Republicanos e PSDB estão avançadas e, até o fim de abril, essa aliança entre os dois partidos pode ser oficializada. 

Questionado pela reportagem sobre qual das três legendas largariam na frente, Azambuja desconversou e disse que as chances são as mesmas para todas.

“Ainda está tudo na mesma, temos de esperar o levantamento do presidente, Marconi Perillo, para saber qual rumo vamos tomar”, declarou o ex-governador de Mato Grosso do Sul, completando que, qualquer que seja a legenda escolhida, será muito bom para o PSDB. 

EDUARDO LEITE

Em entrevista concedida ontem à CNN, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, abordou o atual cenário político do PSDB e as possibilidades futuras para a legenda, destacando que o partido, outrora grande, agora enfrenta uma significativa redução de tamanho.

Leite comentou sobre a possibilidade de o PSDB ser incorporado por outro partido e revelou que conversas estão em andamento com diversas legendas. 

“Nas regras do jogo, como elas estão estabelecidas, sustentar o PSDB no seu formato atual, infelizmente, não parece oferecer suporte para buscarmos uma candidatura competitiva, e isso impõe as conversas que estão sendo feitas”, afirmou.

O governador gaúcho mencionou que estão ocorrendo diálogos com partidos que compartilham visões semelhantes, citando especificamente Republicanos, Podemos e PSD. 

Leite enfatizou a importância de buscar alianças com base em valores e princípios comuns, mesmo que não haja uma concordância total em todas as questões.

Ao ser questionado sobre ambições políticas, Leite adotou uma postura cautelosa, mas expressou seu desejo de disputar a Presidência da República. 

“Eu quero ajudar a fazer a diferença nesse Brasil em que vejo na política gente mais disposta a destruir um ou outro do que a construir algo de positivo”, declarou. 

Ele também manifestou sua intenção de unir forças e compor alianças para oferecer uma alternativa à polarização política vigente no País. 

Eduardo Leite concluiu afirmando que as próximas semanas serão cruciais para definir o melhor caminho para sustentar os ideais do PSDB na política nacional, seja por meio de uma possível incorporação, seja por meio de outras estratégias políticas.

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Política

STF encerra primeiro dia do julgamento de Bolsonaro e aliados

Sessão será retomada nesta quarta-feira às 9h30

25/03/2025 20h00

Julgamento

Julgamento Antonio Augusto/STF

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou hoje (25) o primeiro dia do julgamento que vai decidir se o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete denunciados pela trama golpista se tornarão réus.JulgamentoJulgamento

julgamento será retomado nesta quarta-feira (26), às 9h30, quando os ministros passarão para a parte que trata das questões de mérito, ou seja, avaliar se os acusados vão ser processados pelos crimes de crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. As penas somadas passam de 30 anos de prisão.

sessão vai começar com o voto do relator, Alexandre de Moraes. Em seguida, os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin vão proferir seus votos.

Se a maioria dos magistrados votar pela aceitação da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Bolsonaro e mais sete acusados passaram à condição de réus e vão responder a uma ação penal no STF.

Acusados

A denúncia julgada pela turma trata do chamado núcleo crucial, composto pelos seguintes acusados:

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
  • Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e vice de Bolsonaro na chapa das eleições de 2022;
  • General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência - Abin;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa;
  • Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Primeiro dia

Durante o primeiro dia do julgamento, as defesas de Bolsonaro e seus aliados rebateram a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. O procurador também se manifestou durante a sessão e reforçou as acusações de tentativa de golpe de Estado contra o ex-presidente e os demais acusados.

Bolsonaro apareceu de surpresa no STF e acompanhou presencialmente a sessão.  Apesar de não existir qualquer impedimento, a presença de investigados durante os julgamentos do STF não é comum.

Os ministros também rejeitaram diversas questões preliminares, como a anulação da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.

turma também negou o impedimento dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin para julgar o caso; o reconhecimento da competência do plenário, e não da turma, para julgar a denúncia; as alegações de cerceamento de defesa. 

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