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Ofensa verbal de Pedro Kemp contra Karla Cânepa foi motivada por distribuição orçamentária do PT-MS

Em vídeo divulgado na quarta-feira pelo irmão de Karla Cânepa, Pedro Kemp aparece sendo segurado por assessores e gritando com a candidata à vereadora

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Um vídeo com o candidato à prefeitura de Campo Grande Pedro Kemp (PT) foi divulgado na última quarta-feira (28) e gerou polêmica. Kemp aparece gritando com a candidata a vereadora Karla Cânepa (PT), por desavenças em relação a distribuição do fundo partidário.

A motivação do conflito foi a divisão entre da verba do Partido dos Trabalhadores de Mato Grosso do Sul enviada aos candidatos a vereadores de Campo Grande.  

“Ele [Pedro Kemp] exigiu e tentou forçá-la a excluir do grupo de whatsapp dos candidatos a vereadores do Partido dos Trabalhadores as informações divulgadas pela transparência do Tribunal Superior Eleitoral com os valores do fundo partidário, algo em torno de R$ 500 mil, que favorecem apenas 8 dos 43 candidatos a vereadores do PT em Campo Grande”, publicou em suas redes sociais, junto com o vídeo, o irmão de Karla Cânepa, Thiago Cânepa.

Planilha do fundo partidário, divulgada por membros do partido, mostram que realmente somente oito candidatos receberam verbas do PT-MS. Contudo, o valor total doado é de RS 122.082,61, e não R$ 500 mil.

Os candidatos que receberam parcelas dessa quantia foram Ilmar Mamão (R$ 45.000), Professora Bartô (R$ 18.678), Camila Jara (R$ 17.714), Orlandinho Bancário (R$ 15.000), Professora Eugenia Portela (R$ 10.000), Professora Bene (R$ 10.000), Jaqueline Campos (R$ 2.690,61) e Kensy Kenidy (R$ 3.000).

O PT de Campo Grande doou R$ 158.864,77, valor que foi distribuído entre todos os candidatos, com exceção de Alberto Inácio. Já a doação de Kemp foi de R$ 226.679,1, os dois únicos candidatos a vereadores que não receberam parte da quantia foi Dr Ronaldo Costa e a Karla Cânepa.

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De acordo com Thiago Cânepa, a cena aconteceu dentro do comitê da candidata a vereadora e durou 40 minutos.

“É com muita tristeza, indignação e revolta que venho repudiar veementemente o deputado estadual e candidato a prefeito de Campo Grande, Pedro Kemp, por invadir, agredir, gritar, xingar, ameaçar e intimidar minha irmã”, publicou Thiago em suas redes sociais.

O irmão de Karla diz ainda que Kemp “invadiu o escritório dela com mais três homens” e que diversas vezes precisou ser segurado fisicamente por seus assessores.  

“Nós familiares estamos abalados, incluindo meus sobrinhos de 5 e 13 anos que choraram ao assistir os vídeos de sua mãe sendo agredida”, complementou.

Em nota de esclarecimento que Kemp divulgou à imprensa, ele disse que pediu desculpas à candidata, mas também que se sentiu injustiçado pelas ações de Karla Cânepa.

“A candidata procurou estabelecer no grupo da chapa proporcional um clima de desconfiança em relação a minha pessoa, colocando em dúvida minha conduta moral e questionando minha honestidade. Desde o início da campanha, veio reiteradamente fazendo falsas acusações a mim, a outras candidatas e a nossa candidata a vice-prefeita”.

Kemp alegou que tentou contato por telefone com Karla, mas sem sucesso. Por esse motivo, se dirigiu ao comitê da candidata.  

“Exaltei-me diante das más intenções da candidata, que reafirmava suas falsas acusações. Após feitos os esclarecimentos, inclusive que da parte dos recursos que me cabia opinar fiz a defesa da distribuição igual para todos, pedi desculpas a ela e a todos os presentes pela forma como reagi às suas acusações. Fui surpreendido 24 horas depois com esse vídeo editado e mal-intencionado, que omite meu pedido de desculpas e a conclusão da nossa conversa”, continuou.

O PT-Campo Grande também se pronunciou e disse que não apoia nenhum tipo de violência contra as mulheres.  

“Nesse sentido, se une ao pedido de desculpas que Pedro Kemp fez à candidata logo após a discussão, trecho que foi omitido do vídeo editado e amplamente divulgado nas redes sociais.

No pleito de 2020 o Partido dos Trabalhadores apresenta à sociedade uma chapa composta por mais de 50% de candidatas mulheres a vereadora, além da nossa vice-prefeita Eloisa”, disse a entidade, em nota.

“Estamos todas e todos inseridos em um contexto de machismo estrutural, e não vamos nos furtar a reconhecer nossos erros. Mas um único episódio não invalida toda uma trajetória na defesa dos direitos humanos das mulheres”, concluiu.

Karla Cânepa não se pronunciou em suas redes sociais sobre o ocorrido e a reportagem do Correio do Estado não conseguiu contato com a candidata até o fechamento desta matéria.

Comentário

Flávio Bolsonaro vota a favor da PEC das Drogas e ironiza: 'Homenagem à harmonia entre Poderes'

A PEC de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estipula como crime tanto a posso como o porte de drogas

17/04/2024 21h00

Flávio e Eduardo Bolsonaro. Foto: Reprodução/Redes Sociais

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que voto a favor da proposta de emenda à Constituição (PEC) que criminaliza a posse e o porte de qualquer quantidade de droga no País é "em homenagem à harmonia e independência entre os Poderes". Nesta terça-feira, 16, o Senado aprovou a PEC que vai na contramão da proposta do Supremo Tribunal Federal (STF) que julga processo que pode descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal.

A PEC é uma resposta do Congresso ao julgamento ao STF que debate a legalidade do artigo nº 28 da Lei de Drogas, que determina a punição para o usuário de entorpecentes. Na regulamentação, não há uma definição sobre a quantidade de droga que deve diferenciar o uso do tráfico de drogas, o que provocou a discussão da Corte para a criação de um parâmetro que possa distinguir as ocorrências.

"Sei que está difícil gerar emprego nesse país, mas a gente não pode concordar em legitimar a profissão de ‘aviãozinho do tráfico’. Com esse parâmetro que parece que vai ser estabelecido pelo Supremo, vai ter uma esquadrinha do tráfico no Brasil inteiro, vários aviãozinho levando droga até o usuário final", ironizou o senador durante votação.

Flávio Bolsonaro apresentou as orientações do Partido Liberal (PL) que, segundo ele, é voto sim "a favor da vida". "O que eu não quero para minhas filhas, eu não obviamente não posso votar aqui para atingir os filhos dos outros. Em terceiro, o PL encaminha o voto sim em homenagem a um debate ponderado e justo. Não tem ninguém preso, nesse Brasil, por consumo de drogas".

A PEC de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estipula como crime tanto a posso como o porte de drogas. O texto não faz diferenciação sobre quantidade. Desta forma, considera ato criminoso portar ou possuir qualquer quantidade de entorpecente.

O texto prevê a diferenciação entre quem apenas usa qualquer tipo de droga, incluindo a maconha, e quem trafica as substâncias, mas a diferenciação não descriminaliza o uso. A partir da distinção, são previstas penas diferentes: mais rigorosas para quem vende e mais brandas para o usuário, incluindo tratamento para os dependentes químicos e penas alternativas à prisão.

Campo Grande

Adriane Lopes não confirma apoio de Bolsonaro à sua pré-candidatura: "é um anseio nosso"

Atual prefeita, no PP, e ex-deputado Rafael Tavares, do PL, disputam apoio do ex-presidente nas eleições para prefeito da Capital

17/04/2024 20h14

Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes João Gabriel Vilalba

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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), disse ao Correio do Estado que o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à sua pré-candidatura à reeleição para o cargo que ocupa, ainda não está confirmada, mas que é um “anseio” dela e do partido que ela faz parte do quadro. 

Ao ser perguntada se ela acredita que contará com o apoio de Bolsonaro nestas eleições, que também é disputado por seu correligionário Rafael Tavares, ex-deputado estadual e também pré-candidato a prefeito, Adriane disse que o apoio do ex-presidente e do PL é uma construção. “Nós gostaríamos de caminhar juntos. Direita e centro-direita”, afirmou. 

Adriane também disse que a negociação pelo apoio da candidatura dela ocorre por meio das cúpulas partidárias. “O Ciro (Nogueira, presidente do PP), o Valdemar (da Costa Neto, presidente do PL) presidente do PL, tem conversado”, afirmou Adriane. 

Em Brasília, a Senadora Tereza Cristina (PP), tem atuado em favor da aliança entre PP e PL. Por outro lado, o ex-deputado estadual Rafael Tavares, cassado pela Justiça Eleitoral porque o partido pelo qual havia sido eleito, o PRTB, não cumpriu a cota feminina em 2022, também se coloca na disputa. Já até tirou foto com Bolsonaro em Brasília, e disse que no mês que vem, terá o posto confirmado pelo ex-presidente. 

Além de Adriane Lopes e Rafael Tavares, também disputa o apoio de Jair Bolsonaro o deputado estadual João Henrique Catan. Em meio a tudo isso, integrantes da direita e extrema direita tentam organizar apenas uma candidatura do bloco, pois temem que uma possível divisão dos votos, poderia deixar um dos candidatos, ou até todos eles, fora de um eventual segundo turno. 

Também se colocam como pré-candidatos à prefeitura o ex-prefeito e ex-governador, André Puccinelli (MDB), o deputado federal Beto Pereira (PSDB), a deputada federal Camila Jara (PT), a ex-deputada federal e superintendente da Sudeco, Rose Modesto (União Brasil), e nomes como o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, recém filiado ao PSD, passaram a ser cogitados como pré-candidatos. 

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