O governo de Mato Grosso do Sul deve pôr em execução, em breve, uma reforma do secretariado, não somente por causa dos que deixarão os cargos para se dedicar à campanha de 2022, mas para acomodar aliados para fortalecer Eduardo Riedel.
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Entre as legendas e grupos políticos que estão sendo acomodados na estrutura da administração estadual para formar uma aliança em torno da candidatura do atual secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel, ao governo do Estado, estão o MDB, do ex-governador André Puccinelli, e o DEM, que em um futuro próximo (se não houver nenhuma mudança de rumo) deve se unir com o PSL e formar o União Brasil.
A articulação mais recente foi a abertura de um cargo de primeiro escalão no governo de Reinaldo Azambuja para acomodar o deputado estadual Eduardo Rocha (MDB), marido da senadora Simone Tebet (MDB).
Com Rocha em uma secretaria, o suplente, Paulo Duarte (MDB), ex-prefeito de Corumbá, assumiria uma cadeira na Assembleia Legislativa e teria mais visibilidade para pleitear o mesmo cargo no próximo ano.
A articulação foi confirmada por integrantes do governo e do MDB e atende aos interesses da senadora Simone Tebet, que ainda não definiu se vai se candidatar à Presidência da República ou a um cargo no Estado.
O acordo que envolve Simone Tebet inclui ainda a ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM), deputada federal licenciada e que pleiteia a vaga que hoje pertence a Simone Tebet no Senado.
Com as duas políticas de Mato Grosso do Sul apoiando Riedel, ganham ainda mais força os rumores de que Simone não deve se candidatar, abrindo espaço para Tereza dentro da mesma aliança.
O grupo de Tereza Cristina também está abrindo espaço na administração de Reinaldo Azambuja. Há um acordo para dar ao dirigente do DEM, Marco Aurélio Santullo, um cargo de primeiro escalão no governo.
O Correio do Estado antecipou essa articulação no mês passado: Santullo ocuparia o cargo que já havia sido prometido pelo PSDB a outro aliado de primeira hora da ministra, o ex-presidente do Sebrae e da Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul Ademar Silva Júnior.
CHAPA AMPLA
Além dos aliados de centro e de centro-direita, o PSDB também tem firmado apoio com a esquerda, em conversa com o PDT.
Mesmo com a conversa se estreitando para o lado do DEM e do MDB, o líder do diretório estadual do PDT, Dagoberto Nogueira, segue reforçando o apoio a Riedel, não se importando que um dos nomes mais fortes a estender a mão ao PSDB é ligado diretamente ao presidente Jair Bolsonaro.
Entrando no jogo político tucano, Dagoberto Nogueira falou sobre o convite feito por Reinaldo Azambuja para que alguém da sua equipe integrasse algum cargo eletivo na Secretaria de Estado da Casa Civil, com o secretário Sérgio de Paula (PSDB).
“Recebemos o convite para que o meu chefe de gabinete, Sérgio Roberto Castilho Vieira, fosse integrado à secretaria para auxiliar nas demandas. No entanto, ainda estamos pensando sobre a nomeação”, disse Dagoberto.
- Saiba
Para presidente, chapa de Riedel terá várias opções. Se, por um lado, o PSDB de Mato Grosso do Sul tenta concentrar quase todos os partidos, da centro-esquerda à centro-direita, em torno da candidatura do secretário de Estado de Infraestrutura, Eduardo Riedel, por outro, os tucanos devem liberar os aliados para pedir votos para seus candidatos a presidente.
O PSDB de Mato Grosso do Sul, que apoia Eduardo Leite nas prévias, já terá seu candidato; Tereza Cristina vai marchar com Jair Bolsonaro; e o aliado PDT tem Ciro Gomes na disputa ao Palácio do Planalto.




