Política

TURN OFF

Justiça de MS mandou soltar todos os implicados na organização que negociava propina em licitações

Esquema envolveu empresários, servidores estaduais, secretário adjunto e coordenador da Apae; libertados, eles seguem investigados pela trama

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Dez dias depois de deflagrada a Turn Off, operação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) que pôs na cadeia oito pessoas, entre as quais servidores estaduais, ex-secretário-adjunto e empresários, ninguém mais está encarcerado.  

Em liberdade, seguem investigados os implicados na organização criminosa que teriam praticado crimes de corrupção ativa, passiva, peculato, fraude em licitações/contratos públicos e lavagem de dinheiro. Embora ainda em apuração, o rombo causado pela trama teria alcançado a cifra de quase R$ 70 milhões. 

O último a deixar a prisão, nesta semana, foi o ex-coordenador técnico do Centro Especializado da Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais), entidade criada a 56 anos, Paulo Henrique Muleta Andrade. 

Andrade, que foi afastado depois de preso, segundo as investigações, cobrava propina ao negociar a compra de equipamentos hospitalares para a entidade, que era custeado por dinheiro público. 

A Off Turn foi tocada pelo Gaeco, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado e o Grupo Especial de Combate à Corrupção, que a apoiaram às 29ª e 31ª Promotorias de Justiça de Campo Grande, que atuam na proteção do Patrimônio Público e Social. 

Pelo até aqui investigado, a organização fraudava licitações para a compra de aparelhos de ar-condicionado pela Secretaria Estadual de Educação, locação de equipamentos médicos hospitalares, elaboração de laudos pela Secretaria Estadual de Saúde e ainda produtos hospitalares para pacientes da Apae.  

Em parte da investigação, captou-se diálogos dos envolvidos por meio de whatsapp. 

Foram presos na operação os empresários Sérgio Duarte Coutinho Júnior, o irmão Lucas e ainda o empresário, Victor Leite de Andrade. 

Outro detido foi o assessor parlamentar (já demitido) do deputado federal Geraldo Resende, do PSDB, Andréia Cristina, servidora da Educação e Simone Ramites, que atuava nos pregões da Secretaria Estadual de Administração, além do ex-chefe da Apae. 

Também foi preso, Edio Antônio Resende de Castro, então secretário adjunto da Secretaria Estadual de Educação. Os servidores estaduais foram afastados no dia seguinte à operação. 

Simone, servidora afastada e Paulo Andrade foram os últimos liberdados, nesta semana.

 

 

Política

Avaliações positiva e negativa do STF crescem e mostram divisão da percepção da população

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano; percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%

19/12/2025 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19, mostra que cresceram as avaliações positivas e negativas sobre o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrando uma divisão da percepção da população brasileira sobre a atuação da Corte.

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano. No mesmo período, a percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%. Já a avaliação regular recuou de 34% para 24%.

No intervalo entre os dois levantamentos, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre as duas edições da pesquisa, também houve mudança no comando da Corte. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do tribunal e o ministro Luís Roberto Barroso se aposentou. Fachin adota um perfil mais discreto e defende a chamada "autocontenção" do Judiciário, em contraste com o antecessor, que sustentava que o Supremo deveria exercer um "papel iluminista" e atuar de forma mais protagonista na definição de direitos.

No mesmo período, o secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares, além de outros sete integrantes do STF. O governo dos Estados Unidos também aplicou sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para punir violadores graves de direitos humanos. Foi a primeira vez que uma autoridade de um país democrático foi alvo das medidas previstas na legislação. Neste mês, o presidente Donald Trump retirou o nome do ministro da lista de sancionados.

Outros poderes

A pesquisa também avaliou os demais Poderes. No Legislativo, a percepção varia conforme a Casa. No Senado Federal, a maior parcela dos entrevistados (34%) classifica o desempenho como regular, porcentual que empata, dentro da margem de erro (2 p p), com a avaliação negativa, de 33%. A avaliação positiva soma 22%, enquanto 11% não souberam ou não quiseram responder.

Na Câmara dos Deputados, a avaliação negativa predomina: 36% consideram o trabalho ruim ou péssimo. A percepção, porém, está tecnicamente empatada com a avaliação regular, que alcança 35%. A avaliação positiva é de 20%, e 9% não responderam.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2025. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos porcentuais. Os entrevistados puderam classificar cada Poder como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, com os resultados consolidados nas categorias positiva, regular e negativa.

Governo Lula

Em relação ao Executivo federal, 38% dos brasileiros avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um trabalho ruim ou péssimo. Outros 34% consideram a gestão boa ou ótima, enquanto 25% a classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

Política

Ministro do Paraguai fala em disposição construtiva para avançar em acordo Mercosul-UE efetivo

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

19/12/2025 21h00

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais Foto: Divulgação

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O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, reafirmou a "disposição construtiva" para avançar na concretização efetiva do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), durante a 67ª reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, órgão decisório de nível ministerial do bloco, nesta sexta-feira, 19, segundo nota do Ministério de Relações Exteriores do país.

"Em particular, o Paraguai confia que os mecanismos de salvaguarda serão abordados e aplicados de maneira compatível com respeito ao negociado e acordado, e também de acordo com as normas multilaterais preservando o equilíbrio de direitos e obrigações das partes", disse Lezcano.

O chanceler também afirmou que "o Paraguai acredita e aposta em um Mercosul que funcione para todos, capaz de traduzir seus princípios em resultados concretos e de responder com pragmatismo e visão aos desafios estruturais que ainda persistem" na região.

Segundo Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais entre os Estados Parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e, mais recentemente em 2024, Bolívia). "Não se trata de uma noção abstrata, mas de uma realidade econômica e geográfica que limita nosso desenvolvimento e condiciona nossa competitividade", disse, frisando que a condição mediterrânea do país impõe custos adicionais que encarecem as exportações e restringem a participação nas cadeias regionais de valor.

A reunião do CMC, em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, foi majoritariamente fechada à imprensa.

No sábado, 20, o Brasil deve passar o bastão da Presidência Pro Tempore do bloco ao Paraguai, durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, também em Foz do Iguaçu. 

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