Política

ZEBRA NA JOGATINA

Justiça estadual pode investigar deputado Neno Razuk? Especialista responde 

Parlamentar, investigado por suposta ligação com o Jogo do Bicho, teve a casa ocupada pelo Gaeco, que cumpriu mandado de buscas e apreensão; quatro assessores dele foram presos 

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Logo pela manhã desta terça-feira (5), corria pelos corredores da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, bochichos indicando que policiais tinham ido à casa do deputado estadual bolsonarista Neno Razuk, do PL, cumprir mandado de buscas e apreensão. 

O parlamentar, segundo as investigações tocadas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), braço do MPMS (Ministério Público de MS), estaria implicado com uma organização criminosa envolvida numa queda de braço pelo comando do jogo do bicho, em Campo Grande. 

Ainda pelos corredores da AL-MS, também ouvia-se um zunzun com comentários equivocados: os de que nada adiantaria a ‘polícia ou justiça’ estadual investigar o parlamentar se ele é amparado pela chamada imunidade parlamentar.  

Errou quem acompanhou esse raciocínio, Razuk, pode, sim, ser sondado pelas autoridades estaduais. Saiba por quê. 

Especialista no assunto, o advogado André Borges, disse que a Constituição Federal sustenta que os deputados federais e senadores, desde a expedição do diploma [quando assumem o mandato], serão submetidos a julgamento perante o STF (Supremo Tribunal Federal), corte máxima do país.; e, 

Seguiu o especialista, a Constituição Estadual, diz que os deputados estaduais serão submetidos a julgamento perante o Tribunal de Justiça do Estado. 

Então, interpretando essa regra, definiu o STF que "o foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas", segundo André Borges. 

No caso concreto, conforme disse o especialista, se os crimes apurados não são relacionados às funções de deputado estadual, não há foro especial, mesmo que o investigado esteja no curso do mandato. 

O especialista afirmou ainda: a regra da Constituição Estadual deve ser interpretada da mesma forma, pois “é inconstitucional norma de constituição estadual que estende o foro por prerrogativa de função a autoridades não contempladas pela Constituição Federal de forma expressa ou por simetria". 

Ou seja, Neno Razuk, pode ser investigado pelo Gaeco. 

Na operação do MPMS, além do mandado de busca e apreensão, foram levados da casa dele telefones celulares e um computador. E também foram presos quatro assessores do parlamentar do PL. 

Depois da investida do Gaeco, Neno Razuk seguiu para a sessão da Assembleia Legislativa, e, lá, disse que “nada tem a ver com o jogo do bicho”. No poder legislativo estadual, Razul ocupa função de corregedor da Casa.

Ou seja, na função de corregedor da Assembleia, o deputado do PL tem o dever de investigar, apurar e identificar infrações funcionais e mesmo atos ilícitos praticados por integrantes da Assembleia.ou de seus funcionários.

Ou seja, ele seria o responsável pela abertura de uma possível investigação interna para apurar a própria conduta

É crime apostar ou promover o jogo do bicho, segundo a lei brasileira.

 

 

Política

PGR defende progressão de regime do hacker Delgatti em caso que envolve Zambelli e Moraes

Walter está preso por ter invadido o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a mando da então deputada Carla Zambelli

22/12/2025 21h00

Hacker Walter Delgatti na CPMI dos atos de 8 de Janeiro

Hacker Walter Delgatti na CPMI dos atos de 8 de Janeiro Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou nesta segunda-feira, 22, de forma favorável à progressão de regime prisional de Walter Delgatti, conhecido como hacker de Araraquara (SP), condenado a oito anos e três meses de prisão.

Delgatti está preso por ter invadido o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a mando da então deputada Carla Zambelli (PL-SP) e por emitir um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

No parecer enviado ao ministro-relator Alexandre de Moraes, a PGR informou que, até 2 de julho deste ano, Delgatti havia cumprido um ano, 11 meses e cinco dias de pena - o equivalente a 20% do total. O documento também destaca que o atestado de conduta carcerária emitido pela unidade prisional aponta bom comportamento do detento, requisito previsto em lei para a concessão do benefício.

"Além disso, o atestado de conduta carcerária emitido pela unidade prisional atesta que o reeducando Walter Delgatti Neto apresenta bom comportamento carcerário. Dessa forma, estão atendidos os requisitos objetivos e subjetivos exigidos para a progressão de regime prisional", escreveu o PGR Paulo Gonet.

A manifestação da PGR foi solicitada pelo ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo processo de execução penal e pelo pedido de progressão apresentado pela defesa. Não há prazo para decisão.

 

Política

Lula sanciona alta de 8% em salários do Jucidiário em 2026, mas veta reajuste em 2027 e 2028

Texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

22/12/2025 19h00

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva Agência Brasil

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou o reajuste para os servidores do Poder Judiciário em 2026, mas vetou o aumento dos salários nos tribunais em 2027 e 2028. O texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

O projeto aprovado pelo Congresso Nacional prevê reajuste de 8% nos salários do Judiciário a partir de julho de 2026. Lula vetou aumentos idênticos previstos para julho de 2027 e julho de 2028.

"Em que pese a boa intenção do legislador, a proposição legislativa contraria o interesse público ao estabelecer aumento da despesa com pessoal com parcelas a serem implementadas em períodos posteriores ao final do mandato do Presidente da República, contrariando a vedação prevista no art. 21, caput, inciso IV, alínea b, da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal", justificou o Planalto.

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