Política

Eleições 2022

Justiça paulista não consegue encontrar coach Pablo Marçal

Judiciário quer intimar candidato à Presidência sobre decisão que o proibiu de fazer atividades na natureza

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A Justiça do Estado de São Paulo tenta, há meses, intimar o pré-candidato à Presidência Pablo Marçal (Pros). De acordo com o portal Jota.info, a medida serve para que o coach seja certificado da decisão judicial que o proíbe de levar grupos para fazer atividades na natureza. 

Na última tentativa de intimação, a justificativa foi de que Marçal estava em compromissos de campanha, fora do estado.

A decisão judicial aconteceu após o pré-candidato liderar uma expedição com cerca de 30 pessoas inexperientes para escalar o Pico dos Marins, em Piquete (SP), sob condições meteorológicas adversas, relata o veículo.

Na ocasião, o grupo se perdeu e teve de ser resgatado pelo Corpo de Bombeiros, em uma operação que durou quase nove horas. Segundo o portal, o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) investiga o caso como uma possível tentativa de homicídio, e até o momento, não denunciou Pablo Marçal.

Há duas semanas atrás, um oficial de Justiça esteve em endereço de Barueri (SP), mas não o encontrou. O porteiro do edifício informou que Marçal estava em viagem para assuntos políticos em Cachoeiro do Itapemirim (ES).

Em 20 de janeiro, um oficial de Justiça foi até um endereço em Santana de Parnaíba (SP), mas lhe foi dito que ele Pablo Marçal teria se mudado, sem deixar novo endereço.

Diante das recorrentes tentativas em vão, conforme o site, o MPSP solicitou, no final de abril, uma nova tentativa de notificação em Barueri (SP), realizada no Dia do Trabalhador (1º de maio), período em que divulgou que seria pré-candidato à Presidência nas eleições de 2022.Segundo o Jota.Info, não houve decisão para esse pedido.

Recentemente, o MP tentou intimar novamente o coach, em outro endereço de Barueri, no qual também não foi encontrado.

O coach e influenciador tem 2,3 milhões de seguidores somente no Instagram, onde mistura conteúdos de campanha aos posts motivacionais onde incentiva os seguidores a empreenderem e largarem o emprego.

Em 18 de maio, Pablo Marçal foi confirmado como o candidato à Presidência do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), onde estreia na carreira política. Há duas semanas, tinha 1% de intenções de voto na pesquisa Datafolha. Hoje, empata com a senadora Simone Tebet (MDB) nessa faixa.

O interesse em se candidatar à presidência foi manifestado durante evento com 20 mil pagantes na Arena Barueri. Na ocasião, ele arrecadou R$ 1 milhão para a campanha.

Conforme o veículo, a Justiça tenta intimar o coach Pablo Marçal no processo de número 1500007-60.2022.8.26.0449. De acordo com o site, a assessoria do candidato não se manifestou sobre o assunto até o momento de publicação da matéria. 

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Política

Moraes manda PGR e defesa de Bolsonaro se manifestarem sobre laudo de violação da tornozeleira

A PGR deverá se manifestar primeiro, em até cinco dias, e depois os advogados terão o mesmo prazo para enviar ao STF informações que julgarem importantes

18/12/2025 21h00

Ministro do STF, Alexandre de Moraes

Ministro do STF, Alexandre de Moraes Divulgação

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu nesta quinta-feira, 18, que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestem sobre o laudo da Polícia Federal que atestou a violação da tornozeleira eletrônica dele.

A PGR deverá se manifestar primeiro, em até cinco dias, e depois os advogados terão o mesmo prazo para enviar ao STF informações que julgarem importantes.

O laudo da Polícia Federal apontou "danos significativos" na junção da capa plástica da tornozeleira eletrônica.

"O aspecto físico e as análises realizadas na área danificada sugerem que na tornozeleira eletrônica foi empregada uma fonte de calor concentrado com ferro em sua composição. Testes realizados com ferro de solda na superfície do material questionado exibiram aspectos compatíveis com os danos verificado", diz o relatório da PF.

O ex-presidente admitiu que usou um ferro de solda no aparelho. Bolsonaro disse que agiu "por curiosidade". A defesa afirma que ele teve um episódio de "confusão mental" causado por "efeitos colaterais" da interação de remédios. Segundo os advogados, isso levou a "pensamentos persecutórios e distantes da realidade".

O episódio levou Moraes a decretar a prisão preventiva do ex-presidente, posteriormente convertida na execução da pena de 27 anos e 3 meses decorrente da condenação no processo da trama golpista. Bolsonaro está preso na superintendência da Polícia Federal em Brasília.

Chapadão do Sul

Justiça suspende eleição da mesa diretora de Câmara de Vereadores por suspeita de fraude e "pacto"

Em decisão liminar, Juiz Silvio Prado acata pedido do vereador Marcel D'Angelis e aponta "robustos indícios" de acordo clandestino, promessa de emprego a suplente e violação do processo democrático

18/12/2025 18h00

Justiça suspende eleição da mesa diretora de Câmara de Vereadores de Chapadão do Sul

Justiça suspende eleição da mesa diretora de Câmara de Vereadores de Chapadão do Sul Divulgação

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O Juiz Silvio Prado, da 1ª Vara Cível de Chapadão do Sul, deferiu tutela de urgência e suspendeu a eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal, realizada em 6 de outubro de 2025.

A liminar, proferida em uma ação anulatória movida pelo vereador Marcel D'Angelis Ferreira Silva (PP), foi baseada em "robustos indícios" de esquema que teria fraudado o processo democrático interno.

As acusações, sustentadas por uma gravação audiovisual registrada em Ata Notarial, incluem a combinação prévia de votos, a promessa de um cargo em troca de apoio político, a antecipação inconstitucional do pleito e a criação de um "pacto plurianual" para dividir a presidência da Casa nos anos de 2026, 2027 e 2028.

O juiz advertiu que o descumprimento da suspensão acarretará multa diária, pessoal e solidária de R$ 50.000,00 contra os vereadores réus, além de possível comunicação por ato de improbidade administrativa.

A ação, ajuizada pelo vereador Marcel D'Angelis, alega que a eleição de 6 de outubro foi apenas uma "mera homologação" de um acordo selado em uma reunião privada ocorrida quase um mês antes, em 10 de setembro de 2025.

Uma gravação dessa reunião, cuja transcrição consta nos autos, revelou diálogos que, segundo o juiz, "evidenciam práticas absolutamente incompatíveis com o regime constitucional".

A eleição pública teria se tornado um "teatro institucional", como descreveu o magistrado, para formalizar um resultado já definido em segredo.

Uma das falas transcritas na ata notarial é categórica: "A sessão do dia 06 é só para confirmar. Não tem surpresa". Para o juiz, isso representa um "claro abuso institucional" e uma fraude procedimental.

A gravação revela um suposto acordo para garantir o voto de uma vereadora suplente. Em troca do apoio, ela teria recebido a garantia de um emprego por três anos.

A transcrição é explícita: "A Inês vai votar com a gente... mas ela pediu garantia de emprego por três anos. Já acertamos isso."

O juiz classificou a afirmação como uma "aparente compra ilícita de apoio político", que viola a moralidade administrativa e configura abuso de poder.

 

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