Política

Câmara

Lira cria Grupo de Trabalho para debater PL das Fake News

Grupo terá bolsonaristas, representantes da esquerda e lideranças evangélicas

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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), instalou nesta quarta-feira (5) um grupo de trabalho (GT) para discutir o projeto de lei das fake news. A criação do GT surge após a proposta enfrentar dificuldades na Casa, acusada de censura pela oposição e sob pressão das big techs. Composto por 20 deputados, o grupo inclui bolsonaristas, representantes da esquerda e lideranças evangélicas.

Composição e Objetivos do GT

O GT terá 90 dias para concluir seus trabalhos, podendo realizar audiências públicas e reuniões com entidades da sociedade civil, juristas e autoridades. O objetivo é analisar o projeto de lei e buscar um consenso para regulamentar a disseminação de notícias falsas.

Membros do GT

Entre os integrantes do grupo estão o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), relator do projeto de lei das fake news; Eli Borges (PL-TO), presidente da Frente Parlamentar Evangélica; Gustavo Gayer (PL-GO) e Filipe Barros (PL-PR), representantes do bolsonarismo; Erika Hilton (PSOL-SP); Ana Paula Leão (PP-MG); e Fausto Pinato (PP-SP).

Outros membros incluem Júlio Lopes (PP-RJ), Glaustin da Fokus (Podemos-GO), Mauricio Marcon (Podemos-RS), Jilmar Tatto (PT-SP), Simone Marquetto (MDB-SP), Márcio Marinho (Republicanos-BA), Afonso Motta (PDT-RS), Delegada Katarina (PSD-SE), Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), Lídice da Mata (PSB-BA), Rodrigo Valadares (União-SE), Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Pedro Aihara (PRD-MG).

Desafios e Contexto

A criação do GT foi anunciada em 9 de abril, após o bilionário Elon Musk ameaçar desobedecer ordens do ministro Alexandre de Moraes, do STF, sobre a suspensão de contas na rede social X (antigo Twitter). No início de abril, Lira afirmou que o projeto, em sua forma atual, não avançaria. “O texto foi polemizado. Quando um texto ganha uma narrativa de censura, ele não tem apoio”, disse Lira.

Histórico do Projeto

Em abril de 2023, a Câmara aprovou o regime de urgência para o projeto das fake news, permitindo que o texto fosse diretamente ao plenário. A intenção era que as regras entrassem em vigor para as eleições municipais de 2024. No entanto, a votação foi adiada em maio devido a negociações e incertezas sobre a aprovação.

Orlando Silva acusou as big techs de sabotarem as discussões, alegando censura. O Google, por exemplo, exibiu uma mensagem contra o projeto em sua página inicial. Lira afirmou que o adiamento não “enterraria o projeto”, pois ele não foi derrotado no voto.

O texto de Orlando Silva propõe várias regras para a atuação das redes sociais, buscando mitigar a disseminação de fake news. Em abril de 2022, antes das eleições presidenciais, Lira já havia tentado aprovar a proposta, mas o regime de urgência foi derrotado por apenas oito votos.

Próximos Passos

O GT terá a missão de revisar o projeto e buscar um consenso entre as diferentes forças políticas representadas na Câmara, equilibrando a liberdade de expressão e a necessidade de combater a desinformação. O sucesso dessa iniciativa poderá definir o futuro da legislação sobre fake news no Brasil.
 

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Política

PGR defende progressão de regime do hacker Delgatti em caso que envolve Zambelli e Moraes

Walter está preso por ter invadido o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a mando da então deputada Carla Zambelli

22/12/2025 21h00

Hacker Walter Delgatti na CPMI dos atos de 8 de Janeiro

Hacker Walter Delgatti na CPMI dos atos de 8 de Janeiro Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou nesta segunda-feira, 22, de forma favorável à progressão de regime prisional de Walter Delgatti, conhecido como hacker de Araraquara (SP), condenado a oito anos e três meses de prisão.

Delgatti está preso por ter invadido o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a mando da então deputada Carla Zambelli (PL-SP) e por emitir um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

No parecer enviado ao ministro-relator Alexandre de Moraes, a PGR informou que, até 2 de julho deste ano, Delgatti havia cumprido um ano, 11 meses e cinco dias de pena - o equivalente a 20% do total. O documento também destaca que o atestado de conduta carcerária emitido pela unidade prisional aponta bom comportamento do detento, requisito previsto em lei para a concessão do benefício.

"Além disso, o atestado de conduta carcerária emitido pela unidade prisional atesta que o reeducando Walter Delgatti Neto apresenta bom comportamento carcerário. Dessa forma, estão atendidos os requisitos objetivos e subjetivos exigidos para a progressão de regime prisional", escreveu o PGR Paulo Gonet.

A manifestação da PGR foi solicitada pelo ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo processo de execução penal e pelo pedido de progressão apresentado pela defesa. Não há prazo para decisão.

 

Política

Lula sanciona alta de 8% em salários do Jucidiário em 2026, mas veta reajuste em 2027 e 2028

Texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

22/12/2025 19h00

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva Agência Brasil

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou o reajuste para os servidores do Poder Judiciário em 2026, mas vetou o aumento dos salários nos tribunais em 2027 e 2028. O texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

O projeto aprovado pelo Congresso Nacional prevê reajuste de 8% nos salários do Judiciário a partir de julho de 2026. Lula vetou aumentos idênticos previstos para julho de 2027 e julho de 2028.

"Em que pese a boa intenção do legislador, a proposição legislativa contraria o interesse público ao estabelecer aumento da despesa com pessoal com parcelas a serem implementadas em períodos posteriores ao final do mandato do Presidente da República, contrariando a vedação prevista no art. 21, caput, inciso IV, alínea b, da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal", justificou o Planalto.

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