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Lira sinaliza que apenas um projeto do pacote anti-STF terá continuidade

As medidas passaram com o apoio dos demais partidos de centro-direita e direita -só a esquerda se colocou contra-, em mais um demonstração de insatisfação do Congresso com o STF

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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), manifestou a deputados de seu entorno que apenas um dos projetos do pacote anti-STF deve seguir sua tramitação na Câmara: a PEC que limita decisões monocráticas de integrantes da corte, já aprovada no Senado.

Nesta quarta-feira (9), deputados aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) conseguiram aprovar na comissão de Constituição e Justiça da Câmara duas PECs (Propostas de Emenda à Constituição) e dois projetos de lei que miram o Supremo.

As medidas passaram com o apoio dos demais partidos de centro-direita e direita -só a esquerda se colocou contra-, em mais um demonstração de insatisfação do Congresso com o STF

Os dois Poderes têm trocado críticas mútuas em especial devido a decisões do STF que afetam o dia a dia dos parlamentares, sobretudo a do ministro Flávio Dino que suspendeu a execução de parte das emendas parlamentares até que haja aperfeiçoamento dos mecanismos de controle e transparência.

Apesar do apoio do centro e do centrão à aprovação do pacote na CCJ, integrantes desses partidos dizem que o entendimento com Lira é de que haverá continuidade da tramitação apenas da chamada PEC das decisões monocráticas.

As demais, que incluem pontos como dar ao Legislativo o poder de sustar decisões do STF e o aumento das possibilidades de impeachment de ministros da corte, não têm, inclusive, apoio amplo na Câmara e dizem mais respeito à bancada bolsonarista --concentrada no PL.
A CCJ é o primeiro passo da tramitação, no caso de PEC. O próximo passo é a instalação de uma comissão especial para analisar o tema. Após isso, ela fica pronta para votação em plenário.

Esses dois passos, a instalação da comissão especial e, após isso, a inserção do tema na pauta de votações do plenário, são decisões a cargo do presidente da Câmara, que não tem prazo para deliberar sobre isso.

Ou seja, ele tem o poder de fazer os temas andarem, de influenciar o ritmo, ou, se quiser, engavetar as propostas.

Para ser aprovada, uma emenda à Constituição precisa do voto de ao menos 60% dos parlamentares, em dois turno de votação. Na Câmara, 308 de 513 votos. Por já ter sido aprovada no Senado, a PEC seguirá para promulgação pelo Congresso caso seja aprovada sem modificações pelos deputados --PECs não passam por sanção ou veto presidencial
A PEC 8/2021 foi aprovada por 39 votos a 18 na CCJ. Ela restringe o poder de os magistrados da corte derrubarem por decisão monocrática (individual) leis aprovadas pelo Congresso.

O texto busca restringir o escopo e a validade das decisões monocráticas dadas pelos membros da corte, exigindo análise colegiada em leis e autorizando somente o presidente do órgão a decidir sozinho, apenas em período de recesso judiciário e sob necessidade de análise coletiva após o retorno das atividades.

Ela passou no Senado por 52 votos a 18, uma indicação robusta do apoio que encontra entre os parlamentares.

A PEC surgiu no Senado estimulada pela bancada bolsonarista e diante da insatisfação mais geral com decisões individuais e mesmo colegiada dos ministros que contrariam a maioria conservadora do Congresso, como as relativas a drogas e à questão das terras indígenas.

A mais recente decisão monocrática alvo de irritação no Congresso foi a de Flávio Dino relativa às emendas, em agosto. O clima não amenizou nem mesmo pelo fato de a corte, depois, ter referendado de forma unânime a decisão do magistrado.

Os outros projetos aprovados pela CCJ da Câmara nesta quarta são a PEC 28/2024, que passou por 38 votos a 8 e permite que as decisões do STF possam ser derrubadas pelo Congresso, além dos projetos de lei que, entre outros pontos, estabelecem novas condutas passíveis de impeachment para os magistrados, como opinar sobre processos pendentes de julgamento.
 

*Informação da Folhapress 

SEGUNDO TURNO

Tereza quer trazer Michelle Bolsonaro para a campanha eleitoral de Adriane

A senadora progressista vai conversar com ex-primeira-dama do País para pedir votos aos bolsonaristas de Campo Grande

10/10/2024 08h00

A ex-primeira-dama do Brasil Michelle Bolsonaro, com a senadora Tereza Cristina e com a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes

A ex-primeira-dama do Brasil Michelle Bolsonaro, com a senadora Tereza Cristina e com a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes Foto: arquivo

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Após alinhar o apoio do governador, Eduardo Riedel (PSDB), e da primeira-dama do Estado, Mônica Riedel, à reeleição da atual prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), neste segundo turno das eleições, a senadora Tereza Cristina (PP) agora tenta conseguir o apoio da ex-primeira-dama do Brasil Michelle Bolsonaro, presidente nacional do PL Mulher.

O Correio do Estado apurou que a parlamentar deve aproveitar a presença em Brasília (DF) para cumprir as pautas do Senado para procurar Michelle Bolsonaro. A princípio, Tereza Cristina tinha a intenção de trazer o casal Bolsonaro, mas o ex-presidente da República Jair Bolsonaro está focado na reeleição do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que também avançou para o segundo turno, contra Guilherme Boulos (Psol).

Fontes ouvidas pela reportagem revelaram que a vinda de Michelle Bolsonaro sozinha evitaria uma provável indisposição com o PSDB, pois durante o primeiro turno inteiro Bolsonaro não veio a Campo Grande para pedir votos para o candidato tucano, o deputado federal Beto Pereira, gravando apenas um vídeo em que convocava os bolsonaristas a votarem no parlamentar. 

Dessa forma, caso o ex-presidente da República viesse à Capital para subir no palanque de Adriane Lopes, isso não pegaria bem com a cúpula tucana, que negociou pessoalmente com Bolsonaro a aliança PL-PSDB, fazendo inclusive com que ele quebrasse um acordo com Tereza Cristina de que reeditaria a dobradinha da eleição presidencial de 2022 entre PP e PL.

RECEPÇÃO

Além disso, em fevereiro deste ano, Michelle Bolsonaro já esteve na Capital, onde foi recepcionada pela prefeita Adriane Lopes ainda no Aeroporto Internacional de Campo Grande. 

Naquela oportunidade, Adriane presenteou a ex-primeira-dama do Brasil com um exemplar da Bíblia Sagrada.
A chefe do Executivo municipal disse que a escolha do presente refletia a afinidade de valores compartilhados, especialmente em relação à fé cristã e à importância da família.

“A Bíblia é reconhecida como a palavra de Deus, uma poderosa fonte de fé e amor, transmitindo valores morais e éticos fundamentais para muitas pessoas. É uma honra recebê-la, uma referência de mulher forte, que inspira e faz com que as vozes de muitas outras mulheres sejam ouvidas”, disse, na época, a prefeita, que é missionária há 20 anos da Assembleia de Deus Missões.

A cúpula do PP acredita que a presença de Michelle Bolsonaro em Campo Grande apoiando a campanha eleitoral de Adriane Lopes pode fazer com que os bolsonaristas que ainda tenham dúvidas sobre em que votar no dia 27 optem pela candidata progressista.

FORÇA BOLSONARISTA

O diretor do Instituto de Pesquisa Resultado (IPR), Aruaque Fressato Barbosa, explicou ao Correio do Estado que o ex-presidente Jair Bolsonaro ainda tem muita força junto ao eleitorado campo-grandense.

“Em várias pesquisas de intenções de votos que realizamos ao longo do ano passado e deste ano, entre um mínimo de 23% e um máximo de 26% dos entrevistados com 16 anos ou mais de idade se declararam bolsonaristas em Campo Grande”, apontou.
Portanto, de acordo com Aruaque Barbosa, qualquer ação no sentido de atrair esse fatia do eleitorado da Capital é válida e pode significar a vitória em um segundo turno tão disputado como o deste pleito.

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Política

Barroso fala em perda de credibilidade aos que atacaram as urnas

"Não há como fraudar o sistema eleitoral brasileiro", afirmou

09/10/2024 20h00

A declaração de Barroso foi feita durante a abertura da sessão do Supremo.

A declaração de Barroso foi feita durante a abertura da sessão do Supremo. Arquivo

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, disse nesta quarta-feira (9) que quem atacava a segurança das urnas eletrônicas perdeu credibilidade nas eleições deste ano.

A declaração de Barroso foi feita durante a abertura da sessão do Supremo. O ministro reforçou que o sistema eletrônico de votação é totalmente auditável e é um exemplo para outros países.

“Uma coisa que me chamou a atenção foi a perda de credibilidade de quem atacava a credibilidade das urnas. Esse já não foi mais um problema porque [tivemos] observadores internacionais, a abertura do código-fonte um ano antes, o monitoramento por todos os partidos, pelo Ministério Público, pela Polícia Federal. Não há como fraudar o sistema eleitoral brasileiro”, afirmou.

O ministro também aproveitou para elogiar o trabalho da ministra Cármen Lúcia, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e conduz o pleito.

A ministra agradeceu o apoio e disse que o sistema é eleitoral "é o Brasil que dá certo".

Após o primeiro turno das eleições, realizado no último dia 6, os eleitores de 52 municípios do país vão voltar às urnas no dia 27 deste mês para o segundo turno. Serão 15 capitais e 37 cidades, todos com mais de 200 mil eleitores.

Nessas localidades, nenhum dos candidatos à prefeitura atingiu mais da metade dos votos válidos, excluídos os brancos e nulos, no primeiro turno. Não há segundo turno para vereadores.

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