Política

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Lula chama Bolsonaro de 'Zé Ninguém' e diz que o presidente odeia o STF

Bolsonaro (PL) é um "Zé Ninguém que só sabe contar mentiras", disse ex-presidente

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste sábado, 30, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) é um "Zé Ninguém que só sabe contar mentiras", não gosta de gente e não conhece a palavra solidariedade. 

"Ele só conhece o ódio. Ódio contra a mulher, contra o negro, contra o PT, contra o LGBT, contra o quilombola e, agora, contra a Suprema Corte", disse, em evento com mulheres na periferia de São Paulo.

Pré-candidato ao Planalto, o petista criticou o indulto dado por Bolsonaro ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), um dia após o parlamentar ser condenado a mais de oito anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

"Ao invés de visitar uma cadeia e dar indulto a quem merece indulto, ele dá para um amigo seu que tinha cometido a barbaridade de ofender a Suprema Corte. Na verdade, esse homem não tem sentimento nenhum."

Ao falar das eleições de outubro, Lula disse que o voto é "um ato revolucionário" e que, neste ano, ele deve ser usado para "mandar esse cidadão" embora, viver longe com seus filhos, em referência a Bolsonaro.

Lula e o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), pré-candidato ao governo de São Paulo, participaram de um evento com mulheres na zona norte de São Paulo sobre inflação e insegurança alimentar. 

Logo no início do encontro realizado na quadra de uma associação comunitária, a organização apresentou dois carrinhos de supermercado com compras feitas em 2010 e, agora, em 2022, com R$ 100. O primeiro cheio e o segundo, vazio.

De acordo com Lula, "metade da inflação" enfrentada hoje pelo brasileiro é culpa do governo, responsável pelas políticas de energia e combustível. "

Ele não tem vergonha na cara", completou, ao falar sobre a fome. "Somos o terceiro maior produtor de alimentos do mundo. Não tem explicação ter gente passando fome no Brasil."

O ex-presidente disse que só se coloca como pré-candidato para devolver a dignidade ao povo pobre. "Meu compromisso não é com o banqueiro, com o alto empresariado ou com o fazendeiro, mas com o povo pobre", afirmou, dizendo em seguida que não quer "tirar nada de ninguém ".

Haddad usou o simbolismo da apresentação para criticar Bolsonaro e o ex-governador João Doria (PSDB). Pré-candidato ao governo paulista, ele citou o preço alto da gasolina e dos pedágios pagos nas rodovias do Estado para explicar, em parte, porque a inflação está alta.

Em um discurso rápido, Haddad ainda afirmou que Doria aumentou os impostos que incidem sobre a cesta básica. "Chegamos nessa situação por termos maus governos nos âmbitos estadual e federal O Bolsodoria não deu certo pra ninguém", disse.

Política

Alckmin diz que é cedo para falar sobre eleições de 2026 e defende debate sobre escala 6x1

Alckmin é cotado para seguir como vice de Lula em 2026, mas seu nome começou a aparecer bem posicionado em pesquisas de intenção de voto para o Palácio dos Bandeirantes

19/12/2025 19h00

Vice-presidente, Geraldo Alckmin

Vice-presidente, Geraldo Alckmin Crédito: Fábio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil

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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou a jornalistas nesta sexta-feira, 19, que ainda é cedo para falar sobre as eleições de 2026 e não deu pistas sobre seus planos políticos. "Esse é um tema para o próximo ano. Está chegando", disse. Indagando se tem conversado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o assunto, ele se limitou a responder: "É cedo ainda".

Alckmin é cotado para seguir como vice de Lula em 2026, mas seu nome começou a aparecer bem posicionado em pesquisas de intenção de voto para o Palácio dos Bandeirantes.

Escala 6x1

Sobre a proposta do fim da jornada de seis dias de trabalho e um de folga, a escala 6x1, muito criticada pela indústria, Alckmin disse que há uma tendência no mundo inteiro de redução de jornada. "Se eu consigo fazer mais, mais produtos, aumentar a produção, com menos gente, utilizando robô, inteligência artificial, digitalização, é natural. No mundo inteiro, a tendência é de redução de jornada de trabalho", sustentou.

"Se você faz isso para todos, ou vai fazendo por setores mais avançados da economia, essa é uma discussão que cabe ao Parlamento e à sociedade fazê-la. Mas é uma tendência mundial hoje, redução de jornada de trabalho", completou.

ReData

Alckmin ainda fez algumas ponderações sobre o Regime Especial de Tributação para Serviços de Datacenter (ReData), alegando que a medida provisória (MP) que o instituiu não foi votada. "Porque esperava-se votar junto com o PL da Inteligência Artificial. Como não aprovou, ficou para o começo do ano. Mas esperamos que aprove, se possível, em fevereiro." Ele disse que o Redata vai trazer muito data center e investimentos de altíssimo valor para o Brasil.

 

Política

Justiça revoga tornozeleira de ex-vereador Cláudinho Serra, mas mantém restrições

Em decisão sobre a Operação Tromper, juiz de Sidrolândia nega pedido de pernoite em fazenda para Serra, citando gravidade dos crimes, mas autoriza deslocamentos diurnos para trabalho

19/12/2025 13h50

Vereador afastado após ser acusado de corrupção, Claudinho Serra (PSDB), lê a Bíblia Sagrada durante sessão da Câmara

Vereador afastado após ser acusado de corrupção, Claudinho Serra (PSDB), lê a Bíblia Sagrada durante sessão da Câmara Divulgação

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O juiz Bruce Henrique dos Santos Bueno Silva, da Vara Criminal de Sidrolândia, revogou o monitoramento por tornozeleira eletrônica do ex-vereador Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho, o "Claudinho Serra” (PSDB) e de Cleiton Nonato Correia, proprietária da GC Obras, e Carmo Name Júnior, todos investigados no âmbito da Operação Tromper por crimes de fraude em licitações, corrupção e lavagem de dinheiro.

Apesar da retirada do equipamento, o magistrado manteve uma série de outras medidas cautelares, como o recolhimento domiciliar noturno e a proibição de frequentar bares, e negou pedidos mais amplos de flexibilização, citando a gravidade das acusações e o risco à ordem pública. A decisão também revelou que a Fazenda Divisa, de propriedade de Serra, foi identificada nas investigações como um "possível local de ocultação de valores ilícitos".

A decisão analisou pedidos individuais de Cláudinho e Cleiton Correia, que buscavam adequar as medidas cautelares às suas rotinas profissionais e pessoais.

O ex-vereador e ex-secretário de finanças de Sidrolândia solicitou autorização para pernoitar por até oito dias em sua Fazenda Divisa, em Anastácio, alegando que o deslocamento diário de mais de cinco horas a partir de sua residência em Campo Grande seria inviável. Ele argumentou que a medida era apenas uma adequação à sua atividade laboral.

Já Cleiton Correa fez dois pedidos: a extensão do horário de recolhimento noturno até as 22h30 para participar de cultos religiosos e a autorização para viajar e pernoitar em São Gabriel do Oeste, onde sua empresa, a GC Obras de Pavimentação Asfáltica, possui contratos ativos.

O Ministério Público Estadual se manifestou contra todos os pedidos, argumentando que as flexibilizações comprometeriam o controle judicial e que a fazenda de Serra era um local suspeito na investigação.

O juiz indeferiu o pedido de pernoite, concordando com o MPMS de que a fazenda é um ponto sensível da investigação. Ele destacou que a administração de um empreendimento agropecuário pode ser “feita por prepostos” e que a conveniência pessoal do réu não pode se sobrepor à necessidade de vigilância rigorosa em um caso de "elevada gravidade e repercussão".

No entanto, o juiz autorizou Serra a se deslocar diariamente para a fazenda, desde que retorne à sua residência em Campo Grande até as 22h30 para cumprir o recolhimento noturno.
Para Cleiton Correia, o pedido foi acolhido parcialmente. O juiz estendeu o horário de recolhimento para as 22h30, reconhecendo o direito fundamental à liberdade religiosa e considerando que a ampliação de 30 minutos era "mínima" e não comprometeria a fiscalização.

O deslocamento para São Gabriel do Oeste foi autorizado apenas durante o dia, sendo vedado o pernoite fora da comarca. O juiz ponderou o direito ao trabalho com o risco de fuga, dada a proximidade de MS com fronteiras internacionais.

A surpresa da decisão foi a revogação, de ofício, do monitoramento eletrônico para Serra, Correia e Carmo Name Júnior, assessor de Claudinho. O juiz argumentou que, com as flexibilizações de deslocamento entre municípios, a fiscalização via tornozeleira se torna "de execução operacional complexa", especialmente em áreas rurais.

"A imposição da monitoração em tais moldes, longe de assegurar o fim cautelar pretendido, pode gerar tumulto processual, mediante instauração de incidentes indevidos por alegado ou suposto descumprimento", afirmou o magistrado.

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