Política

PESQUISA

Lula e Bolsonaro terão pouca influência na eleição municipal de Campo Grande

"A Cara da Democracia" fez 2.536 entrevistas em 188 cidades de todas as regiões do Brasil entre 26 de junho e 3 de julho

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Dados da pesquisa “A Cara da Democracia”, feita Instituto da Democracia (IDDC-INCT) com 2.536 entrevistas presenciais em 188 cidades de todas regiões do Brasil, revelaram que, às vésperas das eleições municipais, os dois atuais protagonistas nacionais do pleito, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), terão influência limitada.

Na média nacional, a cada dez eleitores, de quatro a cinco dizem não votar “de jeito nenhum” em candidatos a prefeituras apoiados por um ou pelo outro, segundo dados da pesquisa. Os dados apontam que o apoio de Lula ajuda mais e atrapalha menos do que o de Bolsonaro. 

Em relação ao atual presidente, 40% dos entrevistados rechaçaram votar em um aliado do petista, enquanto 53% (27% votaria e 26% poderia votar) ao menos consideram essa hipótese.

No caso do ex-presidente, 49% rejeitam votar em um candidato que receba seu apoio. Os que ao menos consideram votar em um aliado de Bolsonaro são 46% (20% votaria e 26% poderia votar), mas apenas dois em cada dez eleitores dizem que o apoio garantiria seu voto. 

Além disso, 2% disseram que Lula não influencia seus votos e 5% não sabem ou não responderam, enquanto 2% falaram que Bolsonaro não influencia seus votos e 4% não sabem ou não responderam.

Sobre a pesquisa é bom informar que o IDDC-INCT reúne pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Nacional de Brasília (UnB) e Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

Além disso, o levantamento foi financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). 

A margem de erro é estimada em 2% para mais ou para menos e o índice de confiança é de 95%. A pesquisa foi realizada entre os dias 26 de junho e 3 de julho deste ano.

CAMPO GRANDE 

O município de Campo Grande (MS) é um bom exemplo disso, já que os três candidatos – Beto Pereira (PSDB), Adriane Lopes (PP) e Camila Jara (PT) - que representam o presidente Lula ou o ex-presidente Bolsonaro não lideram os levantamentos de intenções de votos já divulgados.

O Instituto Paraná Pesquisas divulgou, no fim do mês de abril, a pesquisa de intenções de votos registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o nº MS-05358/2024 e, por ela, os três candidatos ligados a Lula ou Bolsonaro não estavam na liderança.

No entanto, na época em que foi feito o levantamento, o ex-governador André Puccinelli (MDB) ainda não tinha desistido da disputa e apareceu na liderança, entretanto, mesmo tirando ele do páreo, nem Beto Pereira, nem Adriane Lopes e nem Camila Jara figuram entre os favoritos.

Essa situação se repete em Manaus (AM), Goiânia (GO), Natal (RN) e Vitória (ES), conforme pesquisas do Real Time Big Data, Atlas Intel, Quaest, Datafolha e Paraná Pesquisas.

Por outro lado, ainda conforme essas mesmas pesquisas, quatro pré-candidatos apoiados por Bolsonaro lideram as pesquisas de intenção de voto em capitais, enquanto os apadrinhados por Lula estão à frente em outras três capitais. 

Os nomes que têm aval de Bolsonaro e estão em primeiro lugar nas pesquisas concorrem às prefeituras de Aracaju (SE), Belém (PA), Curitiba (PR) e Salvador (BA), enquanto os postulantes de Lula, por sua vez, aparecem em vantagem em Porto Alegre (RS), Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ). 

Em São Paulo (SP), o deputado Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato de Lula, está empatado com o prefeito Ricardo Nunes (MDB), apoiado por Bolsonaro. Ambos têm 29% das intenções de voto.

O mesmo ocorre em Rio Branco (AC), onde Marcus Alexandre (MDB) aparece empatado com o prefeito Tião Bocalom (PL), com 34%. Lula apoia o emedebista e Bolsonaro, o pré-candidato do PL.

Em Belo Horizonte (MG) e Fortaleza (CE), os nomes chancelados por Lula e Bolsonaro estão em empate técnico, mas quem lidera as intenções de voto são os pré-candidatos de outros partidos, como acontece em Campo Grande (MS).

Na capital mineira, Mauro Tramonte (Republicanos) na liderança, com 22%, enquanto Bruno Engler (PL), apoiado por Bolsonaro, tem 14%, e Rogério Correia (PT), aliado de Lula, registrou 9%.

Na capital cearense, o preferido do eleitorado até o momento é Capitão Wagner (União Brasil), com 33%, André Fernandes (PL), nome de Bolsonaro na disputa, tem 12%, e Evandro Leitão (PT), apoiado por Lula, apareceu com 9%.

Na prática, as eleições municipais representam um quadro multifacetado, com as particularidades de cada cidade, pesando o contexto político local, o “timing” do apoio dos padrinhos e um possível histórico de votação mais à esquerda ou à direita, por exemplo.

Com isso, o voto na eleição municipal pode ser influenciado por fatores que escapam à polarização nacional. Além dessas variáveis, o apoio de Lula e de Bolsonaro não tem a mesma “intensidade” em todas as cidades, já que é preciso levar em conta a rejeição de um e de outro. 

Os dois são capazes de atrair apoiadores, mas eles também atraem rejeição em considerável medida.

Portanto, se associar claramente a um deles no início da disputa pode ter algum custo, entretanto, as capitais tendem a ser locais onde a disputa nacional reverbera com mais peso.

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mundo

Não houve feridos em tiroteio próximo de onde Trump estava, diz porta-voz de Palm Beach

O ex-presidente conta com segurança reforçada desde a tentativa de assassinato sofrida em julho

15/09/2024 19h00

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Não houve feridos pelo tiroteio ocorrido neste domingo, 15, próximo ao campo de golfe em que o ex-presidente e candidato do partido republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, estava, segundo o porta-voz do Gabinete do Xerife do Condado de Palm Beach, na Flórida.

Uma autoridade dos EUA, que falou sob condição de anonimato, disse que as autoridades estavam tentando determinar se os tiros foram disparados apenas próximo do campo de golfe de Trump em West Palm Beach ou também dentro do local.

Em post no X, antigo Twitter, o senador Lindsey Graham, um dos principais aliados de Trump no Congresso, disse que falou com o ex-presidente após o incidente e que Trump estava de "bom humor" e que é "uma das pessoas mais fortes que já conheci".

Trump frequentemente passa a manhã jogando golfe antes de almoçar no Trump International Golf Club West Palm Beach, um dos três que possui no estado.

O ex-presidente conta com segurança reforçada desde a tentativa de assassinato sofrida em julho. Quando está na Trump Tower em Nova York, uma fila de caminhões de lixo estaciona em uma parede do lado de fora do prédio. Em comícios ao ar livre, usa uma proteção de vidro à prova de balas.

MUDANÇAS

Azambuja deve deixar PSDB e comandar PL de MS em 2025

Presidente do diretório regional do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro disse que mudanças já começam em janeiro do ano que vem

15/09/2024 18h16

Azambuja deve assumir comando regional do PL, partido de Bolsonaro, em 2025

Azambuja deve assumir comando regional do PL, partido de Bolsonaro, em 2025 Foto: Arquivo

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O ex-governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, deve mudar de partido e assumir a presidência do Partido Liberal (PL) em Mato Grosso do Sul no ano que vem, segundo confirmou o atual presidente do diretório regional do PL, Tenente Portela.

"A partir de 1º de janeiro de 2020, o PL aqui no MS será dirigido pelo Reinaldo Azambuja", disse Portela em um grupo nas redes sociais, onde estão todos os presidentes municipais da sigla.

"Para quem não gostou, questione o próprio Bolsonaro. Valdemar [Costa Neto] e o articulador político do PL, senador Rogério Marinho. Sou leal a um amigo de mais de 45 anos, e essa leal é via dupla", acrescentou o Tenente Portela.

A ida do ex-governador para a PL faz parte de um acordo que teria sido realizado com a nacional do partido de Bolsonaro, onde foi definida a aliança entre os partidos para apoiar candidatos do PSDB nas eleições municipais deste ano, especialmente  deputado federal Beto Pereira, que concorre a prefeito de Campo Grande, e Marçal Filho, em Dourados.

Conforme informações, outros políticos devem sair do PSBD e migrar para o PL em 2025, como previsto no acordo.

Segundo noticiou o Correio do Estado, na última semana, Bolsonaro entrou nas campanhas eleitorais dos candidatos às prefeituras de Campo Grande e Dourados.

Os candidatos gravaram vídeos, em Brasília, com o ex-presidente, e com participações de Azambuja e do Tenente Portela, além das candidatas a vice-prefeitas.

Ainda durante a gravação dos vídeos, ficou acertada a vinda de Bolsonaro a Campo Grande e a Dourados na reta final da campanha eleitoral, entre os dias 23 e 28, para pedir votos para Beto Pereira e Marçal Filho.

Diretórios regionais

O  suplente de senador Aparecido Andrade Portela, o Tenente Portela, assumiu a presidência do PL no dia 4 de julho deste ano, após destituição do então presidente, deputado federal Marcos Pollon.

Na ocasião, Marcos Pollon, publicou nas redes socias que foi destituído do comando após se opor ao apoio da sigla ao PSDB nas eleições municipais. 

Já Azambuja foi reconduzido ao comando estadual do PSDB no dia 21 de outubro do ano passado. Ele já ocupa o cargo desde julho de 2022.

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