Política

troca partidária

Maior liderança do PSDB confirma que Eduardo Riedel vai mesmo deixar sigla

Convenção nacional da legenda, realizada ontem, em Brasília (DF), aprovou a fusão dos tucanos com o Podemos, de olho em 2026

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Último governador do PSDB no Brasil, Eduardo Riedel, de Mato Grosso do Sul, está de malas prontas para deixar o partido a qualquer momento, agora que foi aprovada, na 17ª convenção nacional da legenda, realizada ontem, em Brasília (DF), a continuidade dos trâmites para a incorporação ao Podemos, formando assim um partido que representará as duas siglas.

A informação foi obtida ontem pelo Correio do Estado, durante a convenção nacional, com o ex-presidente nacional do PSDB e ex-governador de Minas Gerais deputado federal Aécio Neves (MG), que explicou que será um grande equívoco essa decisão de Riedel de deixar o ninho tucano por uma outra legenda.

Apesar disso, o parlamentar federal mineiro destacou que ficar ou sair de um partido é uma decisão muito pessoal. “Eu acho um equívoco [a saída de Riedel], como achei um equívoco o que os governadores Eduardo Leite [RS] e Raquel Lyra [PE] fizeram, ao trocar o PSDB pelo PSD. Eles não saíram para um projeto”, lamentou.

Ele completou que é meio nostálgico nesse sentido. “Se você tem seus sonhos, você tem que ter uma coisa não palpável, que te move, que sabe que te movimenta”, afirmou.

O ex-governador mineiro ressaltou ainda que Riedel “é um quadro altamente extraordinário, sendo um governador moderno e, com os resultados econômicos apresentados por Mato Grosso do Sul na sua gestão, talvez seja um dos melhores do Brasil”.

“Na conversa que tive com o Riedel, eu disse isso: você vai ser o único governador do partido, um partido que tem um projeto para o Brasil. Além disso, para ele não muda muito o jogo ficar ou sair do PSDB, pois, em qualquer partido que estiver, vai ter os outros como aliados”, analisou.

Depois de apresentar um panorama sobre a proposta que foi feita pelo presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que mesmo assim deixou o partido, Neves enfatizou: “você tenta convencer, mas, se sair [do PSDB], nós vamos em frente do mesmo jeito, não muda, mas eu gostaria muito que ele pudesse ficar e ainda estamos conversando muito com ele [Riedel]”.

VIDEOCHAMADA

Sem estar presente No evento, Riedel afirmou, por meio de uma videochamada, que: “Quero deixar público o meu voto de apoiarmos essa iniciativa com o Podemos”. 

“Deixo consignado meu apoio a essa iniciativa. Se tudo correr bem, a incorporação com o partido que vem crescendo [Podemos], juntos, poderemos somar na política”, declarou.

Porém, mesmo com essa manifestação, o governador tem conversado com lideranças do PP para deixar o PSDB, tanto que, durante o evento Global Agribusiness Festival, em São Paulo (SP), ele estava acompanhado da senadora Tereza Cristina, presidente estadual progressista.

Ainda no festival, a imprensa pressionou Riedel sobre sua continuidade ou não no PSDB, porém, mais uma vez, ele desconversou. 

“Eu participei da convenção do PSDB cedinho, por videochamada, pois já tinha feito o compromisso de vir aqui para o evento”, justificou.

O governador informou que votou pela incorporação, pois, na sua avaliação, o PSDB está passando pelo momento de reorganização das suas bases.

“A incorporação é um movimento nesse sentido. E, no Brasil, neste semestre, nós da roça falamos assim: ‘a carruagem está andando cheia de abóbora e as abóboras estão se acomodando’. É o que está acontecendo agora”, pontuou.

Para ele, os partidos estão conversando entre si e buscando estabelecer as alianças adequadas para esse novo momento político do Brasil, que é um volume muito menor de partidos. 

Sobre a aproximação com Tereza Cristina, Riedel disse que a relação com a parlamentar é muito antiga. 

“Eu costumo falar que sou afilhado dela porque, há 25 anos, ela me trouxe para participar da política, ainda na Famasul. Ela me incentivou a ser candidato, coisa que não estava nos meus planos como empresário. E aí, sem dúvida nenhuma, a gente tem uma relação muito próxima”, reconheceu.

O governador pontuou que o PSDB está fazendo o seu dever de casa ao reestruturar o partido, mas, em relação a ficar ou sair da legenda, ainda não dava para dizer. “Não tem nada definido ainda”, finalizou.

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Política

Avaliações positiva e negativa do STF crescem e mostram divisão da percepção da população

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano; percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%

19/12/2025 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19, mostra que cresceram as avaliações positivas e negativas sobre o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrando uma divisão da percepção da população brasileira sobre a atuação da Corte.

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano. No mesmo período, a percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%. Já a avaliação regular recuou de 34% para 24%.

No intervalo entre os dois levantamentos, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre as duas edições da pesquisa, também houve mudança no comando da Corte. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do tribunal e o ministro Luís Roberto Barroso se aposentou. Fachin adota um perfil mais discreto e defende a chamada "autocontenção" do Judiciário, em contraste com o antecessor, que sustentava que o Supremo deveria exercer um "papel iluminista" e atuar de forma mais protagonista na definição de direitos.

No mesmo período, o secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares, além de outros sete integrantes do STF. O governo dos Estados Unidos também aplicou sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para punir violadores graves de direitos humanos. Foi a primeira vez que uma autoridade de um país democrático foi alvo das medidas previstas na legislação. Neste mês, o presidente Donald Trump retirou o nome do ministro da lista de sancionados.

Outros poderes

A pesquisa também avaliou os demais Poderes. No Legislativo, a percepção varia conforme a Casa. No Senado Federal, a maior parcela dos entrevistados (34%) classifica o desempenho como regular, porcentual que empata, dentro da margem de erro (2 p p), com a avaliação negativa, de 33%. A avaliação positiva soma 22%, enquanto 11% não souberam ou não quiseram responder.

Na Câmara dos Deputados, a avaliação negativa predomina: 36% consideram o trabalho ruim ou péssimo. A percepção, porém, está tecnicamente empatada com a avaliação regular, que alcança 35%. A avaliação positiva é de 20%, e 9% não responderam.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2025. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos porcentuais. Os entrevistados puderam classificar cada Poder como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, com os resultados consolidados nas categorias positiva, regular e negativa.

Governo Lula

Em relação ao Executivo federal, 38% dos brasileiros avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um trabalho ruim ou péssimo. Outros 34% consideram a gestão boa ou ótima, enquanto 25% a classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

Política

Ministro do Paraguai fala em disposição construtiva para avançar em acordo Mercosul-UE efetivo

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

19/12/2025 21h00

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais Foto: Divulgação

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O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, reafirmou a "disposição construtiva" para avançar na concretização efetiva do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), durante a 67ª reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, órgão decisório de nível ministerial do bloco, nesta sexta-feira, 19, segundo nota do Ministério de Relações Exteriores do país.

"Em particular, o Paraguai confia que os mecanismos de salvaguarda serão abordados e aplicados de maneira compatível com respeito ao negociado e acordado, e também de acordo com as normas multilaterais preservando o equilíbrio de direitos e obrigações das partes", disse Lezcano.

O chanceler também afirmou que "o Paraguai acredita e aposta em um Mercosul que funcione para todos, capaz de traduzir seus princípios em resultados concretos e de responder com pragmatismo e visão aos desafios estruturais que ainda persistem" na região.

Segundo Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais entre os Estados Parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e, mais recentemente em 2024, Bolívia). "Não se trata de uma noção abstrata, mas de uma realidade econômica e geográfica que limita nosso desenvolvimento e condiciona nossa competitividade", disse, frisando que a condição mediterrânea do país impõe custos adicionais que encarecem as exportações e restringem a participação nas cadeias regionais de valor.

A reunião do CMC, em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, foi majoritariamente fechada à imprensa.

No sábado, 20, o Brasil deve passar o bastão da Presidência Pro Tempore do bloco ao Paraguai, durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, também em Foz do Iguaçu. 

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