Política

Peso da crise

Maioria dos deputados de MS declara voto contrário à CPMF

Geraldo Rezende (PMDB) e Vander Loubet (PT) estão divididos e aguardam bancada

RODOLFO CÉSAR E CLODOALDO SILVA

15/09/2015 - 18h00
Continue lendo...

A maioria dos deputados federais de Mato Grosso do Sul afirmou que a nova tentativa do governo federal de retornar a cobrança da CPMF ( Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras) sobre transações bancárias trata-se de um erro e se posicionaram contrários à aprovação. Somente Zeca do PT defendeu a proposta e a tratou como “legítima”. Vander Loubet (PT) e Geraldo Rezende (PMDB) não se posicionaram firmemente sobre seus votos.

A alíquota ainda será apresentada ao Congresso em forma de PEC (Proposta de Emenda à Constituição) e o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), declarou ser “muito pouco provável” a aprovação da proposta no Congresso.

O Portal Correio do Estado procurou, na tarde desta terça-feira (15), os oito deputados federais eleitos por Mato Grosso do Sul. Declararam voto contrário Elizeu Dionisio (SD), Carlos Marun (PMDB), Dagoberto Nogueira (PDT), Tereza Cristina (PSB) e Luiz Mandetta (DEM).


Deputados federais de MS se posicionam em relação à volta da CPMF

O deputado Carlos Marun (PMDB) inclusive participou, ontem, de um reunião no Congresso para articular movimento que derrube a proposta da CPMF. “Sou contra e não vejo a possibilidade de isso ser aprovado na Câmara”, afirmou.

 

 

 

Elizeu Dionisio (SD) opinou que existe um certo “terrorismo” do governo federal em empurrar propostas para serem votadas a qualquer custo. “Eu voto contra e a maioria da Câmara também. O governo não faz o exercício para diminuir os gastos. O problema fiscal no Brasil é na despeja, não na arrecadação.”

 

 

 

Tereza Cristina criticou o governo federal por não anunciar os próprios cortes, em contrapartida já definir como fará a população pagar os custos da crise. “Eles precisavam informar quais serão os cortes de gastos, quais ministérios e cargos serão cortados. Isso não fizeram. Mas falaram da CPMF, que é um imposto que pega praticamente todo cidadão.”

 

Em viagem aos Estados Unidos, Geraldo Rezende (PMDB) ponderou que a situação fiscal do país é grave, mas para a aprovação de um novo imposto é necessário “ter uma discussão maior e entender se é mesmo necessário criar essa cobrança”.

 

 

 

 

Zeca (PT), integrante do partido da presidente Dilma Rousseff, foi o único ouvido pelo Portal que defendeu a criação da CPMF. “É uma tributação legítima e para atingir os mais ricos. Acho que é um ato politicamente correto”, cravou. Vander Loubet, também do PT, informou via assessoria que tem posicionamento contrário à cobrança da alíquota, mas aguarda reunião da bancada para definir como votará.

 

Sobre a alíquota

O novo imposto foi proposto na segunda-feira (14), dentro do conjunto de medidas fiscais de R$ 64,9 bilhões para garantir a meta de superávit primário de 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2016. A expectativa do governo é que a Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras gere um impacto de R$ 32 bilhões.

A CPMF incidiria em 0,2% em toda as transações bancárias e serviria para financiar os gastos da Previdência Social. No impacto da vida real do cidadão, essa taxação significaria que na compra de um carro novo de R$ 30 mil, por exemplo, R$ 60 seria cobrado a mais do contribuinte. Quem tem conta bancária ou fizesse qualquer transação estaria sujeito também a essa nova cobrança, caso seja aprovada.

De acordo com o Centro de Estudos em Microfinanças da Fundação Getúlio Vargas, 87% dos trabalhadores formais no Brasil tem uma conta bancária, que é passível de taxação da CPMF. De quem trabalha sem carteira assinada, 60% realizam movimentação bancária.

Senadores

A posição dos senadores eleitos por Mato Grosso do Sul ainda não foi divulgada. A reportagem deixou recado com as assessorias dos senadores Delcídio Amaral (PT), Simone Tebet (PMDB) e Waldemir Moka (PMDB), que não deram retorno até a publicação desta matéria.

Política

PGR defende progressão de regime do hacker Delgatti em caso que envolve Zambelli e Moraes

Walter está preso por ter invadido o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a mando da então deputada Carla Zambelli

22/12/2025 21h00

Hacker Walter Delgatti na CPMI dos atos de 8 de Janeiro

Hacker Walter Delgatti na CPMI dos atos de 8 de Janeiro Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

Continue Lendo...

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou nesta segunda-feira, 22, de forma favorável à progressão de regime prisional de Walter Delgatti, conhecido como hacker de Araraquara (SP), condenado a oito anos e três meses de prisão.

Delgatti está preso por ter invadido o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a mando da então deputada Carla Zambelli (PL-SP) e por emitir um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

No parecer enviado ao ministro-relator Alexandre de Moraes, a PGR informou que, até 2 de julho deste ano, Delgatti havia cumprido um ano, 11 meses e cinco dias de pena - o equivalente a 20% do total. O documento também destaca que o atestado de conduta carcerária emitido pela unidade prisional aponta bom comportamento do detento, requisito previsto em lei para a concessão do benefício.

"Além disso, o atestado de conduta carcerária emitido pela unidade prisional atesta que o reeducando Walter Delgatti Neto apresenta bom comportamento carcerário. Dessa forma, estão atendidos os requisitos objetivos e subjetivos exigidos para a progressão de regime prisional", escreveu o PGR Paulo Gonet.

A manifestação da PGR foi solicitada pelo ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo processo de execução penal e pelo pedido de progressão apresentado pela defesa. Não há prazo para decisão.

 

Política

Lula sanciona alta de 8% em salários do Jucidiário em 2026, mas veta reajuste em 2027 e 2028

Texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

22/12/2025 19h00

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva Agência Brasil

Continue Lendo...

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou o reajuste para os servidores do Poder Judiciário em 2026, mas vetou o aumento dos salários nos tribunais em 2027 e 2028. O texto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU).

O projeto aprovado pelo Congresso Nacional prevê reajuste de 8% nos salários do Judiciário a partir de julho de 2026. Lula vetou aumentos idênticos previstos para julho de 2027 e julho de 2028.

"Em que pese a boa intenção do legislador, a proposição legislativa contraria o interesse público ao estabelecer aumento da despesa com pessoal com parcelas a serem implementadas em períodos posteriores ao final do mandato do Presidente da República, contrariando a vedação prevista no art. 21, caput, inciso IV, alínea b, da Lei Complementar nº 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal", justificou o Planalto.

Assine o Correio do Estado 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).