Política

TRE-MS

Mandato do vereador Sandro Benites é cassado após uso de R$ 5 mil de cota feminina

Soninha da Saúde doou o valor ao colega de partido nas eleições de 2020 para campanha eleitoral

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Sandro Trindade Benites (Patriota), vereador de Campo Grande eleito com 2.873 votos em 2020, teve seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS) por usar verba de R$5 mil do Fundo Especial de Financiamento de Campanhas (FEFC) destinado à campanha feminina. 

A enfermeira Sônia Maria Correia dos Santos, mais conhecida como Soninha da Saúde, é do mesmo partido que Sandro e recebeu R$15 mil de recursos do FEFC, verba a qual doou 1/3 ao colega. 

Ele continua no cargo até o recurso, impetrado pelo partido, ser julgado.

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Tal ato é proibido pela lei art. 30-A da Lei n. 9504/97i, “por se tratar de desvio na aplicação dos recursos do Fundo Partidário destinado à candidatura feminina”, de acordo com o Diário da Justiça Eletrônico do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS).

Além disso, o vereador eleito teria ofendido a moralidade do pleito e a igualdade de chances entre os candidatos. Portanto, teve a cassação de seu mandato.

O FEFC destina certa quantia para financiar campanhas eleitorais femininas. O objetivo é corrigir a desigualdade da representação das mulheres na política, visando assegurar paridade de gênero nas eleições. É proibido que a verba seja destinada à custeio de candidaturas masculinas.

Sandro Benites e Soninha da Saúde formaram uma parceria de campanha pelo fato de serem da mesma área profissional. 

Ambos buscavam atingir votos tanto da esfera masculina, como da feminina da área da saúde. Ele ainda alega que a doação de Sônia foi por “livre e espontânea vontade”

"Por ser médico, tinha uma liderança maior na área de saúde e pôde agregar com a candidata Enfermeira Soninha da Saúde e conhecida do mesmo de longa data, formando assim uma positiva parceria de campanha", explica Benites.

A juíza Joseliza Alessandra Vanzela Turine, da 44ª Zona Eleitoral de Campo Grande aceitou representação do Ministério Público Eleitoral de Mato Grosso do Sul e cassou o mandato do vereador e médico Sandro Benites. 

A juíza reitera que cotas femininas são uma conquista em meio à luta história de representatividade feminina. A participação das mulheres na política é uma das vitórias alcançadas. 

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Política

Lewandowski agora apoia recriação do Ministério da Segurança Pública e cobra mais recursos

Ministro afirmou que a mudança só fará sentido se vier acompanhada de uma ampliação do papel da União no combate à criminalidade

22/12/2025 22h00

Lewandowski

Lewandowski Agência Brasil

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O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, mudou de posição e passou a concordar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a recriação do Ministério da Segurança Pública, caso avance no Congresso a proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata do tema. A avaliação foi feita em entrevista ao Valor Econômico, publicada nesta segunda-feira, 22.

Ao defender a volta da pasta, Lewandowski afirmou que a mudança só fará sentido se vier acompanhada de uma ampliação do papel da União no combate à criminalidade e de um reforço significativo de recursos federais. Segundo ele, sem "verbas substanciais", o novo ministério tende a ser ineficaz.

"Eu concordo com o presidente que essa divisão (Ministério da Justiça e Ministério da Segurança Pública) faria sentido, primeiro, se houvesse uma ampliação do papel da União no combate à criminalidade. Em segundo lugar, se viessem verbas substanciais, porque hoje nós temos no nosso Fundo Nacional de Segurança Pública a verba irrisória de R$ 2 bilhões", afirmou.

Na entrevista, o ministro também criticou as mudanças promovidas pela Câmara dos Deputados no texto da PEC da Segurança enviado pelo governo. Embora tenha elogiado a disposição do relator, deputado Mendonça, para o diálogo, Lewandowski avaliou que a versão aprovada se distancia do eixo central da proposta do Executivo.

"A principal crítica que eu faço é que o texto está, de certa maneira, na contramão da proposta que nós apresentamos. O principal ponto da PEC era a coordenação de forças, e isso ficou de fora", disse. Para ele, ao priorizar a descentralização e o fortalecimento das forças locais, o texto pode representar um retrocesso em relação ao modelo de coordenação nacional previsto no Sistema Único de Segurança Pública (Susp), criado em 2018.

Lewandowski também comentou o Projeto de Lei da Dosimetria, aprovado pela Câmara e pelo Senado. Ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), ele afirmou que a revisão da norma ainda passará por sua mesa. O presidente Lula já declarou que pretende vetar o texto, que reduz penas de condenados por tentativa de golpe de Estado.

"Na medida em que você ameniza as sanções contra esse tipo de atentado contra as instituições, que é gravíssimo, você pode estimular futuros atentados contra o Estado Democrático de Direito", comentou.

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Política

PGR defende progressão de regime do hacker Delgatti em caso que envolve Zambelli e Moraes

Walter está preso por ter invadido o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a mando da então deputada Carla Zambelli

22/12/2025 21h00

Hacker Walter Delgatti na CPMI dos atos de 8 de Janeiro

Hacker Walter Delgatti na CPMI dos atos de 8 de Janeiro Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou nesta segunda-feira, 22, de forma favorável à progressão de regime prisional de Walter Delgatti, conhecido como hacker de Araraquara (SP), condenado a oito anos e três meses de prisão.

Delgatti está preso por ter invadido o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a mando da então deputada Carla Zambelli (PL-SP) e por emitir um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

No parecer enviado ao ministro-relator Alexandre de Moraes, a PGR informou que, até 2 de julho deste ano, Delgatti havia cumprido um ano, 11 meses e cinco dias de pena - o equivalente a 20% do total. O documento também destaca que o atestado de conduta carcerária emitido pela unidade prisional aponta bom comportamento do detento, requisito previsto em lei para a concessão do benefício.

"Além disso, o atestado de conduta carcerária emitido pela unidade prisional atesta que o reeducando Walter Delgatti Neto apresenta bom comportamento carcerário. Dessa forma, estão atendidos os requisitos objetivos e subjetivos exigidos para a progressão de regime prisional", escreveu o PGR Paulo Gonet.

A manifestação da PGR foi solicitada pelo ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo processo de execução penal e pelo pedido de progressão apresentado pela defesa. Não há prazo para decisão.

 

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