Política

ELEIÇÕES 2024

Marçal lidera 1ª pesquisa para prefeito de Dourados e Alan tem maior rejeição

Levantamento realizado pelo IPR/Correio do Estado indica que o ex-deputado estadual tem 35,48% das intenções de voto no município

Continue lendo...

Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Resultado (IPR) e Correio do Estado, no período de 24 a 28 de janeiro deste ano, com moradores do município de Dourados com 16 anos ou mais, revela que, se as eleições municipais fossem agora, o ex-deputado estadual Marçal Filho (PP) seria eleito prefeito com 35,48% da preferência dos entrevistados.

Já o deputado federal Geraldo Resende (PSDB-MS) aparece em 2º lugar, com 14,52%, enquanto o vice-governador José Carlos Barbosa (PP), o Barbosinha, aparece com 13,23%.

Logo em seguida vem a deputada estadual Lia Nogueira (PSDB), com 12,90%, e o ex-candidato a senador pelo PT Professor Tiago Botelho, com 6,45%.

O atual prefeito de Dourados, Alan Guedes (PP), foi o último colocado na pesquisa, obtendo 5,16% da preferência dos entrevistados, e 12,26% não sabem ou não quiseram responder. 

Além de aparecer em último lugar, Alan Guedes apresentou a maior rejeição, com 29,68%, enquanto Barbosinha vem em 2º, com 8,71%.

A deputada Lia Nogueira teve 8,39%, seguida por Geraldo Resende com 8,39%, Tiago Botelho com 5,81% e Marçal Filho com 4,52%; 23,55% responderam que não rejeitam ninguém, 4,52% disseram que rejeitam todos os citados e 6,45% não sabem ou não quiseram responder. 

O método utilizado na pesquisa foi amostragem por conglomerados, e a margem de erro considerada é de 5,5 pontos porcentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%, e para tanto foram entrevistadas 310 pessoas.

Novas lideranças

Uma informação importante apontada pela pesquisa IPR/Correio do Estado é o surgimento de duas novas lideranças no município: a deputada estadual Lia Nogueira (PSDB) e o ex-candidato a senador pelo PT Professor Tiago Botelho.

Ambos ficaram à frente do atual prefeito, Alan Guedes, e atrás de três lideranças que, a princípio, podem até não disputar a eleição de 2024, que são Marçal Filho (PP), Geraldo Resende (PSDB) e Barbosinha (PP).

Dos três, apenas Marçal Filho pode vir a disputar a prefeitura de Dourados, afinal, não obteve sucesso na tentativa de reeleição a deputado estadual nas eleições gerais do ano passado.

Já Geraldo Resende acabou de ser eleito deputado federal e, para interlocutores próximos, não tem pretensões no momento de tentar a prefeitura de Dourados em 2024, porém, como ainda falta mais de um ano, tudo pode mudar.

O vice-governador Barbosinha é outro que dificilmente vai deixar o cargo para tentar a prefeitura de Dourados depois que, no pleito anterior, foi derrotado pelo atual prefeito Alan Guedes, e agora ambos estão no mesmo partido.

Com isso, ganham força os nomes de Eli Nogueira e Tiago Botelho, e a primeira é ex-vereadora de Dourados e tem uma certa experiência política no município. 

Por outro lado, o até então desconhecido do meio político Tiago Botelho superou, na eleição para o Senado Federal, nomes de peso na política estadual e, com a vitória de Luiz Inácio Lula Silva para presidente da República, crescem as chances de o professor universitário ser um forte concorrente ao cargo de prefeito.

Desaprovação

Ainda de acordo com a pesquisa IPR/Correio do Estado, a administração do atual prefeito de Dourados, Alan Guedes, é desaprovada por 58,71% dos entrevistados, o que justifica o fraco desempenho no levantamento sobre preferência eleitoral para 2024.

Além disso, conforme o levantamento, 40% revelaram que aprovam a gestão de Alan Guedes, enquanto 1,29% não sabe ou não quis responder. O IPR/Correio do Estado também apontou que o principal problema de Dourados é a saúde pública, com 50,32%, e a falta de asfalto, com 35,48%. 

Outro dado identificado pela pesquisa é que, para os entrevistados, o principal problema no transporte coletivo urbano é a superlotação, com 21,29%, e a lentidão, com 13,23%, e o custo fica em terceiro, com 11,29%.

Análise

Segundo o diretor do IPR, Aruaque Fressato Barbosa, a pesquisa realizada em Dourados com 310 pessoas mostra que a população local está descontente com a atual administração do prefeito Alan Guedes. 

“O prefeito está muito mal avaliado e a população se queixa dos serviços públicos prestados, o que reflete imediatamente na intenção de votos, pois colocamos alguns nomes e o Alan Guedes ficou em último”, reforçou.

Na avaliação de Aruaque Barbosa, para um prefeito, é uma situação bem complicada, ainda mais se formos comparar com a rejeição. 

“Ele é o último na intenção de votos, que tem como primeiro Marçal Filho, em segundo Geraldo Resende, em terceiro Barbosinha, em quarto Lia Nogueira e em quinto Tiago Botelho. Já na rejeição, Alan Guedes é o primeiro com três vezes mais do que o segundo colocado”, ressaltou.

O diretor do IPR analisa como uma situação muito complicada para o prefeito de Dourados. “A população está bem descontente com o serviço público e com a avaliação de gestão também”, disse.

Ele completou que tudo isso reflete nas urnas e, caso não haja uma mudança, Alan Guedes terá sérios problemas com as eleições municipais do próximo ano. “Ainda é cedo para apontarmos uma definição, mas essa largada está muito desfavorável para ele, pois o alto índice de rejeição limita o potencial de crescimento do prefeito”, finalizou Aruaque Fressato Barbosa.

Mais informações sobre a pesquisa podem ser conferidas no site 
do Correio do Estado.

Saiba: Dados técnicos da pesquisa - O Instituto de Pesquisa Resultado (IPR)/Correio do Estado usou como método na pesquisa a amostragem por conglomerados, e a margem de erro considerada é de 5,5 pontos porcentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%, e para tanto foram entrevistadas 310 pessoas.
 

 
 

 

Assine o Correio do Estado

Política

Avaliações positiva e negativa do STF crescem e mostram divisão da percepção da população

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano; percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%

19/12/2025 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Continue Lendo...

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19, mostra que cresceram as avaliações positivas e negativas sobre o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrando uma divisão da percepção da população brasileira sobre a atuação da Corte.

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano. No mesmo período, a percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%. Já a avaliação regular recuou de 34% para 24%.

No intervalo entre os dois levantamentos, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre as duas edições da pesquisa, também houve mudança no comando da Corte. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do tribunal e o ministro Luís Roberto Barroso se aposentou. Fachin adota um perfil mais discreto e defende a chamada "autocontenção" do Judiciário, em contraste com o antecessor, que sustentava que o Supremo deveria exercer um "papel iluminista" e atuar de forma mais protagonista na definição de direitos.

No mesmo período, o secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares, além de outros sete integrantes do STF. O governo dos Estados Unidos também aplicou sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para punir violadores graves de direitos humanos. Foi a primeira vez que uma autoridade de um país democrático foi alvo das medidas previstas na legislação. Neste mês, o presidente Donald Trump retirou o nome do ministro da lista de sancionados.

Outros poderes

A pesquisa também avaliou os demais Poderes. No Legislativo, a percepção varia conforme a Casa. No Senado Federal, a maior parcela dos entrevistados (34%) classifica o desempenho como regular, porcentual que empata, dentro da margem de erro (2 p p), com a avaliação negativa, de 33%. A avaliação positiva soma 22%, enquanto 11% não souberam ou não quiseram responder.

Na Câmara dos Deputados, a avaliação negativa predomina: 36% consideram o trabalho ruim ou péssimo. A percepção, porém, está tecnicamente empatada com a avaliação regular, que alcança 35%. A avaliação positiva é de 20%, e 9% não responderam.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2025. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos porcentuais. Os entrevistados puderam classificar cada Poder como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, com os resultados consolidados nas categorias positiva, regular e negativa.

Governo Lula

Em relação ao Executivo federal, 38% dos brasileiros avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um trabalho ruim ou péssimo. Outros 34% consideram a gestão boa ou ótima, enquanto 25% a classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

Política

Ministro do Paraguai fala em disposição construtiva para avançar em acordo Mercosul-UE efetivo

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

19/12/2025 21h00

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais Foto: Divulgação

Continue Lendo...

O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, reafirmou a "disposição construtiva" para avançar na concretização efetiva do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), durante a 67ª reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, órgão decisório de nível ministerial do bloco, nesta sexta-feira, 19, segundo nota do Ministério de Relações Exteriores do país.

"Em particular, o Paraguai confia que os mecanismos de salvaguarda serão abordados e aplicados de maneira compatível com respeito ao negociado e acordado, e também de acordo com as normas multilaterais preservando o equilíbrio de direitos e obrigações das partes", disse Lezcano.

O chanceler também afirmou que "o Paraguai acredita e aposta em um Mercosul que funcione para todos, capaz de traduzir seus princípios em resultados concretos e de responder com pragmatismo e visão aos desafios estruturais que ainda persistem" na região.

Segundo Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais entre os Estados Parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e, mais recentemente em 2024, Bolívia). "Não se trata de uma noção abstrata, mas de uma realidade econômica e geográfica que limita nosso desenvolvimento e condiciona nossa competitividade", disse, frisando que a condição mediterrânea do país impõe custos adicionais que encarecem as exportações e restringem a participação nas cadeias regionais de valor.

A reunião do CMC, em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, foi majoritariamente fechada à imprensa.

No sábado, 20, o Brasil deve passar o bastão da Presidência Pro Tempore do bloco ao Paraguai, durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, também em Foz do Iguaçu. 

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).