Marquinhos Trad, em sua última semana como prefeito de Campo Grande, ainda que evite falar de seus projetos restantes para a Capital, participou da inauguração do Centro de Controle Integrado de Mobilidade Urbana na Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran).
Na ocasião ele comentou sobre sua presença na inauguração do Aquário do Pantanal, e fez alusão aos percalços enfrentados pela obra, que demorou 11 para ser inaugurada.
"Eu fui convidado, sou o prefeito e com alegria e a gente vê uma obra que trouxe tantos traumas a nossa cidade e ao nosso estado, uma obra que foi noticiário de tantos desvios de recurso, de tanta corrupção e no final prenderam só os peixes", disse ele.
Enquanto prefeito ele expõe, sem detalhar agenda, que seu último ato vai até sábado, por ser o período legal que tem para exercer seu cargo frente à Campo Grande, enxergando sua renúncia como um ato de coragem.
"Ato de coragem seria algo individual. Eu vejo algo que eu posso ajuda o estado de ms, vou contar aos 78 outros municípios essas histórias de amor que a gente teve aqui nesses 5 anos e 4 meses, uma história que durante a pandemia teve um gestor ao lado deles comandando a saúde da nossa cidade e até mesmo do interior, um gestor que atingiu 82% de aceitação entre bom, ótimo e regular positivo", comenta.
Em análise de seu mandata, aponta que foi um gestor "que não envergonhou o nome da cidade". "Que não teve escândalo, não recebeu nenhum oficial de justiça, um gestor que teve diálogo com todas as categorias, com os parlamentos, com os outros poderes. Nunca tivemos contratempo com o Tribunal de Contas, com Ministério Público, com a OAB, com a Câmara Municipal, com a Assembleia Legislativa, com a Câmara dos Deputados, com o Senado e nem com o próprio governador.
Para Marquinhos, seu gerenciamento como prefeito foi eficiente e ele comenta ainda que não atrasou salários e pagou com pontualidade. "Uma gestão que está entregando obras, que vai entregar todas as obras que estavam sendo edificadas pelos administradores anteriores", promete ainda.
Ainda, ele diz que a proposta de seu nome para o Governo está decidido desde o ano passado e que, depois de quatro anos, diante da aprovação citada "a população entendeu que a gente já deveria ser reconduzido porque fizemos muitos mais do que erramos".
Por fim, ele pontua que a indefinição até o momento de Ricardo Ayache, como seu vice-governador ou para uma possível pasta de saúde, não atrapalha "de maneira alguma" seus planos para concorrer como possível mandatário do Governo de Mato Grosso do Sul.
"A indefinição não é pessoal do Ricardo, é uma questão nacional, que surgiu com a federalização. Aliás, a federalização trouxe alguns abalos e ainda traz um ponto de interrogação em muitas candidaturas. O PSDB está tentando federalizar com o MDB ainda, o 'Aliança Brasil' também quer entrar porque o interesse maior é a disputa presidencial, então há um movimento a nível nacional de que o mais importante nesse momento de tempo é o Brasil, então essa federalização iria impor decisões que iria tirar a liberdade de escolha dos próprios partidos", finaliza.




