Política

LUTO

Mato Grosso do Sul perde o jornalista, empresário e ex-senador Antônio João Hugo Rodrigues

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Mato Grosso do Sul perdeu o jornalista, empresário e ex-senador Antônio João Hugo Rodrigues.

Ele foi vítima de complicações cardíacas, aos 75 anos de idade, em Campo Grande, cidade onde nasceu (e sempre amou) em 26 de dezembro de 1947.

Como legado, Antônio João deixa seu nome na história não somente do jornalismo sul-mato-grossense, mas na comunicação como um todo, além da política, área que ele compreendia como poucos.

Antônio João ficou conhecido não apenas também por escrever e ter sido diretor do Correio do Estado, empresa aonde começou trabalhar ainda garoto, mas também por ter sido diretor da TV Campo Grande, Mega 94, Rádio Cultura (atualmente Rádio Hora) e até mesmo por comandar na década de 1990 o Diário da Serra, TV Guanandi.

Familia

Filho caçula do professor, historiador, escritor e jornalista José Barbosa Rodrigues, e da professora Henedina Hugo Rodrigues. 

Familia era composta de mais três irmãos todos falecidos. José Maria Hugo, Rodrigues, Marcos Fernando Hugo Rodrigues e Paulo de Tarso Hugo Rodrigues.

AJ não deixa filhos, foi casado por duas vezes sendo a primeira com a jornalista e editora da coluna Dialogo e administradora do Correio do Estado Ester Figueiredo Gameiro e Marcia Barros. 

Premiado

Dono de um olhar atento que distingue qual fato é notícia e qual fato não é, AJ (como também era conhecido) conquistou em 1976, o Prêmio Esso de Jornalismo, maior honraria que um jornalista pode ganhar.

Ele atuava na equipe que cobriu a grande geada daquele ano para o jornal O Estado de São Paulo.

“Eu me lembro como se fosse hoje, todas as poças d’água congelaram. A cidade congelou, tudo congelou. Foi uma judiação. Fotografei tudo isso”, contou Antônio João, na década passada, ao lembrar da premiação, e também da tragédia que foi a geada.

Histórico

No meio jornalístico, AJ, entrou no Correio do Estado cedo, aos sete anos idade. Fez quase de tudo no diário construído pelo pai, que reina a imprensa regional já há quase 70 anos em Mato Grosso do Sul: entregou jornal, digitou, fotografou, escreveu e, por fim, foi diretor do jornal. Deixou o cargo em 2019, quando se aposentou.

Antônio João, personalidade marcante por onde circulava, era respeitado, tanto por suas reportagens, por sua sagacidade jornalística, mas também por sua visão empresarial e política, em vários segmentos da sociedade. Conversava num mesmo dialeto com figurões da esquerda, centro e direita.

Suspirou tanto a política que, em 2006, ano que era suplente, assumiu uma das cadeiras do Senado Federal. Depois disso, ainda brigou por outros mandatos. Teve 94 mil votos para o Senado nas eleições de 2014.

Foi o fundador do PSD em Mato Grosso do Sul, juntamente com o idealizador da legenda no Brasil, Gilberto Kassab.

O jornalista

Mas do que Antônio João mais gostava mesmo, era do jornalismo: a redação do jornal era o que o atraia com mais robusteza.

Todos os dia por volta das 13h, lá estava ele e a equipe, numa das salas do jornal, debatendo assuntos que virariam a notícia do dia seguinte.

AJ tornava-se outro, o operário da notícia. Ora debatia o andamento das correntes políticas, as falhas e acertos da saúde, segurança pública, os municípios e seus problemas, a economia nacional. Dado o recado, AJ subia do segundo para o terceiro andar onde tinha sua sala, o conhecido cafofo.

Ali conversava com os direitores do jornal, visitantes, funcionários e fazia o que mais gostava: escrevia e "politicava"

Por tempos, para escapar da frenética rotina da comunicação - chefiou jornal impresso, site de notícias, televisão e rádio, AJ seguia até uma de suas fazendas, ou sítios e lá o diálogo era outro, com as plantas. 

Em Campo Grande, no Indubrasil, por décadas, cultivou orquídeas, a planta que orgulhava-se de presentear os amigos e amigas. Também era um fã da pesca e defensor do Pantanal Sul-Mato-Grossense.

Foi por diversas vezes homenageado pela Assembleia Legislativa e câmaras municipais. Juntamente com seu pai, o professor J.Barbosa, foi um dos entusiastas e defensores da criação do Estado de Mato Grosso do Sul, em 1977. 

Embora sobrecarregado com os afazeres do dia, arranjava tempo e agia como espécie de guru de pré-candidatos que viravam ao longo do tempo, vereadores, deputados, senadores e governadores ou, ainda, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil e prefeitos de Campo Grande e de outras cidades.

A leitura que Antônio João tinha do mundo era única e muito própria, mas como poucos, ele traduzia o desejo e o pensamento do povo em suas palavras. 

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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