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Meta é obrigada a remover vídeo falso de Haddad usado para golpe financeiro

Governo exige que Meta apague vídeo falso de Haddad usado em golpe financeiro

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A AGU (Advocacia-Geral da União) notificou a Meta, responsável pelo Facebook e Instagram, para pedir a retirada imediata de um vídeo que utiliza IA (inteligência artificial) para atribuir declarações falsas ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O vídeo falso, também chamado de deepfake, simula o ministro indicando um site fraudulento para supostos resgates de valores esquecidos em contas bancárias, que induz usuários a fornecerem dados sensíveis.

Em nota à reportagem, a Meta diz que o conteúdo do vídeo falso vai contra as regras da empresa. "Atividades que tenham como objetivo enganar, fraudar ou explorar pessoas não são permitidas em nossas plataformas. Usamos uma combinação de denúncias da nossa comunidade, tecnologia e revisão humana para aplicar nossas políticas, e cooperamos com as autoridades nos termos da legislação aplicável", afirma.

A AGU, que representa o governo na Justiça, afirma que ainda não recebeu resposta da Meta à notificação extrajudicial. "Caso haja descumprimento do pedido, a AGU poderá adotar medidas para responsabilizar judicialmente a plataforma pela manutenção do conteúdo ilegal", disse o órgão.

"Hoje é o último dia para fazer o saque dos valores esquecidos no seu CPF. O Banco Central já anunciou que os valores que não forem resgatados a tempo serão devolvidos aos cofres públicos e não poderão mais ser utilizados. Então, aproveite e resgate seu benefício imediatamente. É só você acessar o site que vou deixar aqui embaixo, inserir o seu CPF e seguir o passo a passo da atendente virtual. Em poucos minutos você já vai saber quanto possui disponível e resgatar o valor diretamente para sua conta bancária via Pix. É só clicar em saiba mais", diz o áudio do vídeo adulterado do ministro.

No Facebook, é possível encontrar outros deepfakes semelhantes, como o que envolve Ciro Gomes, ex-ministro da Integração Nacional, reproduzindo o mesmo texto do vídeo de Haddad. As páginas responsáveis por esses golpes na rede social costumam se passar por pessoas comuns, utilizando fotos de perfil geradas por IA.

O golpe circula com mensagens alarmistas, como essa do suposto fim do prazo para retirar o dinheiro esquecido. A AGU confirma que fez a notificação à Meta e diz que o material prejudica tanto os cidadãos enganados quanto a credibilidade das políticas públicas conduzidas pela Fazenda.
Além da retirada do conteúdo em até 48 horas, a AGU exige que a bigtech forneça informações detalhadas, como métricas de engajamento, monetização e a identificação do responsável pela postagem.

DINHEIRO ESQUECIDO NO BANCO CENTRAL

Os brasileiros que não sacaram o dinheiro esquecido no SVR (Sistema de Valores a Receber) do BC (Banco Central) ainda têm a chance de recuperar os recursos. Segundo o Ministério da Fazenda, o governo irá publicar um edital com os detalhes sobre os depósitos e haverá um prazo de 30 dias, da data da publicação, para pedir o dinheiro de volta.
Antes de sair esse edital, porém, o interessado pode entrar em contato com as instituições financeiras para reaver o dinheiro esquecido, informou a Fazenda.

De acordo com a Fazenda, o edital deverá trazer todas as informações de como fazer para requerer o dinheiro nessa próxima etapa. A lista, que será publicada no Diário Oficial da União, trará os valores recolhidos para os cofres do governo, indicará a instituição depositária, a agência e natureza e o número da conta do depósito.
Há, ainda, um prazo de seis meses para recorrer judicialmente, contados também da publicação do edital pelo Ministério da Fazenda.

 

*Informações da Folhapress 
 

Falso

Não há registro de que Trump tenha dito que Lula é o maior presidente do mundo

Vídeo que circula nas redes sociais mente ao dizer que o presidente eleito nos Estados Unidos exaltou Lula em um de seus discursos

19/11/2024 16h45

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Falso

Não há registro de que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tenha declarado que Lula é o maior presidente do mundo, como afirma vídeo que viralizou nas redes sociais. O pronunciamento após a vitória, em 6 de novembro, e publicações em perfis de Trump não citam o brasileiro.

Conteúdo investigadoVídeo com imagens de Donald Trump e com uma narração gerada por um aplicativo de edição de vídeo diz que Lula se tornou manchete no mundo no dia 6 de novembro após o norte-americano dizer que o brasileiro é o “maior presidente do mundo”. Trump também teria dito que não haverá impasses entre os Estados Unidos e o Brasil neste novo mandato. “Meu interesse é que as pessoas tanto no Brasil quanto aqui nos Estados Unidos tenham o direito de terem bons presidentes que dê prioridade às necessidades do povo”, diz trecho da narração.

Onde foi publicado: TikTok.

Conclusão do Comprova: Trump não declarou que Lula (PT) é o maior presidente do mundo. O presidente eleito dos Estados Unidos não se pronunciou nas redes sociais no dia 6 de novembro, quando foi anunciada sua vitória contra Kamala Harris, candidata democrata. No dia da eleição, ele fez um discurso de agradecimento, e não mencionou Lula. O Comprova já verificou outro conteúdo falso que afirmava que o americano teria dito que não convidaria o brasileiro para a posse.

Uma das imagens utilizadas na montagem do vídeo – como o Comprova verificou a partir de uma busca reversa – foi trecho de um vídeo publicado por Trump em 10 de outubro de 2023. Na ocasião, ele criticava um acordo travado pelos Estados Unidos, presidido por Joe Biden, e pelo Irã que consistia na libertação de cidadãos norte-americanos em troca da liberação de fundos iranianos na Coreia do Sul. Não houve nenhuma menção ao presidente do Brasil.

A narração falsa alega que Trump teria agradecido Lula por parabenizá-lo pela vitória nas eleições. De fato, o brasileiro, que havia declarado apoio a Kamala Harris ainda no período eleitoral, parabenizou o norte-americano em um post no X, mas a mensagem foi publicada depois do discurso de Trump, que aconteceu ainda na madrugada, após a emissora Fox News projetar a vitória.

O perfil que fez a publicação falsa no TikTok publicou uma série de outros conteúdos suspeitos. Essas postagens também utilizam o nome de Lula associado a outras personalidades relevantes, como o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama e o papa Francisco.

O Comprova entrou em contato com o responsável pela página que publicou o vídeo investigado, mas não obteve resposta até a publicação do material.

Falso, para o Comprova, é o conteúdo inventado ou que tenha sofrido edições para mudar o seu significado original e divulgado de modo deliberado para espalhar uma falsidade.

Alcance da publicação: O Comprova investiga os conteúdos suspeitos com maior alcance nas redes sociais. Até o dia 19 de novembro, o vídeo tinha 492,6 mil visualizações, 32,3 mil curtidas e mais de 3,7 mil comentários.

Fontes que consultamos: Redes sociais de Trump e perfil de Lula no X.

Por que o Comprova investigou essa publicação: O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas e eleições e abre investigações para aquelas publicações que obtiveram maior alcance e engajamento. Você também pode sugerir verificações pelo WhatsApp +55 11 97045-4984.

Outras checagens sobre o tema: O G1 também concluiu que o conteúdo é falso. O Comprova já realizou várias verificações que envolvem a relação política entre Estados Unidos e o Brasil: Trump não pode prender Alexandre de Moraes caso seja eleito presidente, diferentemente do que afirmou Marcos do Valvídeo de campanha de Trump foi alterado para incluir cena com Bolsonaro e post sobre limusine da Tesla criada para Trump foi feito por perfil de paródias de Elon Musk são alguns exemplos.

Operação da PF

Plano para executar Lula, Alckmin e Moraes: entenda o envolvimento de Cid e Braga Netto

O plano, segundo as investigações da PF, foi articulado na residência do general da reserva Walter Braga Netto, vice de Bolsonaro em 2022

19/11/2024 16h35

Mauro Cid e Braga Netto

Mauro Cid e Braga Netto Arquivo

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A Polícia Federal (PF) revelou detalhes alarmantes sobre o plano conhecido como “Punhal Verde e Amarelo”, que visava assassinar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), presidente e vice eleitos em 2022.

O plano, segundo as investigações da PF, foi articulado na residência do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) e candidato a vice na chapa presidencial do PL na última eleição.

Participação de Braga Netto no Plano de Golpe de Estado

De acordo com o inquérito, Braga Netto desempenhou papel central no esquema golpista. Ele seria nomeado coordenador-geral de um suposto “Gabinete Institucional de Gestão da Crise” em caso de ruptura institucional. 

O envolvimento do general foi confirmado por Mauro Cesar Barbosa Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, cujas mensagens recuperadas no celular foram cruciais para a investigação.

Procurado pelo Estadão, Braga Netto não se manifestou sobre as acusações até o momento da publicação.

Presos Envolvidos e a Atuação dos “Kids Pretos”

A Operação Contragolpe prendeu Mário Fernandes, general da reserva e ex-ministro interino de Bolsonaro, além de militares das Forças Especiais, conhecidas como “kids pretos”: Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo. O policial federal Wladimir Matos Soares também foi detido.

Segundo a PF, o grupo se reuniu na casa de Braga Netto no dia 12 de novembro de 2022. Durante o encontro, foi apresentado e aprovado o planejamento operacional para o ataque, que incluía execuções de Lula, Alckmin e do ministro do STF, Alexandre de Moraes.

Plano de Execuções e Operação Copa 2022

O plano criminoso estava programado para ocorrer em 15 de dezembro de 2022, data em que o grupo pretendia monitorar o ministro Alexandre de Moraes. A ação foi apelidada pelos conspiradores de “Operação Copa 2022” e envolvia métodos extremos, incluindo envenenamento de Lula.

Conforme o inquérito, veículos do Batalhão de Ações de Comandos foram utilizados no esquema, com o general Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército, apontado como o responsável por mobilizar os “kids pretos”. O general, no entanto, nega envolvimento.

Materiais e Mensagens Recuperadas

A investigação se baseou em mensagens apagadas e recuperadas do celular de Mauro Cid, que corroboram a existência do plano. Os dados indicam que os conspiradores discutiam as execuções como parte de um movimento golpista para desestabilizar a democracia brasileira.

Implicações e Próximos Passos da Investigação

Com o avanço das investigações, a Polícia Federal segue trabalhando para identificar todos os envolvidos no plano, incluindo lideranças militares e políticas que possam ter contribuído para a articulação do esquema. 

A operação destaca a complexidade do caso, envolvendo setores estratégicos das Forças Armadas e figuras de destaque do governo anterior. O caso também levanta questões sobre segurança institucional e a necessidade de medidas para prevenir futuras ameaças ao sistema democrático brasileiro.(Com Estadão Conteúdo)

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