Política

MEIO AMBIENTE

Ministro de Bolsonaro rebate ações
de MS que impedem sua posse

"As ações não passam de 'aventuras jurídicas'", diz o advogado

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O advogado Ricardo Salles, indicado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para ser o futuro ministro do Meio Ambiente é alvo de duas ações populares que tentam impedir sua posse. A justificativa é de que por ele estar respondendo a condenação por improbidade administrativa quando ocupava o mesmo cargo a nível estadual, e com direitos políticos suspensos, sua indicação acaba sendo incerta e inapropriada. “Temos um futuro ministro processado criminalmente por formação de quadrilha, e investigado pelo Ministério Público por advocacia administrativa na Secretaria de Meio Ambiente”, diz parte de uma das ações.

Porém Salles, em entrevista ao Jornal Estadão, declarou sua indignação defendendo que as ações não passam de “aventuras jurídicas”. 

O advogado foi condenado pela 3ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo por supostamente favorecer empresas de mineração quando ainda era secretário de Meio Ambiente de Geraldo Alckmin (PSDB), Salles é alvo de uma ação popular movida pelo advogado Ricardo Nacle e outras duas apresentadas pelo empresário Gustavo Oliveira de Achilles e o engenheiro Luiz Eduardo Auricchio Bottura.

Uma das ações foi protocolada na Justiça Federal em Três Lagoas (MS). Na terça-feira (25) o juiz Renato Toniasso, em plantão, afirmou que não havia urgência para análise e deixou o caso para apreciação do Juízo da 1.ª Vara de Três Lagoas.

Nas ações populares, Salles é comparado ao caso da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), impedida de chefiar o Ministério do Trabalho após condenação na Justiça Trabalhista vir à tona.

As ações miram barrar a nomeação de Salles ao ministério devido à condenação, que determinou a suspensão de seus direitos políticos por três anos.

“Até onde eu sei, as ações foram indeferidas. Claramente são aventuras jurídicas”, afirmou Salles. As três ações populares ainda não foram julgadas no mérito. “Em relação ao Eduardo Bottura, é o maior litigante profissional do Brasil cuja credibilidade é zero.”

O advogado defende, ainda, que sua situação não tem semelhança alguma com o caso da deputada. “Eu tenho uma única decisão cujo o conteúdo e o próprio processo são claramente ideológicos e que não dizem respeito a nenhuma infração da minha parte”, afirmou. “Não há a menor comparação entre uma situação e outra”, diz parte do trecho da entrevista de Salles concedida ao Estadão.

O advogado também negou a possibilidade de licenciar após ter assumido a pasta e, na ocasião, Salles lembrou do caso do ministro Gilberto Kassab (PSD), em que o ministro pediu, nesta quinta-feira (27), o afastamento do cargo de secretário da Casa Civil antes de tomar posse. Kassab foi alvo de operação da Polícia Federal por receber propina da J&F.

“São casos completamente diferentes. O meu é uma ação civil e o outro, uma ação criminal”, disse Salles. “Aliás, no meu caso, é importante dizer que a própria petição inicial quanto a sentença judicial dizem com todas as letras que não há o menor traço de corrupção ou vantagem pessoal”, finalizou Salles ao Estadão.

*Com informações do Estadão

Chapadão do Sul

Justiça suspende eleição da mesa diretora de Câmara de Vereadores por suspeita de fraude e "pacto"

Em decisão liminar, Juiz Silvio Prado acata pedido do vereador Marcel D'Angelis e aponta "robustos indícios" de acordo clandestino, promessa de emprego a suplente e violação do processo democrático

18/12/2025 18h00

Justiça suspende eleição da mesa diretora de Câmara de Vereadores de Chapadão do Sul

Justiça suspende eleição da mesa diretora de Câmara de Vereadores de Chapadão do Sul Divulgação

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O Juiz Silvio Prado, da 1ª Vara Cível de Chapadão do Sul, deferiu tutela de urgência e suspendeu a eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal, realizada em 6 de outubro de 2025.

A liminar, proferida em uma ação anulatória movida pelo vereador Marcel D'Angelis Ferreira Silva (PP), foi baseada em "robustos indícios" de esquema que teria fraudado o processo democrático interno.

As acusações, sustentadas por uma gravação audiovisual registrada em Ata Notarial, incluem a combinação prévia de votos, a promessa de um cargo em troca de apoio político, a antecipação inconstitucional do pleito e a criação de um "pacto plurianual" para dividir a presidência da Casa nos anos de 2026, 2027 e 2028.

O juiz advertiu que o descumprimento da suspensão acarretará multa diária, pessoal e solidária de R$ 50.000,00 contra os vereadores réus, além de possível comunicação por ato de improbidade administrativa.

A ação, ajuizada pelo vereador Marcel D'Angelis, alega que a eleição de 6 de outubro foi apenas uma "mera homologação" de um acordo selado em uma reunião privada ocorrida quase um mês antes, em 10 de setembro de 2025.

Uma gravação dessa reunião, cuja transcrição consta nos autos, revelou diálogos que, segundo o juiz, "evidenciam práticas absolutamente incompatíveis com o regime constitucional".

A eleição pública teria se tornado um "teatro institucional", como descreveu o magistrado, para formalizar um resultado já definido em segredo.

Uma das falas transcritas na ata notarial é categórica: "A sessão do dia 06 é só para confirmar. Não tem surpresa". Para o juiz, isso representa um "claro abuso institucional" e uma fraude procedimental.

A gravação revela um suposto acordo para garantir o voto de uma vereadora suplente. Em troca do apoio, ela teria recebido a garantia de um emprego por três anos.

A transcrição é explícita: "A Inês vai votar com a gente... mas ela pediu garantia de emprego por três anos. Já acertamos isso."

O juiz classificou a afirmação como uma "aparente compra ilícita de apoio político", que viola a moralidade administrativa e configura abuso de poder.

 

Política

Mesa da Câmara decide cassar Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem

Decisão foi tomada por conta de faltas de Eduardo e da condenação de Ramagem pelo STF

18/12/2025 17h09

Alexandre Ramagem

Alexandre Ramagem Foto: Câmara dos Deputados

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A Mesa diretora da Câmara dos Deputados decidiu cassar os deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). A informação foi confirmada ao Estadão/Broadcast por integrantes da direção da casa legislativa.

Os dois deputados estão fora do País. Eduardo Bolsonaro está autoexilado nos Estados Unidos. Alexandre Ramagem, condenado pelo Supremo Tribunal Federal, está foragido, também nos EUA.

O líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcanti (RJ), manifestou contrariedade com a decisão. Ele relatou que às 16h40 recebeu uma ligação do presidente da Câmara, Hugo Motta, comunicando a decisão da Mesa pela cassação dos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Sóstenes disse lamentar a medida e sustentou que ela “representa mais um passo no esvaziamento da soberania do Parlamento”.

“Não se trata de um ato administrativo rotineiro. É uma decisão política que retira do plenário o direito de deliberar e transforma a Mesa em instrumento de validação automática de pressões externas. Quando mandatos são cassados sem o voto dos deputados, o Parlamento deixa de ser Poder e passa a ser tutelado”, escreveu, no X.

O ato oficial da cassação foi publicado no Diário Oficial da Câmara no final da tarde desta quinta-feira.

De acordo com relatos, os membros da Mesa Diretora realizaram a votação nesta quinta-feira, 18, após a apresentação de dois relatórios favoráveis à cassação, de autoria do 1º secretário, deputado Carlos Veras (PT-PE).

O petista fundamentou a defesa da cassação de Eduardo com base no número de faltas e de Ramagem está vinculada à condenação pelo STF por tentativa de golpe de Estado. O ato que oficializou a decisão de cassação de Ramagem cita que ele não terá condições de comparecer às sessões da Câmara, numa referência à condenação do STF. Nesta quarta-feira, 17, o prazo para a apresentação das defesas dos dois parlamentares se encerrou.

Ramagem foi condenado pelo STF a 16 anos e 1 mês de reclusão por participação na trama golpista. Ele estava proibido de sair do País, mas fugiu para os EUA.

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